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PASTORAL DA LITURGIA PCRU
PASTORAL DA LITURGIA PCRU

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O QUE É LITURGIA.

 

“A liturgia é a fonte primária do

 Verdadeiro espírito cristão” (Paulo VI).

 

            Liturgia é uma palavra da língua grega que quer dizer: Ação do povo, ação em favor do povo.

            É a ação de um povo, reunido na fé, em comunhão com toda a Igreja, para celebrar o Mistério PascalMorte e Ressurreição de Cristo, presente na Assembléia, oferecendo-se ao Pai como culto perfeito.

 

            Como o Concilio Vaticano II definiu a liturgia? À luz da Constituição litúrgica “Sacrossanctum Concilium” – que foi o primeiro documento conciliar, publicado em Roma no dia 4 de dezembro de 1963 -, podemos dizer que é: “ uma  ação sagrada pela qual através de ritos sensíveis se exerce, no Espírito Santo, o múnus sacerdotal de Cristo, na Igreja e pela Igreja, para a santificação do homem e a glorificação de Deus” (cf SC, 7).

 

            Aprofundando melhor no conceito do “Sacrossanctum Concilium” veremos:

 

a)  Ação sagrada – Quer dizer: ação de uma comunidade – Igreja onde Cristo age. É sagrada, pois comunica Deus e por ela nos comunicamos com ele. E ai entra a fé e o amor.

b)      Ritos sensíveis – Esta comunicação com Deus, por Cristo e em Cristo se faz através de sinais e símbolos, isto é, de forma sacramental.

c)  O múnus sacerdotal de Cristo - É ele (Cristo) quem age e continua a realizar a obra da salvação de modo que todos possam realizar a sua vocação sacerdotal recebida no Batismo.A ação sagrada é de Cristo. É ele o sacerdote principal – o oferente e a oferta.

d)      Na Igreja e pela Igreja – Cristo não age sozinho, mas se faz presente na e pela ação da Igreja toda.

e)      Para a santificação do homem e a glorificação de Deus – Estes são os dois movimentos de cada ação litúrgica: o movimento de Deus para o homem – a santificação. E o movimento do homem para Deus – a glorificação.

 

Outra Definição que possuímos da liturgia é, conforme o documento de Medellín?

            “A liturgia é a ação de Cristo Cabeça e de seu corpo que é a Igreja. Contém, portanto, a iniciativa salvadora que vem do Pai pelo Verbo e no Espírito Santo, e a resposta da humanidade naqueles que se enxertam, pela fé e pela caridade, no Cristo, recapitulador de todas as coisas. A liturgia, momento em quer a Igreja é mais perfeitamente ela mesma, realiza indissoluvelmente unidas, a comunhão com Deus entre os homens, e de tal maneira que a primeira é a razão da segunda. Se antes de tudo procura o louvor da Glória e da graça, também está consciente de que todos os homens precisam da Glória de Deus para serem verdadeiramente homens” (Medellín – lit. 9,2)

 

ASSEMBLÉIA LITURGICA.

 

“Proclamai uma reunião sagrada! Reuni o

povo, convocai uma assembléia, congregai

os anciãos, reuni os jovens”... (Joel 2,16)

 

Definição:

            É uma reunião de pessoas em vistas de um determinado objetivo, meta ou fim.

 

            Assembléia Litúrgica: É um povo convocado por Deus para responder à sua Palavra em atitude de fé. É o corpo de Cristo: sinal visível do grande mistério da Igreja em toda a sua realidade.

            Quem convoca a assembléia litúrgica é o próprio Deus. Foi ele quem escolheu cada um de seus membros (“fui eu que vos escolhi” – Jô 15,16) por chamado especial. “Tomar-vos-eis por meu povo, e serei o vosso Deus” (Ex 6,7).

 

 

O QUE CELEBRA O POVO

 

“A obra da salvação, continuada

pela Igreja, se realiza na liturgia.”(Sc,6)

 

                Como toda Celebração, a liturgia envolve um grande acontecimento: trata-se de celebrar o MISTERIO PASCAL – a paixão, a morte, a ressurreição e a glorificação de Cristo. E é este o acontecimento central de nossa fé.

 

 

MISTÉRIO PASCAL.

 

Mistério Pascal: Costumamos dizer que liturgia é a celebração dos mistérios de Deus. Que mistérios são esses? Quando falamos em mistérios de Deus queremos indicar os projetos de Deus que se realizam na pessoa de Jesus Cristo: a redenção e a salvação de todos os homens, a implantação do Reino de Deus no mundo, a participação de todos da vida e da felicidade de Deus...

 

            Qual é o mistério central da vida de Cristo? É a sua paixão, morte e ressurreição. Que nome se dá ao mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo? Dá-se o nome de Mistério Pascal.

 

           

 

E o que se quer dizer Pascal? Deriva-se de páscoa, que significa passagem. Portanto, mistério pascal é a passagem de Cristo pelo sofrimento e morte até a sua ressurreição-glorificação.

 

            Quando se fala em mistério pascal não se deve pensar somente em Jesus. A páscoa de Jesus está unida à páscoa do povo de Deus. A páscoa é páscoa do Cristo total: cabeça e membros.

 

            O que faz a liturgia? A liturgia celebra a páscoa do Senhor e a páscoa do seu povo. Celebra os sofrimentos, a morte, a ressurreição-glorificação de Jesus; mas celebra também, por um lado, as lutas as dores, as angústias e a morte do nosso povo, e por outro lado, celebra suas conquistas, alegrias e esperança em vista de uma sociedade fundada na justiça e na fraternidade.

 

            Que lugar ocupa a liturgia no plano de Deus?  Deus organizou, um plano que passa pelos profetas e por Cristo chega até nós. E ele quis o prolongamento deste plano na história dos homens. A liturgia se inscreve na continuidade da Obra de Deus desde a criação até a Parusia - o fim dos tempos, quando na Nova Jerusalém celebramos de um modo perfeito e definitivo a liturgia celeste (SC, 8).

 

            O Papel da Liturgia na Missão de Cristo: Para unir, reunir e congregar todos os homens em Deus, Cristo permanece presente, atual, vivo, hoje e sempre na celebração litúrgica. Ele é o litúrgico por excelência. É altar e oferenda, vítima e holocausto. Nele encontra-se a plenitude do culto divino. Toda a vida de Cristo é litúrgica e sacerdotal. Está a serviço:

 

Ä  Da glorificação de Deus (“Eu te louvo, ó Pai” – Lc 10,21);

Ä  As santificação dos homens (“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” – Jô 8,32);

Ä  Da reconciliação de todos com Deus (“Eu não quero a morte do pecador, mas que ele se converta e viva” – Mt 9,13).

 

Papel da Liturgia na Vida da Igreja:

 

Ä  É o próprio Deus que envia:

- Seus profetas;

 

- Seu Filho – Jesus Cristo;

 

- Seus apóstolos e discípulos;

 

- Sua Igreja.

 

 

Ä  E estes são enviados para:

- Pregar a BOA NOVA;

 

- Realizar a obra da Salvação;

 

- Oferecer sacrifícios;

 

- Celebrar os sacramentos.

 

            Daí é que podemos dizer que a liturgia é a Igreja viva como: sacramento, sinal e instrumento de união com Deus e de Salvação dos homens.

 

            A Liturgia é vida para a Igreja: A vida da Igreja resume-se no serviço de Cristo que salva. Por isso, a Igreja é sinal, instrumento e sacramento visível de unidade e salvação. Este serviço é de modo especial a liturgia – serviço em favor do povo. Nela a Igreja atualiza o Mistério Pascal do Cristo para a salvação do mundo e louva a Deus em nome de toda a humanidade.a liturgia é o momento culminante da vida da Igreja, da atuação do Espírito Santo e da perseverança do Cristo Glorioso. É a vida da Igreja onde o Cristo se faz presente, realizando a salvação do seu povo. Liturgia é, portanto, a salvação celebrada atualizada, acontecida e vivida.

 

 

            A HISTÓRIA DA LITURGIA.

 

“Para conservar a sã tradição e abrir ao mesmo tempo

o caminho a um progresso legítimo, faça-se uma

 investigação teológica histórica e pastoral

acerca de cada uma das partes da liturgia que

devem ser revistas”. (SC,23).

 

 

O que Cristo deixou determinado com relação a liturgia?

           

            Jesus Cristo não deixou nada escrito. Não traçou nenhum ritual de cerimônias religiosas. A grande liturgia de sua vida foi, de fato, a sua entrega, na cruz, oferecendo-se como sacrifício, ao Pai e aos homens. Os apóstolos, porém, assistidos pelo Espírito Santo, organizaram as primeiras comunidades e criaram maneiras novas para o culto das mesmas. Tudo foi sendo conforme a realidade e necessidade do povo.

            A Igreja vai se encarnando, se aculturando, se adaptando conforme as necessidades de cada lugar e de cada época. E isto é bem claro com relação a  liturgia. No principio, os apóstolos, como os primeiros cristãos, continuam freqüentando o templo para oração. A Igreja, no seu começo, não possuía  um culto próprio diferente do culto do judaísmo. Mas, ao mesmo tempo que freqüentavam o templo, os cristãos iam criando formas próprias de culto. O mesmo vai acontecendo nas casas.

            Ai, os cristãos se reúnem para a sua liturgia, celebrando a nova aliança com morte de Cristo pela renovação da Ceia Pascal do Senhor.

 

 

 

 

 

            AS PRIMERIAS LITURGIAS.

 

“Eles mostravam-se assíduos ao

ensinamento dos apóstolos à comunhão

fraterna, à fração do pão e às orações”. (At 2,42).

 

            Nossa liturgia tem sua origem (fato): A nossa liturgia tem a sua origem na última ceia de Jesus Cristo com o grupo dos 12 apóstolos. Dela falam os evangelistas Mateus (26,26-28) Durante a refeição , Jesus tomou o pão e, depois de ter pronunciado a bênção, ele o partiu; depois, dando-o aos discípulos, disse: Tomai, comei, isto é o meu corpoA seguir, tomou uma taça e, depois de ter dado graças, deu-a a eles, dizendo: Bebei dela todos,pois isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, derramado em prol da multidão, para o perdão dos pecadosMarcos (14,22-25)  e Lucas (22,19-20) e o apóstolo Paulo (1Cor 11,23-25). Eles ainda apresentam o pedido de Jesus “Fazei isto em memória de mim”.

 

            Liturgia será sempre memória: De Jesus Cristo. Ou melhor, da sua Paixão e morte, ressurreição e ascensão. Para nós a celebração eucarística é um “memorial” – nela recordamos a ceia de Jesus na véspera de sua morte, na qual se entregou ao Pai por nós.

 

            As Primeiras Liturgias nas primeiras comunidades: As primeiras liturgias das comunidades primitivas eram bem celebradas e participativas; conservavam um sabor especial que era a presença viva de Jesus. Celebravam nas casas, entre as famílias.

            Os alimentos, os cantos, a música, tudo era parte das pessoas e não algo estranho a elas. A Eucaristia era, acima de tudo, a recordação viva do mestre Jesus. E essa recordação era para ser confrontada com a vida pessoal de cada um e com a vida da comunidade. O mais importante em tudo isto era a viva participação de todos: “Quando estais reunido, cada um de vós, pode cantar um canto, proferir um ensinamento ou uma revelação... mas que tudo se faça para a edificação” (1Cor 14,26).

 

Entre os primeiros Cristãos já havia um rito da palavra: Os primeiros Cristãos reunidos para a liturgia tinham a consciência de que a pregação dos apóstolos era a Palavra de Deus. Após ouvir com atenção, a pregação dos apóstolos, eles celebravam a ceia do Senhor. Assim, desde o inicio, a palavra anunciada antecede à celebração Eucarística.

 

            Porque os cristãos das comunidades primitivas tinham o costume de reunir-se no domingo? Porque foi no domingo – “o primeiro dia da semana” – que o Senhor Jesus Cristo Ressuscitou.

            “Devido à tradição apostólica que tem sua origem no dia mesmo da Ressurreição de Cristo, a Igreja celebra cada oitavo dia o Mistério Pascal. Esse dia Chamava-se justamente  dia do Senhor ou domingo. Neste dia, pois, os cristãos devem reunir-se para, ouvindo a Palavra de Deus e participando da Eucaristia, lembrarem-se da Paixão, Ressurreição e Glória do Senhor

 

Jesus e darem graças a Deus que os  regenerou para a viva esperança, pela Ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos.” (1Pd 1,3).Por isso, o domingo é um dia de festa primordial que deve ser lembrado e inculcado à piedade dos fieis, de modo que seja também uma dia de alegria e de descanso do trabalho”.  ( cf. SC, 106).

 

                O modo como as primeiras comunidades celebravam a eucaristia? (Atos 2,42-47) Eles eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações • O temor se apoderava de todo mundo: muitos prodígios e sinais se realizavam pelos apóstolos. Todos os que abraçaram a fé • estavam unidos •  e tudo partilhavam. Vendiam as suas propriedades e os seus bens para repartir o dinheiro apurado entre todos, segundo as necessidades de cada um. De comum acordo, iam diariamente ao Templo •  com assiduidade: partiam o pão em casa, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e eram favoravelmente aceitos por todo o povo •  . E o Senhor ajuntava cada dia à comunidade os que encontravam a salvação.

 

            O que aprendemos da Liturgia dos primeiros Cristãos: Os primeiros cristãos não apenas celebravam a liturgia, mas vivia a liturgia. Do se comportamento podemos retirar algumas lições para nós, hoje:

 

Ä  Constata-se, em primeiro lugar, uma estreita ligação entre a celebração e a vida deles. A celebração da entrega do Corpo e Sangue do Senhor Jesus era a expressão da doação de suas vidas pelos outros. Todos se preocupavam pelos problemas de todos “Um por todos e todos por um”.

Ä  Descobre-se também a presença de uma comunidade ativa por ocasião das celebrações, de onde se tirava força para viver a mensagem libertadora de Jesus Cristo.

Ä  Denuncia-se ainda a barreira que impede a celebração autêntica: o egoísmo de alguns ricos que se uniam em grupos fechados e marginalizavam os pobres. Aparece a exigência da mudança de vida, para que a Eucaristia seja, de fato, sinal e instrumento de transformação social, para criar verdadeira comunhão e não apenas reunião.  (cf  1Cor 11,17-34).

 

            (1Cor 11, 17-26).  Isto posto, eu não tenho de que vos felicitar: as vossas reuniões, muito ao invés de vos fazer progredir, vos prejudicam. Primeiramente, quando vos reunis em assembléia, há entre vós divisões, dizem-me, e creio que em parte seja verdade:  é mesmo necessário que haja cisões entre vós, a fim de que se veja quem dentre vós resiste a essa provação •  . Mas quando vos reunis em comum, não é a ceia do Senhor que tomais.  Pois na hora de comer, cada um se apressa a tomar a própria refeição •  , de maneira que um tem fome, enquanto o outro está embriagado •  . Então, não tendes casas para comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus, e quereis afrontar os que não têm nada? Que vos dizer? É preciso louvar-vos? Não, neste ponto eu não vos louvo.

  

 

 De fato, eis o que eu recebi do Senhor•, e o que vos transmiti•: o Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou pão, e após ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, em prol de vós•,fazei isto em memória de mim• . Ele fez o mesmo quanto ao cálice, após a refeição, dizendo: Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto todas as vezes que dele beberdes, em memória de mim. Pois todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.  

 

Ä  Sente-se a ligação entre a missa e Igreja: pela Eucaristia a Igreja se constrói anunciando, denunciando e vivendo Jesus.

 

            O Domingo.

 

“No dia do Sol todos nos congregamos... Porque nesse dia ressuscitou dentre os mortos Jesus Cristo, nosso Salvador”. (São Justino).

 

            De onde vem este nome? São João, no Apocalipse, é o primeiro autor sagrado que fala do “ Dia do Senhor”: Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, na realeza e na perseverança em Jesus, encontrava-me na ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus...” (cf. Ap 1,9-10a). No final do século I a Didaqué também faz menção deste nome: “Reuni-vos cada Dia do Senhor, parti o pão e daí graças depois de haver confessado vossos pecados, a fim de que vosso sacrifício seja puro”.

 

            Qual é a origem do domingo? Estes mesmo textos citados demonstram que era costume dos apóstolos assistir ao culto sinagogal, continuando logo com uma vigília que se estendia até a madrugada do primeiro dia. Havia, pois, uma justaposição do culto sabático judeu com o nascente culto dominical cristão.

 

            O que se celebra neste dia? São Justino dá testemunho da consciência da celebração semanal da Páscoa da Igreja nascente: “nos reunimos no dia do sol, tanto porque é o primeiro dia em que Deus Criou o mundo, como porque nesse mesmo dia Cristo, Salvador, ressuscitou dentre os mortos”.(Ap. nº 67)

 

            Quais as característica do domingo Cristão?

 

Ä  A Aspersão – recordação da incorporação batismal no mistério de Cristo.

Ä  A celebração da Eucaristia e a obrigação de assistência à mesma.

 

Qual a origem da idéia do repouso dominical? Sua origem descansa na doutrina      vétero-testamentária do sábado. No cristianismo só se conhece a partir da segunda metade do século III. O imperador Constantino se encarregou de generalizar o descanso dominical estabelecido como lei o que já era costume bastante difundido entre os cristãos. Prescrições cada vez mais rigorosas foram aparecendo no século seguinte.

 

Qual é a significação teológica do domingo na tradição cristã?  Podemos considera-la em três aspectos, a saber:

 

Ä  O dia da Ressurreição – Aspecto Comemorativo:

 

Nos primeiros séculos do cristianismo, a Páscoa foi a única festa que se celebrou em toda a Igreja a sua celebração foi semanal. Concretamente, no domingo. A primazia do domingo sobre os demais, como comemoração anual, apareceu bem mais no século II. São inumeráveis os testemunhos da celebração dominical da Páscoa. Santo Inácio de Antioquia recomenda festejar o oitavo dia “Porque  nele Jesus ressuscitou dentre os mortos”. Tertuliano dá ao domingo o nome de “Dia da Ressurreição”. Posteriormente, São Jerônimo, Santo Agostinho e outros remontam aos apóstolos a instituição do domingo como “a celebração semanal da Ressurreição”.

 

Ä  O dia da vinda do Senhor – Aspecto escatológico.

 

O elemento escatológico é essencial na fé e na vida cristã. “ A Igreja, nos ensina o Concilio Vaticano II, a que todos temos sido chamados em Cristo Jesus e na qual, pela graça de Deus, adquirimos a santidade, não será elevada à sua plena perfeição senão quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas” (At 3,21) e quando o gênero humano, também o universo inteiro, que está intimamente unido com o homem por ele alcançar seu fim, será perfeitamente renovado. (cf  Ef 1,10; Cl 1,20 e 2Pd 1,10-13).

            Isto é o que professamos todos os domingos na recitação do credo: “... de novo há de vir julgar os vivos e os mortos (...) Cremos na ressurreição da carne e na vida eterna”. (Cf. Profissão de fé).

            Como se vê esta ansiosa espera da Igreja da vinda definitiva do Senhor tem lugar, de maneira especial, na celebração litúrgica do domingo, chamado também o “oitavo dia”, quer dizer o dia que segue ao tempo, o dia eterno “que não conhece o ocaso”.

 

Ä  O dia da presença do Senhor – Aspecto Significativo.

 

A celebração dominical de Cristo ressuscitado atualiza em nossas existências sua presença e seu ministério salvífico. A constituição Sacrossanctum Concilium sobre a liturgia, no nº 7, nos mostra os vários modos da presença de Cristo e de seu ministério na Celebração Eucarística. Desta maneira se vê claro que o domingo é o dia da presença do ressuscitado. É o “aqui e o agora” da festa cristã.

Através dos distintos elementos da celebração dominical, se fazem presentes, no meio de sua Igreja, o Senhor Ressuscitado e seu mistério salvífico pascal.

 

           

Qual é o elemento determinante do dia do Senhor?

 

            Assim como o domingo se caracteriza, antes de tudo, pela reunião da comunidade eclesial para escutar a palavra de Deus e participar da Eucaristia (SC nº 106), a santificação do domingo com a Eucaristia não é algo imposto à vista do cristão, por um preceito da Igreja, mas que é um elemento constitutivo e determinante do Dia do Senhor que é por ele mesmo o dia da comunidade.

 

            O domingo é o dia da fraternidade cristã:

 

            Foi nesse dia que São Paulo quis que se fizesse uma coleta em favor dos irmãos da Igreja de Jerusalém. E segundo o testemunho de São Justino era também nesse dia que os fiéis ajudavam aos irmãos mais necessitados. A Assembléia Dominical convoca todos os fieis para reunir-se em comunidade de irmãos, testemunhas  do ressuscitado. A Eucaristia – sinal e origem da unidade – os ligava uns aos outros  com um laço profundo: a vida de Cristo. Por isso não foi difícil compreender porque desde o principio foi constituído este dia como o dia da caridade fraterna.

 

            O Ano Litúrgico.

 

“Revela todo mistério de Cristo no decorrer do ano, desde a encarnação e nascimento até a ascensão, ao pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor”. (SC,102)

 

            Conceito:

           

            È o período através do qual a Igreja celebra todo o mistério de Cristo: da Encarnação ao Pentecostes e à espera da vinda do Senhor. Inicia com o primeiro domingo do advento e termina com a festa de Cristo Rei.

 

            O começo:

 

            Nos primeiros tempos do cristianismo havia somente os domingos. Cada domingo era de festa. Celebrava-se o mistério Pascal: morte e ressurreição do Senhor. Com o tempo, os cristãos começaram a celebrar um destes domingos de modo especial: chamado o domingo da Páscoa.

            Depois, celebravam em dias determinados do ano, uma festa especial ou outros acontecimentos importantes da vida de Cristo: Nascimento, Epifania, Ascensão, Pentecostes. Assim teve origem a festa do Ano Litúrgico.

 

           

 

 

A divisão do Ano Litúrgico: O Ano litúrgico tem fundamentalmente dois grandes ciclos: o da Páscoa, o mais importante, e o do Natal. Cada um tem uma preparação, a celebração e o prolongamento. O que corresponde ao seguinte esquema:

 

Ä  O CICLO DA PÁSCOA:

 

Preparação – Quaresma:

Os catecúmenos se iniciam na vida da Igreja. Os batizados renovam os compromissos do Batismo pela penitência.

* Idéias-força deste tempo: Oração, conversão e penitência.

Celebração: Páscoa, Ascensão e Pentecostes.

*Idéias-força deste tempo:

Ser testemunha da Ressurreição pela palavra e pelas obras, na vida: familiar, pessoal e social.

Prolongamento: Domingos depois de Pentecostes.

 

Ä  O ciclo do Natal:

 

Preparação – Advento:

A vinda de Jesus na humanidade. Está incluída a espera de Jesus na Glória e sua vinda no dia de nossa vida.

*Idéias-força deste tempo:

A esperança e o desejo de que Cristo se manifeste na História dos homens.

Celebração: Natal e Epifania.

ü  Natal:

Assumido a natureza na Virgem Maria, Cristo se torna participante da natureza divina.

ü  Epifania.

A manifestação de Jesus como filho de Deus representada pelos magos. Os homens a quem Cristo se manifesta devem, por sua vez, manifesta-lo aos outros como fizeram os pastores e os reis magos.

Prolongamento: Domingo após a Epifania.

 

 

O TEMPO COMUM:

 

            Além dos tempos com características próprias, restam no ciclo anual 33 ou 34 semanas. Nelas, não se celebra algum aspecto especial do mistério de Cristo, mas comemora-se o próprio mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. Este é o tempo comum.

 

           

 

Começo e fim do tempo comum:       Inicia-se na segunda-feira seguinte ao domingo depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das primeiras vésperas do primeiro domingo do advento.

 

            Culto aos dias dos Santos: A celebração do mistério de Cristo se completa na festa dos Santos, que são membros gloriosos da Igreja. Sem dúvida, Jesus é o único Santo. E é tão santo que comunica aos homens a sua própria santidade. No principio do Cristianismo a Igreja festejava os mártires que tinham dado a vida pela fé (Cf. Ap 14,1-5; 21,4). Terminadas as perseguições o povo começa a venerar os grandes heróis da santidade: bispos, eremitas, etc...

            O vaticano II afirma que os santos são “os nossos irmãos, amigos e benfeitores”. A Igreja proclama “O Mistério Pascal (SC nº 40) nos santos que sofreram e são glorificados em Cristo”.

            Cada Igreja particular honra os santos mais ligados à piedade popular. No fim do ano, reunimos numa só festividade todos os santos, de todos os povos e nações que já chegaram à Glória do Pai.

 

            O Lugar de Maria:    Entre todos os eleitos, resplandece a figura de Maria de Nossa Senhora – Mãe de Jesus e Mãe do Povo de Deus. Ela é “membro eminente e modelo da Igreja”. Várias vezes, anualmente, desfilam diante de nós as festas de Nossa Senhora – sem esquecer o mês de maio, a ela  totalmente consagrado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            Esquema do Ano Litúrgico.

 

 

 

Advento:

Inicio:

ü 4 domingo antes do Natal.

 

Término:

ü 24 de dezembro à tarde.

 

Espiritualidade.

ü Esperança e Purificação da vida.

Ciclo do Natal

Ensinamento.

ü Anuncio da vinda do Messias.

Cor.

ü Roxa.

 

 

 

Natal.

Inicio:

ü 25 de dezembro.

Término:

ü Na festa do Batismo de Jesus.

Espiritualidade.

ü Fé, alegria e acolhimento.

 

Ensinamento.

ü O filho de Deus se Fez Homem.

 

Cor.

ü Branca

 

 

 

 

 

Tempo comum        (1ª parte).

Inicio:

ü 2ª Feira Após Batismo de Jesus.

 

Término:

ü Véspera da 4ª feira de cinzas.

 

Espiritualidade.

ü Esperança e escuta da Palavra.

 

Ensinamento.

ü Anúncio do Reino de Deus.

 

Cor.

ü Verde.

 

 

 

 

 

Quaresma

Inicio:

ü Quarta-feira de cinzas.

 

Término:

ü 4ª feira da Semana Santa

Ciclo da Páscoa.

Espiritualidade.

ü Penitência e Conversão.

Ensinamento.

ü A misericórdia de Deus.

Cor.

ü Roxa.

 

 

 

Páscoa

Inicio:

ü 5ª feira Santa (Tríduo Pascal)

Término:

ü No Pentecostes.

Espiritualidade.

ü Alegria em Cristo Ressuscitado.

 

Ensinamento.

ü Ressurreição e vida eterna.

 

Cor.

ü Branca.

 

 

 

 

 

Tempo comum

(2ª parte).

Inicio:

ü 2ª feira após o Pentecostes.

 

Término:

ü Véspera do 1º Domingo do Advento

 

Espiritualidade.

ü Vivencia do Reino de Deus.

 

Ensinamento.

ü Os Cristãos são o sinal do Reino.

 

Cor.

ü Verde.

ü Nota: Além das festas de |Jesus, dentro do Ano Litúrgico estão as festas da Virgem Maria, dos Apóstolos e dos outros Santos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            Comunicação

 

            O Ato de comunicar tem como essência a transmissão a outrem de algo que acontece em nosso interior: sentimento, pensamento, intenção, estado de espírito ou orientar a outrem. Portanto, o ato de comunicar supõe  essencialmente a necessidade de uma subjetividade para além da nossa. E é para esta subjetividade transcendente a nós que queremos dar a conhecer nossa intimidade, que queremos conhecer sua intimidade e, também, orientar o outro para que aja de forma a buscar seu próprio bem ou que  nos oriente para que busquemos o nosso bem em consonância com os demais. A comunicação é, portanto uma ação humana expressa mediante palavras, gestos, símbolos, cores e sinais.

            Fico sabendo que o outro pensa, quando ele expressa, exterioriza, comunica. Ele o faz com seu próprio corpo (expressão corporal e verbal) ou lançando mão de recursos externos: instrumento musical, caneta, pincel, argila e etc.

 

            Na liturgia: Não somente as pessoas comunicam o que trazem em seu intimo. Cada elemento que nos rodeia nos põe em relação com o que eles representam. Assim, o espaço celebrativo, a ornamentação, o cuidado com os objetos litúrgicos, as atitudes dos membros da assembléia, tudo nos fala de como é nossa fé, nossa teologia, nosso respeito em relação aos mistérios que celebramos.

 

            Realidades que comunicam: Muitas as realidades que tocam nossos sentimentos, nos comunicam algo e de certo modo provoca em nós algum tipo de reação. Segue algumas dessas realidades, canalizando-as para o campo da liturgia:

 

Ä  Palavra: é o meio mais comum da comunicação entre as pessoas. Temos que  tomar cuidado com a palavra, pois ela pode ser fonte de um mal entendido, podemos usa-la para omitir a comunicação ou até mesmo conturbar a própria comunicação.

 

Ä  Espaço Celebrativo: é o espaço onde se desenrola a ação litúrgica. O estilo da construção, a disposição do altar, dos bancos ou cadeiras, cada vez mais devem mostrar o rosto de uma comunidade de irmãos e irmãs que se reúnem ao redor de Cristo para celebrar sua obra de salvação.

 

Ä  Ornamentação: refere-se aos objetos artísticos, pinturas, imagens e arranjos que revelam o bem gosto da comunidade e comunicam a sua mensagem.

 

Ä  Vestimentas: não servem apenas para cobrir e proteger. Elas informam se é dia de festa ou de trabalho, se temos papel preciso a desempenhar na sociedade ou não.

 

 

 

Ä  Objetos litúrgicos: não são apenas coisas concretas, são sinais, por isso transmitem mensagem, não somente pela presença deles, mas pelo modo como são utilizados ou conservados. A beleza da patena, do cálice e âmbulas, o formato e o acabamento das velas, as flores naturais e sua conservação, tudo isso deve concorrer para  uma proveitosa celebração do memorial da páscoa.

 

Ä  Símbolos: é a expressão, a manifestação de uma realidade invisível, de uma experiência profunda. Com efeito, não podemos atingir Deus diretamente, mas podemos atingi-lo pela natureza: o universo, em todas as suas expressões – ser humano, terra, água, animais, plantas, flores, astros, luz... – torna Deus presente. Em todas essas realidades está presente a marca do cria dor. Na Liturgia Cristã, o pão e o vinho, unidos à palavra de Cristo na celebração eucarística (“isto é o meu corpo... isto é o meu sangue”), tornam o Cristo presente no seio da sua comunidade. Neste caso, o símbolo – pão e vinho – torna-se sacramento cristão.

 

Ä  Expressão corporal: é a comunicação do corpo. Nosso modo de olhar, gesticular, entrar na Igreja, tudo revela nosso interior. Por vezes, fazemos o sinal-da-cruz tão apressadamente e sem concentração, que mais parece o atp de espantar moscas! É que estamos distraídos, então o gesto torna-se mecânico. Nesse caso, há incoerência, pois falta sintonia entre o que deveríamos expressar e o que deveríamos expressar e o que de fato expressamos. (Posteriormente falaremos de formas de expressão corporal).

 

Gestos.

 

Ä  Gestos: A liturgia é feita de sinais sensíveis que captamos mediante nossos cincos sentidos: tato, gosto, olfato, visão e audição. Cada um desses sentidos deve ser devidamente posto a serviço da celebração.

 

Olhar:

ü Tanto do presidente quanto de todos os membros da assembléia, devem ser expressão sincera do que as palavras dizem, uma expressão de envolvimento.

Audição:

ü Escutar os sons, a palavra de Deus proclamada e comentada. Escutar também o silêncio.

Tato:

ü Se expressa mediante o toque. A intensidade, o respeito, o modo como tocamos as pessoas, sinal de respeito e compreensão dos planos de Deus celebrados na Liturgia.

Gosto e olfato:

ü São dois sentidos um poço esquecidos nas celebrações. Na comuhão eucarística o paladar tem o seu lugar.

Audição:

ü Segundo afirmam as Instruções Gerais do Missal Romano – sinal da comunidade e da unidade da assembléia, pois estimula os pensamentos e sentimentos dos participantes. (nº20).

 

 

 

 

            Esquema ou roteiro da missa.

 

Ritos Iniciais.

ü Comentário Inicial

 

ü  De pé.

ü Canto de entrada.

 

ü  De pé.

ü Acolhida e saudação

 

ü  De pé.

ü Ato penitencial

 

ü  De pé.

ü Hino de louvor (Glória)

 

ü  De pé.

ü Oração “coleta”

 

ü  De pé.

 

 

 

 

Liturgia da Palavra

ü Comentário para a 1ª leitura

 

ü  Sentados

ü Proclamação da 1ª leitura

 

ü  Sentados

ü Salmo Responsorial

 

ü  Sentados

ü Comentário para a 2ª leitura

 

ü  Sentados

ü Proclamação da 2ª leitura

 

ü  Sentados

ü Comentário p/ o Evangelho

 

ü  Sentados

ü Canto de Aclamação

 

ü  De pé.

ü Proclamação do Evangelho

 

ü  De pé.

ü Homilia (pregação)

 

ü  Sentados

ü Profissão de fé (Creio)

 

ü  De pé.

ü Oração dos fiéis

 

ü  De pé.

 

 

 

 

Liturgia Eucarística

Preparação das Oferendas

ü Canto e Procissão

ü  Sentados

ü Apresentação do pão e do vinho

ü  Sentados

ü Presidente lava as mãos

ü  Sentados

ü Orai irmãos e irmãs!

ü  De pé.

ü Oração sobre as oferendas

ü  De pé.

 

 

 

Oração Eucarística

Ou Anáfora.

ü Prefácio e “Santo”.

ü  De pé

ü Invocação do Espírito Santo

ü  De pé

ü Narrativa da Ceia

ü  Joelhos/pé

ü Consagração do pão e do vinho

ü  Joelhos/pé

ü “Eis o mistério da fé!”

ü  Joelhos/pé

ü Salmo Responsorial

ü  De pé

ü Comentário para a 1ª leitura

ü  De pé

ü Lembra Morte e Ressur.

ü  De pé

ü Orações pela Igreja

ü  De pé.

ü Louvor final (Por Cristo...)

ü  De pé.

 

 

 

Rito da Comunhão

ü Pai nosso e oração

ü  Joelhos/pé

ü Saudação da Paz

ü  De pé

ü Fração do Pão

ü  De pé

ü Cordeiro de Deus.

ü  De pé

ü Felizes os convidados

ü  De pé.

ü Distribuição da Comunhão

ü  De pé.

ü (Canto de ação de graça)

ü  Joelhos/pé

ü Oração após a comunhão

ü  De pé

 

 

 

 

Ritos finais

ü Comunicados e convites

 

ü  Sentados

ü Benção final

 

ü  De pé

ü Despedida (Ide em Paz)

 

ü  De pé

ü Canto final

 

ü  De pé.

           

Principais posturas exercidas:

 

De pé:

ü É a posição do Cristo ressuscitado. Estar de Pé simboliza prontidão: Estamos prontos para caminhar em direção a Deus e aos irmãos. É também o símbolo da dignidade humana.

Sentados:

ü É a atitude não somente de quem ensina (Jesus “subiu ao monte. Ao sentar-se... pôs-se a falar e os ensinava” – Mt 5,1-2), mas também de quem ouve (“Maria ficou sentada aos pés do Senhor, escutando-lhe a palavra” – Lc 10,39).

Ajoelhados:

ü Revela um Espírito de Humildade e reconhecimento dos próprios erros (penitencia); expressa o ato de profunda adoração a Deus.

Prostar-se:

ü A prostração é o ato de deitar de bruços no chão. E realizada no inicio da ação litúrgica da sexta-feira santa, nas ordenações de bispos, presbíteros e diáconos, e em profissões religiosas.

Fazer genuflexão:

ü É o ato de dobrar os joelhos (gesto de adoração a Jesus na eucaristia). Ao entrar na igreja, normalmente as pessoas se dirigem para diante do sacrário e aí fazem genuflexão. Também fazemos genuflexão diante do crucifixo na Sexta-feira Santa, em sinal de adoração. (Não é adoração a cruz, mas a Jesus que nela foi pregado).

Inclinação:

ü Sinal de grande respeito e também adoração diante do Santíssimo Sacramento.

Procissão:

ü Simbolizam a peregrinação do Povo de Deus para a casa do Pai. Somos uma Igreja “peregrina”.

 

 

Mãos levantadas:

ü É atitude dos”orantes”. Significa  súplica e entrega a Deus.

Mãos juntas:

ü Recolhimento interior, busca de Deus, fé súplica, confiança e entrega da vida. É atitude de profunda atitude.

Silêncio:

ü O silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. “O Senhor fala nos silêncio do coração”.

 

            CANTO.

 

            Ele está a serviço do louvor de Deus e de nossa santificação. Não é apenas para embelezar a missa ou o culto, mas ajudar toda a assembléia a rezar. E cada canto deve estar em plena sintonia com o movimento litúrgico que se celebra, a fim de que não se cante “na missa ou culto” mas se cante “a missa ou o culto”.

 

ALGUNS PROBLEMAS COM OS CANTOS:

A cada celebração se canta um canto novo;

Repetição de cantos sempre;

Em alguns lugares se utilizam cantos para um momento da celebração e em outros lugares, para outro momento;

Cantos que “me agradam”

Critérios do canto litúrgico:

v  Sejam de inspiração bíblica;

v  Tenham referência ao mistério pascal;

v  Leve em conta a realidade do povo.

 

Cantos Litúrgicos  X Cantos de Animação:

Cantos de Animação:  São cantos com mensagens religiosas e ritmos de animação, que são cantos  em encontros, grupos de oração, peregrinações.

Cantos Litúrgicos: Cantos adequados ao ritos da liturgia e a cada tempo litúrgico.

 

Os momentos da celebração Eucarística:

Ä  Entrada: Abrir a celebração, promover a reunião da assembléia e introduzir a mente e o coração no ministério a ser celebrado. É um canto de movimento e não de repouso, com a função litúrgica de reunir o povo e unificar a assembléia, bem como acolher o celebrante e equipe.

Ä  Ato Penitencial: É um canto de repouso e não de movimento, sendo uma aclamação a Cristo, com forte caráter de inovação penitencial.

Ä  Glória: É um hino em estilo livre, em honra da Santíssima Trindade, louvando o Pai, suplicando ao Filho com o Espírito Santo. É reservado ao domingos (exceção ao tempo do advento e da quaresma) e às festas e solenidades.

Ä  Salmo Responsorial: Este é o único que é essencialmente um Salmo ou canto bíblico. Tem a função de ser um eco da palavra de Deus, uma resposta, uma verdadeira meditação.

Ä  Aclamação: Por serem assentimentos energéticos, à palavra e ação de Deus, a participação deve ser solene por toda a assembléia. Durante a quaresma, o refrão aleluia, é substituído por um outro texto aclamativo.

Ä  Preparação das Oferendas: Sua função é acompanhar a procissão dos dons, dar maior significado à coleta e acompanhar  o rito de preparação das Oferendas.

Ä  Santo: Inicia o centro e o cume de toda a celebração eucarística, que é a narrativa da instituição. Seu sentido é que toda a congregação dos fieis se una a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus.

Ä  Pai-Nosso: Uma preparação para a comunhão com o /senhor. Deve ser rezado (cantado) com dicção calma e compassada, de pausas e de canto leve, quando cantado, deve manter os termos da oração ensinada pelo próprio Jesus Cristo aos discípulos.

Ä  Paz: momento de saudar com um abraço o (a) irmão (ã) que está ao lado, desejando a paz de Cristo para ele (a).

Ä  Cordeiro: tem caráter importante na liturgia, assim como o canto de Santo, por isso deve ser cantado sempre.

Ä  Canto de Comunhão: Acompanhar e solenizar a participação dos fiéis à Eucaristia e a caridade fraterna e comunhão no mistério pascal de Jesus Cristo.

Ä  Ação de graças: São três possibilidades para realizar o agradecimento. Seja um momento de silêncio ou um canto instrumental ou um canto de louvor a Trindade.

Ä  Canto de despedida: Canto de “desfazimento” da Assembléia, como estímulo para a semana.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS.

 

            Há vários sentidos para os símbolos e por isso podemos dizer que:

 

Ä  Num primeiro sentido, muito amplo, diz Didier que o símbolo é: “o conjunto dos significados que circulam numa cultura e através dos quais a sociedade e os indivíduos encontram a sua identidade”.

Ä  É tudo o que é capaz de expressar de alguma maneira uma realidade que está presente, que a gente não pode expressar totalmente mas que é muito mais do que aquilo que a gente pode exprimir por palavras.

Daí por que o símbolo é a linguagem do mistério. A água é o símbolo da vida, a bandeira é o símbolo de uma nação, a mãos estendida simbolizará sempre uma amizade douradora.

 

Mas falando de liturgia como podemos defini-los? Quando nos comunicamos usamos palavras, gestos e símbolos. Sendo a liturgia um momento privilegiado do amor de Deus, nela são usados gestos, palavras e símbolos. Quanto mais simbólicas forem as  ações litúrgicas tanto mais assumirão a sua dimensão celebrativa. Na liturgia, os símbolos, para quem tem fé, revelam o mistério de Cristo. Eles nos colocam em contato com a realidade celebrativa. Há alguns destes símbolos de identificação e comunhão com a Igreja que não podem ser mudados. Ex.: o pão eucarístico. Trata-se de um sinal de identificação com Cristo e que sempre de novo nos leva a uma identificação com Ele.

 

Os símbolos mais importantes da liturgia e seus significados:

 

Ä  Pão: Destinado à Eucaristia, o pão significa: união, alimento e vida. Como o alimento se torna “um” com o homem, Deus quer unir os homens em comunhão. Na Páscoa era o ázimo, que para o povo judeu o pão sempre expressou a benção de Deus. Comido sem fermento significa a pressa que o povo tinha para sair do Egito.

O pão ázimo sendo o pão da Eucaristia guarda característica de alimento: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jô 6,51).

Alimentar a vida, a comunhão – é este o conteúdo da realidade simbólica do pão eucarístico.

Ä  O vinho: Lembra a generosidade de Deus. Servindo nas festas significa: alegria, felicidade. Aproxima as pessoas – os amigos e familiares. Feito de muitas uvas exprime união, fusão dos corações.

Na ceia  de Jesus ele se torna “ o sangue da nova aliança e eterna aliança” – cf Lc 22,20.  a antiga aliança foi selada no sangue das vitimas. “Eis, disse Moisés, o sangue da Aliança que o Senhor fez conosco” (cf. Ex 24,8). Jesus é a vinha nova, cujo sangue sela a Aliança definitiva, sinal de alegria para toda a humanidade redimida.

 

 

 

Ä  Água: Recordamos o dom precioso da vida. No batismo esta vida vem e deve ser conservada como o dom. Mediante a fé é também comunhão com a vida trinitária e com os irmãos. Pode ser também símbolo da morte: “Pelo batismo, fomos sepultados com ele (Cristo) na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos para o glória do Pai, assim também vivamos a vida nova”. (Rm 6,4).

Ä  Óleo: Na história dos Israelitas ou, mais precisamente, no Antigo Testamento, eram ungidos os sacerdotes, os reis e os profetas. Samuel unge a cabeça de Saul dizendo: “O Senhor te ungiu príncipe sobre a tua herança” (1Sm 10,1). A unção com o óleo significa consagração, benção e reconhecimento da parte de Deus e especial distinção diante dos homens. O sacerdote Aarão foi ungido pelo Espírito. O óleo torna-se símbolo do Espírito de Deus! Quando começa a missão messiânica o evangelista coloca em sua boca as palavras do Profeta Isaias: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu” (cf Lc 4,18). O próprio Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com sua força (cf At. 10,38). Cristo – o ungido -, unge por sua vez os cristãos e os torna participantes de sua santidade e de sua salvação.

Ä  Imposição das mãos: É símbolo de bênção. (cf. Gn. 48,14); transmitir um cargo ou missão (cf. Lv. 16,21). No Novo Testamento Jesus impõe as mãos as crianças (Mc 10,16); curando doentes (Lc 13,13; Mc. 6,2). Em Samaria os Apóstolos Pedro e João transmitem o dom do Espírito Santo pela imposição das mãos (At 8,17).

O gesto da imposição das mãos será vivamente, presente na liturgia dos sacramentos. No Batismo, na Confirmação, na Reconciliação dos Penitentes (Confissão), na Eucaristia antes da consagração, nas Ordenações (diaconal, presbiterial ou episcopal), na Unção dos Enfermos e no Matrimônio.

Ä  Incenso: Os mais antigos usavam-no significando purificação e proteção.

     Posteriormente tornou-se símbolo da oração que se eleva a Deus. No Judaísmo simboliza adoração e sacrifício. O odor do incenso devia servir para aplacar a ira de Javé. O sacrifício do incenso e adoração em muito se identificam, sendo ambos um sacrifício a Deus. Nos dias atuais, o incenso ainda tem o sentido de oração e sacrifício de presença de Deus.

Ä  Fogo: Ele ilumina, purifica, consome, destrói. O fogo novo na Vigília Pascal significa Cristo. Invocando o Espírito Santo rezamos: “Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo do vosso amor”. Com sacrifícios dos holocaustos, nossas vidas deverão ser consumidas, cada dia, pelo fogo do Amor de Deus.

Ä  A Cruz: Para nós, é sinal de vitória. Por ela nos somos identificados. Somos marcados pelo amor de Cristo por meio do sinal da cruz a partir do nosso Batismo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OBJETOS UTLIZADOS NA LITURGIA.

 

Hóstia: É o pão de trigo puro. Há uma hóstia grande para o Presidente da Celebração e as pequenas (também chamada de partículas) para o povo. A do Padre é grande para ser vista de longe, na elevação, e ser repartida entre alguns participantes da Celebração.

 

VINHO: É vinho puro, de uva. Na consagração, o pão e o vinho se mudam no Corpo e no Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, vivo ressuscitado.

 

Obs: As hóstias ou partículas guardadas na âmbula, podemos também chamá-las de Reserva eucarística.

 

 

A âmbula (ou cibório) é semelhante ao cálice, mas tem uma tampa. Nela se colocam as hóstias. Após a missa é guardada no sacrário (ou tabernáculo).

 

 

Galhetas: São como duas jarrinhas de vidro. Numa se coloca água, na outra vinho. Elas são sempre juntas, num pratinho (bandeja) ao lado do Altar.

 

 

 

Missal: é um livro grosso que tem o rito da Missa, menos as leituras, que estão no livro chamado Lecionário. Diz-se “Missal Romano” porque é aprovado pelo chefe da Igreja Católica, que tem sede em Roma.

 

 

Lecionário: livro que contém as leituras para a celebração eucarística.

 

 

 

Crucifixo: Sobre o altar ou acima dele deve haver um crucifixo, para lembrar que a Ceia do Senhor e inseparável do seu Sacrifício Redentor. Na ceia, Jesus deu aos discípulos o “Sangue da Aliança, que ia ser derramado por muitos para o perdão dos pecados.

 

 

Velas: Sobre o altar vão duas velas. A Chama da vela é o símbolo da fé, que recebemos de Jesus, “Luz do mundo”, no Batismo e na Crisma. É um sinal de que a Missa só tem sentido para quem vive a fé.

 

 

Flores: Em dias festivos, podem-se colocar flores. O certo não é “sobre” o “altar”, mas ao lado dele, pois o altar não é para pôr flores “coisas”.

 

 

Candelabro: Grande castiçal com ramificações, a cada uma delas das quais corresponde um foco de luz.

 

 

 

 

 

 

 

 

Castiçal: Utensílio que serve de suporte para uma vela.

 

 

Círio Pascal: Vela grande que é benzida e solenemente introduzida na Igreja no início da vigília pascal; em seguida é colocada ao lado da mesa da palavra ou ao lado do altar. O círio permanece acesso durante as ações litúrgicas do tempo pascal (até a festa de Pentecostes). Em muitos lugares costuma-se colocar o círio, fora do tempo pascal, junto à fonte batismal, acendendo-o em cada celebração batismal. O círio pascal aceso simboliza o Cristo ressuscitado.

 

 

Caldeirinha: Vasilha onde se coloca água benta para aspersão das pessoas e de objetos.

Aspersório: instrumento com que se joga água benta sobre o povo ou objetos.

 

 

Ostensório: objeto que serve para expor a hóstia consagrada à adoração dos fiéis e para dar a benção eucarística.

Luneta: peça circular do ostensório onde se coloca a hóstia consagrada para exposição do Santíssimo.

 

Turíbulo: vaso utilizado para as incensações durante a celebração.

 

Incenso: reina aromática extraída de várias plantas, para se colocar sobre brasas nas celebrações.

 

 

 

Teça: pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a eucaristia aos enfermos. É usada também na celebração eucarística para conter as partículas.

 

 

 

 

 

            ESPAÇO CELEBRATIVO.

 

 

 

Ambão ou Mesa da Palavra: estante de onde se proclama a palavra de Deus.

 

 

 

Sacrário ou tabernáculo: espécie de pequena urna onde se guarda o Santíssimo Sacramento.

 

 

 

Nave da Igreja: espaço reservado aos fiéis.

 

Presbitério: espaço ao redor do altar, geralmente um pouco elevado, onde se realizaram os ritos sagrados.

 

 

 

Credencia: mesinha onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na celebração.

 

 

 

 

 

 

            VESTES LITURGICAS OU PARAMENTOS.

 

 

 

Amito: É um pano branco que envolve o pescoço do celebrante. Veste-se antes da túnica ou da alva.

 

 

 

 

 

 

 

2- Túnica: Para lidar com as coisas Santas, o padre usa de sinais sagrados, pondo vestes que o distinguem das outras pessoas. A túnica é uma dessas vestes. É um manto geralmente branco, longo, que cobre todo o corpo. Lembra a túnica de Jesus, “sem costura de alto a baixo”, sobre a qual os soldados tiraram sorte, para ver quem caberia.

3- Estola: É uma faixa vertical, separada da túnica, a qual desce do pescoço do padre, com duas pontas na frente. Sua cor varia de acordo com a liturgia do dia. Existem quatro cores na liturgia: verde, branco, roxo e vermelho. A estola simboliza o poder sacerdotal.

Os diáconos utilizam a tiracolo sobre o ombro esquerdo, pendendo-a ao lado direito.

4- Cíngulo (cordão): É um cordão que prende a alva ou túnica à altura da cintura. (A alva é uma veste semelhante à túnica. Usa-se uma ou outra).

 

 

 

 

Casula: Vai sobre todas as vestes. Cobre todo o corpo. A cor varia, conforme a liturgia, com a estola. É uma veste solene, ampla que deve ser usada nas Missas dominicais e dias festivos.

 

 

 

 

 

 

 

Capa ou pluvial: capa longa que o sacerdote usa ao dar a benção do Santíssimo, ou ao conduzi-lo nas procissões, e ao aspergir a assembléia.

 

Véu umeral (ou véu dos ombros): manto retangular que o sacerdote usa sobre os ombros, ao dar a bênção do Santíssimo ou transportar o ostensório com o Santíssimo Sacramento.

 

 

 

 

 

 

 

 

CORES LITURGICAS.

 

 

Ä  O Branco: simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. É usado nos ofícios e missas pascal e do Natal; nas festas e memórias da Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não mártires, na festa de Todos os Santos, São João Batista, São João Evangelista, Cátedra de São Pedro e Conversão de São Paulo.

Ä  O Vermelho: simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado no domingo da Paixão (= domingo de Ramos) e na sexta-feira santa; no domingo de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos mártires.

Ä  O Verde: é a cor da esperança. É usado nos ofícios e missas do tempo comum.

Ä  O Roxo: simboliza a penitência. É usado no tempo do advento nos ofícios e missas pelos mortos.

Ä  O Preto: é símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos.

Ä  O Rosa: simboliza a alegria. Pode ser usado no III domingo do advento e no IV domingo da quaresma.

 

Nota: Quanto ao tempo do advento, hoje há uma tendência a se usar o violeta, em vez do roxo, para diferencia-lo do tempo quaresmal (penitência) e acentuar a dimensão de alegre expectativa da vinda do Senhor. Nas missas pelos defuntos usa-se o roxo ou preto. Mas tem-se usado também o branco, para sedar ênfase não à dor, mas aa ressurreição.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            MISSA, PASSO A PASSO.

 

Vamos relembrar:

Ritos Iniciais.

ü Comentário Inicial

 

ü  De pé.

ü Canto de entrada.

 

ü  De pé.

ü Acolhida e saudação

 

ü  De pé.

ü Ato penitencial

 

ü  De pé.

ü Hino de louvor (Glória)

 

ü  De pé.

ü Oração “coleta”

 

ü  De pé.

 

 

 

 

Liturgia da Palavra

ü Comentário para a 1ª leitura

 

ü  Sentados

ü Proclamação da 1ª leitura

 

ü  Sentados

ü Salmo Responsorial

 

ü  Sentados

ü Comentário para a 2ª leitura

 

ü  Sentados

ü Proclamação da 2ª leitura

 

ü  Sentados

ü Comentário p/ o Evangelho

 

ü  Sentados

ü Canto de Aclamação

 

ü  De pé.

ü Proclamação do Evangelho

 

ü  De pé.

ü Homilia (pregação)

 

ü  Sentados

ü Profissão de fé (Creio)

 

ü  De pé.

ü Oração dos fiéis

 

ü  De pé.

 

 

 

 

Liturgia Eucarística

Preparação das Oferendas

ü Canto e Procissão

ü  Sentados

ü Apresentação do pão e do vinho

ü  Sentados

ü Presidente lava as mãos

ü  Sentados

ü Orai irmãos e irmãs!

ü  De pé.

ü Oração sobre as oferendas

ü  De pé.

 

 

 

Oração Eucarística

Ou Anáfora.

ü Prefácio e “Santo”.

ü  De pé

ü Invocação do Espírito Santo

ü  De pé

ü Narrativa da Ceia

ü  Joelhos/pé

ü Consagração do pão e do vinho

ü  Joelhos/pé

ü “Eis o mistério da fé!”

ü  Joelhos/pé

ü Salmo Responsorial

ü  De pé

ü Comentário para a 1ª leitura

ü  De pé

ü Lembra Morte e Ressur.

ü  De pé

ü Orações pela Igreja

ü  De pé.

ü Louvor final (Por Cristo...)

ü  De pé.

 

 

 

Rito da Comunhão

ü Pai nosso e oração

ü  Joelhos/pé

ü Saudação da Paz

ü  De pé

ü Fração do Pão

ü  De pé

ü Cordeiro de Deus.

ü  De pé

ü Felizes os convidados

ü  De pé.

ü Distribuição da Comunhão

ü  De pé.

ü (Canto de ação de graça)

ü  Joelhos/pé

ü Oração após a comunhão

ü  De pé

 

 

 

 

Ritos finais

ü Comunicados e convites

 

ü  De pé

ü Benção final

 

ü  De pé

ü Despedida (Ide em Paz)

 

ü  De pé

ü Cordeiro de Deus.

 

ü  De pé.

 

 

 

  1. RITOS INICIAIS

 

Quando a gente vá a Missa carrega todo o seu ser para dentro da celebração. Nós entramos na Igreja convocados por Deus e por isso formamos uma assembléia.

Acolhidos em nome da trindade pelo presidente, entramos na celebração para:

-          suplicar

-          adorar

-          louvar

-          agradecer

Assim sendo, formamos como que um corpo comunitário com uma só voz, uma só alma, e um só coração.

Tudo aquilo acontece a partir deste momento deve ajudar a participação de todos.

A assembléia litúrgica é como que um ensaio daquilo que a gente vive no dia a dia de corpo comunitário temos que nos tornar corpo social político.

Somente assim conseguiremos unir fé e vida.

Mas a missa não é só isso. Isso ela consegue dar toque de ressurreição as mágoas da nossa vida.

Por isso é que cantamos e dançamos; por isso é que vestimos a roupa melhor; por isso é que devemos dar um ar festivo também ao local: por isso é que é a Páscoa semanal!

 

a)      Acolhida fraterna do Presidente, dos ministros nas portas e dos participantes.

Se os ritos iniciais têm por objetivo fazer que formemos e nos sentimos um só corpo, uma só alma, uma só assembléia, devemos cuidar muito bem da acolhida. Acolhendo-nos mutuamente acolhemos o próprio Deus e ele também assim nos acolhe.

 

b)      Rito Penitencial.

O rito penitencial pode se fazer de várias formas. Pode haver também o rito de aspersão da água, que nos lembra o nosso batismo.

 

c)      Momento de louvor.

Este é um momento importante na celebração, mas é essencial, depende o tipo de celebração: uma Missa durante a semana, que não seja solenidade, não requer a “glória”.

 

d)      Momento da recordação da vida.

Haja um momento em que são lembrados os fatos significativos da semana, os positivos e os negativos. Geralmente isto se faz depois da saudação do presidente.

Este momento é muito importante porque nos ajuda a ligar a fé com a vida.

 

 

 

 

e)      O que não devemos esquecer:

-    A atitude da acolhida

-    Favorecer um clima de silêncio

-    O canto de entrada não é preciso anuncia-lo: basta iniciar

-    O canto de entrada não é para acolher o Padre, mas é expressão da fé da comunidade reunida. Deve estar sempre relacionado com o tempo litúrgico. Pode ser também um salmo. Pode haver também dança.

-    O beijo no altar, pouco valorizado, significa, no entanto, beijar o próprio Cristo, Pedra Angular.

-    Quem preside deve ficar sempre no altar

-    As primeiras palavras do presidente devem ser as palavras bíblicas: Em nome do Pai... O presidente não deve dizer “bom dia” ou “boa tarde”, porque isto já foi falado pelo comentarista.

-    Aos domingos é oportuno que se faça a procissão de entrada, da qual deve compreender.

Y  A cruz

Y  Os coroinhas (se houver)

Y  Os ministros

Y  O celebrante

 

E lembre-se:

O único elemento ritual que nunca pode faltar nos ritos iniciais é a coleta ou celebração inicial, feita sempre pelo presidente da Assembléia.

A coleta é e a oração oficial que recolhe toda prece do povo.

As intenções da missa devem ser colocadas antes da coleta, que por isso deve ser sempre precedida de um momento de silêncio.

Todos os outros elementos dos ritos iniciais podem ser omitidos ou trocados de lugar.

 

 

       
   
 
   

Oração Inicial

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. Liturgia da Palavra

 

 

a)      Importância da Palavra de Deus na Liturgia:

            Na liturgia o lugar especial. Ela é a palavra viva e atual do Senhor: é Cristo Ressucitado no meio de nós.

            A primeira função da palavra de Deus  na Missa é convocar a assembleia, fazer acontecer a assembleia para celebrar o Mistéio de Cristo.

A segunda função da Palvra de Deus é anunciar a realidade de Cristo resuucitado presente  no meio de nós:

-          é o mesmo Cristo que abre os olhos aos cegos...

-          que faz ouvir os surdos, andar os coxos

-          queliberta os pobres...

Por isso é que respondemos: “Palavra da Salvação – Palavra do Senhor”

O Cristo que nós escutamos é o mesmo que foi anunciado no antigo testamento: a partir do Êxodo, referência fundamental para os judeus, ao longo de toda história do povo de Deus, passando pelos Salmos e Profetas:

 

Þ    É a primeira Leitura;

 

Este momento Cristo anunciado se encarnou num determinado tempo da História; assumiu cultura, língua e religião de um determindado povo, o povo judeu e passou no meio de nós fazendo o bem, para cumprir o porjeto do Pai anunciado desde o inicio:

Þ    É o evangelho;

 

A realidade do Cristo encarnado no meio de nós torna-se visível no sinal sacramental da Eucaristia:

 

Þ    É a leitura Eucaristica

 

b)      As leituras bíblicas na Missa

Na missa dominical são lidos os quatros evangelhos quase que inteiramente e são assim distribuidos:

 

  • Ano A: Evangelho de Mateus
  • Ano B: Evangelho de Marcos
  • Ano C: Evangelho de Lucas

 

 

 

O evangelho de João é lido durante a Quaresma e o tempo pascal.

A primeira Leitura é sempre tirada do antigo testamento, menos no tempo pascal, no qual se lê os Atos dos Apostólos.

A primeira leitura está sempre relacionada com o Evangelho.

O Salmo de resposta está sempre relacionado com a primeira leitura.

A segunda leitura é tirada das Cartas e, geralmente, não segue o tema do Evangelho.

Desta forma, domingo após, em três anos temos a possibilidade de ler quase toda a Bíblia. Além disso podemos seguir os caminhos de Jesus passo a passo, tendo a possibilidade de aderir a Ele sempre mais profundamente.

As leituras bíblicas dos dias da semana seguem um esquema de dois anos: anos pares e anos impares. O Evangelho é o mesmo nos dois anos.

 

c)      Alguns elementos da Palvra celebrada;

 

A leitura deve sempre ser proclmada

Uma leitura se diz “PROCLAMADA” quando estamos num contexto de celebração.

Uma leitura se diz “LIDA” quando estamos num contexto de reflexão estudo, comunitário ou pessoal.

O que sgnifica proclamar uma leitura?

-          Conhenecer muito bem o contexto e o conteudo da leitura;

-          Ter a consciência que estamos transmitindo a mensagem de Deus para o povo;

-          Ter a preocupação que o povo efetivamente ESCUTE a mensagem.

 

Quais são as titudes para escutar a Palavra de Deus?

Requer:

-    Gratuidade e disponibilidade de coração ao se deixar tocar, converter pela palavra.

-    Escuta atenta: a atitude básica é aquela de Maria que aos pés de Jesus, ouvia as suas palavras, quase que pendurada aos seus lábios. Daí a necessidade de ESCUTAR e não ler no folheto e nem na bíblia. Dificilmente na bíblia conseguimos acompanhar direitinho o leitor, consequentemente podemos perder o fio da mensagem transmitida. Mas o principal motivo fica sempre que a leitura deve se ESCUTADA.

-    Clima festivo, a Palavra de Deus  deveria ser acompanhada  por cantos, porcissões, danças, luzes, beijos, palamas, batuqyes...

 

Obs: A leitura – estudo da Palavea de Deus nos grupos ( grupos de rua, grupos de oração etc...). é diferente . Nos grupos é o próprio Jesus que fala para nós hoje e nós temos a obrigação de escutar a sua Palavra  a sua palavra de vida, para nos converter. Neste Caso a Palavra não tem uma função sacramental, como na Missa, e sim espiritual.

Toda liturgia da Palvra deve convergir para o Evangelho, como o seu ponto alto, seja na preparação, bem como na atenção do povo.

 

 

No momento da proclamação do Eangelho seria  oportuno orienta, num gesto, também visível, de escuta atenta.

 

 

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO LITURGICA.

 

Todas as pastorais brotam da liturgia e a ela convergem. A liturgia deve dinamizar todas as pastorais e movimentos. Uma celebração litúrgica não é algo que cai pronto do céu: requer preparação. É uma realidade que deve ser pensada e preparada com muito carinho.

Fazem parte do serviço de animação litúrgica:

a)      A equipe de liturgia

b)      As equipes de celebração.

 

A EQUIPE DE LITURGIA:

É formada por membros da comunidade que tenham a tarefa específica de celebrar, ou que sintam carinho e aptidão para este tipo de serviço.

Ela é formada:

Þ     Pelo coordenador/a

Þ     Pelo padre e pelos ministros da comunidade

Þ     Pelos representantes das pastorais que amem a liturgia e que tenham a tarefa de dinamizar liturgicamente a pastoral

Þ     Pelos representantes de cada equipe de celebração

Þ     Pelos representantes do canto litúrgico.

 

 

Tarefa da equipe de liturgia:

Þ     Garantir a vida litúrgica da comunidade

Þ     Coordenar as atividades das equipes de celebração e escalá-las para diversas celebrações

Þ     Programar e avaliar a atividade da pastoral litúrgica

Þ     Favorecer cursos, encontros de formação para equipes de celebração.

Þ     Promover a dimensão litúrgica junto a movimentos e pastorais

Þ     Manter a ligação com a paróquia e ou setor.

Þ     Organizar a preparação semanal para apresentação das leituras, comentários, preces, homilia... (A esta preparação deve participar, pelos menos o coordenador/a).

Þ     Se reunir pelo menos uma vez por mês.

 

EQUIPE DE CELEBRAÇÃO:

 

É um grupo de pessoas pertencentes a uma pastoral, movimentos ou comunidade que se encarrega de preparar uma específica celebração.

Ela é formada:

Þ     Pelo coordenador, representante da pastoral.

Þ     Pelos comentaristas

Þ     Pelos leitores e salmistas

Þ     Pelos acólitos e pessoas encarregadas da acolhida e coletas

Þ     Pelos cantores/as e músicos

 

Tarefa da equipe de celebração:

Þ     Organizar o local da celebração para que seja acolhedor e agradável

Þ     Escolher com antecedência os leitores e comentaristas, e, se forem vários, escalá-los.

Þ     Fazer a preparação semanal da celebração para o qual foi escalada, junto com a equipe da liturgia.

Þ     Nesta preparação semanal devem participar obrigatoriamente leitores escalados para o Domingo seguinte. Nunca se entrega uma leitura a quem não esteja preparado com antecedência.

Þ     O comentarista, ao introduzir a leitura, evite dizer o nome do leitor (a proclamação da Palavra não é um espetáculo).

Þ     O comentarista se for oportuno, pode anunciar capítulo e versículos da leitura. Melhor seria escrever num cartaz, à vista de todos, o capítulo e versículos.

Þ     Distribuir as tarefas da celebração e prepará-la a fim de que todos possam participar.

Þ     Ser criativos e, ao mesmo tempo, se ater as regras litúrgicas da Região e da comunidade.

 

Dicas para os comentaristas.

Þ    O ministério do comentarista é muito importante porque tem o papel de introduzir, orientar e acompanhar a assembléia em todos os momentos da celebração;

Þ    É como o professor que acompanha o aluno para ele aprender.

Þ    Se possível, personalize os comentários, falando para o povo e não lendo: comentarista não é leitor!

Þ    O comentarista deve conhecer muito bem todos os momentos da celebração, especialmente nas festas e solenidades.

Þ    Deve também ter conhecimento do mistério litúrgico celebrado, do conteúdo e das leituras.

Þ    Os comentários e as leituras devem ser breves e objetivas.

Þ    No inicio da celebração deverá falar de forma que a Assembléia se disponha a uma atenta celebração.

Þ    Ele pode e deve chamar a atenção sobre os principais momentos da celebração.

Þ    Se couber a ele dar avisos e recados, seja breve, claro e objetivo.

 

   Umas dicas para os leitores:

-          A Palavra de Deus deve ser sempre proclamada no estante da Palavra, reservada somente para este uso.

-          O Salmo responsorial também deve ser cantado estante da Palavra, pois ele é Palavra de Deus. Seria bom que o Salmo fosse cantado pelo salmista e não pelo povo, que porém pode intervir com um refrão, preferivelmente cantado.

-          O leitor deve possuir uma leitura suficientemente fluente, pois o povo tem direito de ouvir a mensagem de Deus.

-          As leituras sejam proclamadas ou da própria Bíblia, que deve estar na estante, ou do lecionário. Não é oportuno que o leitor leve a sua Bíblia Pessoal.

-          O leitor anuncia a palvra dizendo “ leitura da carta de ...”, sem dizer capítulo e versículo e conclui dizendo” Palavra do Senhor”.

-          O leitor escalado deve preparar muito bem, mesmo se tem boa leitura, pois o dele é um dos mistérios mais importantes. Deverá também participar da preparação semanal da equipe de liturgia.

 

Dicas para cantores (as) e tocadores (as):

Þ    O cantor/a na Igreja deve saber que está exercendo um verdadeiro ministério – serviço e como tal se põe a serviço do povo e da comunidade e não de si mesmo.

Þ    A escolha das músicas e cantos deve obedecer a um critério litúrgico e nunca se faz a gosto ou de qualquer jeito.

Þ    Seria oportuno que, pelos menos dentro da mesma paróquia se cantem os mesmos cantos, como sinal de unidade.

Þ    Cantores e tocadores devem ensaiar juntos pelos menos uma vez ao mês ou toda vez que haja um canto novo. Evita-se longos ensaios antes da celebração.

Þ    Entre os músicos haja alguém que saiba mexer com o som para testá-los antes da celebração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A homilia e as preces dos fieis

 

Função da homilia:

  • Fazer uma breve explicação do texto bíblico
  • Atualizá-lo, ligando-o com realidade da comunidade, mostrando como Deus nos chama a nos converter e a colaborar com ele para a tranformação da nossa vida a da nossa sociedade.
  • Ligar todo anuncio feito nas leituras com a liturgia eucarística, no intuito de introduzir o povo no ministério que está sendo celebrado.

 

Obs: este terceiro aspecto da homilia é próprio do Padre, na celebração da Missa. Na missa o Padre pode envolver outras pessoas, para testemunho de vida, ou dramatizando o evangelho, para favorecer a participação de todos.

A homilia não pode durar mais de dez minutos.

 

As preces dos fieis:

            Depois da homilia seria oportuno um momento de silêncio para todos interiorizarem a Palavra ouvida e explicada.

Depois do “Credo”, a comunidade eleva a Deus as suas preces. As preces deve ser da comunidade, nelas expressamos a nossa dor, a nossa angustia, mas também as alegrias e as esperanças que nos levam adiante.

 

 

 

Umas dicas para as preces:

  • As preces devem ser dirigidas Deus Pai
  • Alguém propõe a itenção de oração e o povo dá o seu consetimento com uma resposta aclamada ou cantada.
  • A comunidade deve preparar as suas preces, usando as do folheto somente em caso particulares.

 

Obs: As preces, bem como os comentários deveriam sair da preparação da equipe de liturgia.

É sempre oportuno deixar um momentos de silêncio para as pessoas fazerem as suas preces particulares : são os momentos privilegiados de encontro com Deus.

 

Esquema da liturgia da Palavra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. Liturgia eucarística:

 

O trecho evangélico dos discípulos de Emaús nos mostra quatros momentos em duas cenas bem distintas: os mesmo se repetem no rito da Missa: Duas grandes cenas em quatro momentos:

  1. Liturgia da Palavra com ritos iniciais
  2. Liturgia Eucarística com os ritos finais.

 

Os dois grandes momentos da celebração litúrgica são também chamados:

 

-          Mesa da Palavra, onde Cristo nos oferece o Pão da Palavra.

-          Mesa eucarística, onde Cristo se oferece ao pai, e a nós, em alimento.

 

Os dois momentos nos ajudam a viver o único encontro com a Pessoa de Cristo. Aquilo que foi anunciado na liturgia da Palavra acontece sacramentalmente na liturgia Eucarística. Na homilia é preciso fazer esta ligação.

Na eucaristia  Jesus vive o compromisso total com o projeto do Pais e com a causa dos pobres até o fim. Ele foi morto por defender os pobres, por defender a vida.

Sua Ceia é a celebração da Aliança de Deus da vida. Quem senta a esta mesa se compromete com este Deus da vida, se compromete em lutar contra qualquer exclusão e opressão dos pequenos. Toda vezes que sentamos na mesa com Ele assumimos o mesmo compromisso:

“Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa Ressurreição..”

TUDO ISTO É FAZER MEMÓRIA DO MISTÉIO PASCAL...

Verbos:

Toda liturgia Eucarística se estrutura em torno de quatro verbos:

-          Tomou o pão e o cálice...

-          Deus Graças...

-          O partiu e a deu a seus discípulos...

 

a)      Preparação das oferendas e da mesa.

“Tomou o pão e o vinho...”.

Este é o momento de nos prepararmos para o grande ofertório.

Trazemos pão e vinho simbolizando toda a realidade humana, bendizemos a Deus porque Ele nos proporcionou tudo isto:

-          ALEGRIA – CONVIVIO

-          SOFRIMENTO – DOR- DESESPERO

-          FUTURO MELHOR – SOCIEDADE NOVA...

 

 

 

“Bendito seja Deus, pelo pão e pelo vinho...”.

Este não é o ofertório, o verdadeiro ofertório, a verdadeira e única oblação acontecerá quando todas as nossas vidas, juntamente com toda a realidade humana, com todas as pessoas queridas serão entregue ao Pai assumido no Mistério Pascal, juntamente com a vida de Jesus:

Por Cristo, Com Cristo, Em Cristo.

 

Umas dicas para a preparação das oferendas e da mesa

 

Þ     Pode-se preparar o altar estendendo o corporal, o sanguíneo e, eventualmente flores. Evite-se de colocar no altar outros objetos, para que o nosso olhar se concentre no pão e no vinho.

Þ     Aos domingos faça-se a procissão ofertorial, na qual, juntamente com o pão e o vinho, se oferecem outros dons que possam ser partilhados com os mais necessitados, especialmente o dízimo, e outros objetos que simbolizem a vida da comunidade.

Þ     O canto do ofertório não é um dos mais importantes da celebração, portanto pode ser omitido.

 

b) Oração eucarística

“DEUS GRAÇAS...”

É o momento da ação de graças... Agradecer por tudo aquilo que Ele fez na nossa vida. O agradecimento não se faz somente depois da comunhão, a grande ação de graças acontece justamente durante a oração eucarística:

“Jesus tomou o pão, deu graças e o deu a seus discípulos...”.

O dar graças vem antes da refeição.

ESTE É O MOMENTO!

Sabemos também que a Palavra “Eucarística” significa “ AÇÃO DE GRAÇAS”.

Então: primeiro agradecer depois de comungar!

Lembramos o convite ao Santo:

“Corações ao Alto”

“O nosso coração está em Deus”

“Demos graças ao Senhor nosso Deus ...”

 

Este convite dialogado tem como objetivo de fazer com que a Assembléia seja uma, um só coração, numa só voz, ao Cristo para dar GRAÇAS AO PAI, o ponto culminante desta ação de graças é a doxologia final:

 

POR CRISTO

COM CRISTO

EM CRISTO

 

Neste momento cada um de nós se une, corpo, mente e espírito, ao Cristo e oferece, junto com Ele e com todos, ao Pai, o verdadeiro e maior agradecimento que podemos dirigir a Ele.

A oração Eucarística é ação de graças, mas também memorial da Paixão e sacramento da oferta do sacrifício de Jesus.

É sacrifício porque faz memória não somente da grande ação de Graça da Ultima ceia, na qual Ele se deu a nós em alimento, mas também dos seus Sacrifícios na Cruz:

-          O PÃO = Corpo dado

-          O VINHO = Sangue derramado

 

 

O significado mais profundo da Missa encerra, então, estes dois elementos: ação de graças – comunhão.

 Entrega total – sacrifício

 

Durante a celebração eucarística o Presidente da Assembléia fala de todos, e nos damos o nosso assenso com refrões, que, possivelmente, deveriam ser cantados. É claro que os maiores assenso o dão na doxologia final, cantando ou aclamando o AMÉM! Este AMÉM significa a nossa plena adesão ao Ministério celebrado em louvor ao Pai, portanto deve tomar a atenção do corpo, da mente e do espírito de cada um de nós que participamos a Assembléia.

É o maior e mais pleno SIM que podemos dizer a Deus Pai.

A Oração Eucarística cabe ao Presidente da Assembléia, que é o Padre.

Nas celebrações da Palavra não se devem dizer expressões próprias da Oração eucarística (como Prefácio ou Santo).

 

Esquema da Oração Eucarística.

 

A – dialogo inicial

Ç – prefácio

à - Primeira epíclese (invocação ao Espírito Santo sobre as oferendas)

O – Narrativa da Ultima ceia

DE – Anamnese (memorial) e oferta

G - Segunda Epíclese (invocação ao Espírito Santo sobre a comunidade)

R - Intercessões

Ç - Doxologia – AMÉM

A -

 

 

 

Após a narrativa da Ultima ceia o presidente anuncia solenemente.

Eis o ministério da Fé!

É o anuncio da Páscoa, é o memorial, é o fato passado que acontece aqui e agora para nós!

Por isso devemos dar muito realce a aclamação após este anuncio: deveria sempre ser cantada! Outros refrões, neste momento, são inoportunos.

 

C) Rito de Comunhão.

O PARTIU e Deu a seus discípulos...

Nós ficamos ao redor da mesa dando graças, fazendo memória do sacrifício de Jesus, nos indo a sua entrega total ao Pai, partindo profundamente do Mistério da sua Paixão, morte e Ressurreição:

Þ     Ora é o momento de comungar com Ele tudo isto

Þ     Ora é o momento de assumir com Ele o Projeto do pai

Þ     Ora é o momento de entrar em profunda comunhão com Ele e com os irmãos.

Þ     Ora é o momento de continuar a Missão de Jesus.

Comungar, portanto, nunca pode ser um ato individual. Não é simplesmente receber Jesus no meu coração, mas é aceitar, como comunidade o projeto Dele e a sua Missão. Nos unindo corporalmente a Ele, que fez de sua vida uma ação de graça, em louvor ao Pai, nós também nos tornamos louvor, benção e ação de graça: nos tornamos EUCARISTIA, um só corpo oferecido de Cristo dá continuamente louvor ao Pai...

Neste sentido a Eucaristia Faz A Comunidade, Enquanto A Comunidade – Igreja Celebra A Eucaristia.

Por isso é que devemos poder comungar ao Pão consagrado na missa que estamos celebrando a recorrer a reserva eucarística do Sacrário somente quando há excesso de pessoas.

As sobras deveriam ser repartidas e não guardadas, a não ser o que precisa para os doentes. Seria bem, quando possível, comungar também ao cálice.

 

Estrutura dos ritos de comunhão:

Þ     Pai nosso

Þ     Oração pela paz e Cordeiro de Deus

Þ     Oração individual do Presidente

Þ     Apresentação e distribuição do Pão e vinho

Þ     SILÊNCIO

Þ     Salmo ou hino de louvor após a comunhão.

Þ     Oração após a comunhão.

 

Dicas para os ritos de comunhão:

Þ     Desde a antiguidade o canto de comunhão sempre (que pode também ser um salmo) sempre retomou o Evangelho.

Þ     As purificações do cálice, da patena, das âmbulas deveriam ser feitas pelos ministros/as, numa mesinha à parte e não no altar.

Þ     Após a comunhão se dê espaço ao silêncio, que a liturgia chama de “grande silêncio”, para mergulhar numa intimidade maior com Jesus e o seu Mistério. Fundo musical pode acompanhar o silêncio.

Þ     Após o silêncio pode haver um hino de louvor e ação de graças.

Þ     Neste momento também se ofereçam aos pães benzidos.

Þ     A oração após a comunhão nos leva ao compromisso com o mundo: que possamos viver lá, fora àquilo que celebramos!

Þ     Após a oração ser feita uma homenagem a Maria.

 

4) Ritos finais:

Antes de sair, revigorados pelas Palavras e pelo Pão ouviremos aos avisos da comunidade que devem ser Breves, Claros, objetivos.

É bom deixar por ultimo o aviso mais importante. Enfim o Presidente da a benção e despede a Assembléia.

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SERVIÇO DE ANIMAÇÃO LITURGICA.

 

Todas as pastorais brotam da liturgia e a ela convergem. A liturgia deve dinamizar todas as pastorais e movimentos. Uma celebração litúrgica não é algo que cai pronto do céu: requer preparação. É uma realidade que deve ser pensada e preparada com muito carinho.

Fazem parte do serviço de animação litúrgica:

a)      A equipe de liturgia

b)      As equipes de celebração.

 

A EQUIPE DE LITURGIA:

É formada por membros da comunidade que tenham a tarefa específica de celebrar, ou que sintam carinho e aptidão para este tipo de serviço.

Ela é formada:

Þ     Pelo coordenador/a

Þ     Pelo padre e pelos ministros da comunidade

Þ     Pelos representantes das pastorais que amem a liturgia e que tenham a tarefa de dinamizar liturgicamente a pastoral

Þ     Pelos representantes de cada equipe de celebração

Þ     Pelos representantes do canto litúrgico.

 

 

Tarefa da equipe de liturgia:

Þ     Garantir a vida litúrgica da comunidade

Þ     Coordenar as atividades das equipes de celebração e escalá-las para diversas celebrações

Þ     Programar e avaliar a atividade da pastoral litúrgica

Þ     Favorecer cursos, encontros de formação para equipes de celebração.

Þ     Promover a dimensão litúrgica junto a movimentos e pastorais

Þ     Manter a ligação com a paróquia e ou setor.

Þ     Organizar a preparação semanal para apresentação das leituras, comentários, preces, homilia... (A esta preparação deve participar, pelos menos o coordenador/a).

Þ     Se reunir pelo menos uma vez por mês.

 

EQUIPE DE CELEBRAÇÃO:

 

É um grupo de pessoas pertencentes a uma pastoral, movimentos ou comunidade que se encarrega de preparar uma específica celebração.

Ela é formada:

Þ     Pelo coordenador, representante da pastoral.

Þ     Pelos comentaristas

Þ     Pelos leitores e salmistas

Þ     Pelos acólitos e pessoas encarregadas da acolhida e coletas

Þ     Pelos cantores/as e músicos

 

Tarefa da equipe de celebração:

Þ     Organizar o local da celebração para que seja acolhedor e agradável

Þ     Escolher com antecedência os leitores e comentaristas, e, se forem vários, escalá-los.

Þ     Fazer a preparação semanal da celebração para o qual foi escalada, junto com a equipe da liturgia.

Þ     Nesta preparação semanal devem participar obrigatoriamente leitores escalados para o Domingo seguinte. Nunca se entrega uma leitura a quem não esteja preparado com antecedência.

Þ     O comentarista, ao introduzir a leitura, evite dizer o nome do leitor (a proclamação da Palavra não é um espetáculo).

Þ     O comentarista se for oportuno, pode anunciar capítulo e versículos da leitura. Melhor seria escrever num cartaz, à vista de todos, o capítulo e versículos.

Þ     Distribuir as tarefas da celebração e prepará-la a fim de que todos possam participar.

Þ     Ser criativos e, ao mesmo tempo, se ater as regras litúrgicas da Região e da comunidade.

 

Dicas para os comentaristas.

Þ     O ministério do comentarista é muito importante porque tem o papel de introduzir, orientar e acompanhar a assembléia em todos os momentos da celebração;

Þ     É como o professor que acompanha o aluno para ele aprender.

Þ     Se possível, personalize os comentários, falando para o povo e não lendo: comentarista não é leitor!

Þ     O comentarista deve conhecer muito bem todos os momentos da celebração, especialmente nas festas e solenidades.

Þ     Deve também ter conhecimento do mistério litúrgico celebrado, do conteúdo e das leituras.

Þ     Os comentários e as leituras devem ser breves e objetivas.

Þ     No inicio da celebração deverá falar de forma que a Assembléia se disponha a uma atenta celebração.

Þ     Ele pode e deve chamar a atenção sobre os principais momentos da celebração.

Þ     Se couber a ele dar avisos e recados, seja breve, claro e objetivo.

 

   Umas dicas para os leitores:

-          A Palavra de Deus deve ser sempre proclamada na estante da Palavra, reservada somente para este uso.

-          O Salmo responsorial também deve ser cantado estante da Palavra, pois ele é Palavra de Deus. Seria bom que o Salmo fosse cantado pelo salmista e não pelo povo, que porém pode intervir com um refrão, preferivelmente cantado.

-          O leitor deve possuir uma leitura suficientemente fluente, pois o povo tem direito de ouvir a mensagem de Deus.

-          As leituras sejam proclamadas ou da própria Bíblia, que deve estar na estante, ou do lecionário. Não é oportuno que o leitor leve a sua Bíblia Pessoal.

-          O leitor anuncia a palvra dizendo “ leitura da carta de ...”, sem dizer capítulo e versículo e conclui dizendo” Palavra do Senhor”.

-          O leitor escalado deve preparar muito bem, mesmo se tem boa leitura, pois o dele é um dos mistérios mais importantes. Deverá também participar da preparação semanal da equipe de liturgia.

 

Dicas para cantores (as) e tocadores (as):

Þ     O cantor/a na Igreja deve saber que está exercendo um verdadeiro ministério – serviço e como tal se põe a serviço do povo e da comunidade e não de si mesmo.

Þ     A escolha das músicas e cantos deve obedecer a um critério litúrgico e nunca se faz a gosto ou de qualquer jeito.

Þ     Seria oportuno que, pelos menos dentro da mesma paróquia se cantem os mesmos cantos, como sinal de unidade.

Þ     Cantores e tocadores devem ensaiar juntos pelos menos uma vez ao mês ou toda vez que haja um canto novo. Evita-se longos ensaios antes da celebração.

Þ     Entre os músicos haja alguém que saiba mexer com o som para testá-los antes da celebração.

 

Principais posturas exercidas:

 

De pé:

üÉ a posição do Cristo ressuscitado. Estar de Pé simboliza prontidão: Estamos prontos para caminhar em direção a Deus e aos irmãos. É também o símbolo da dignidade humana.

Sentados:

üÉ a atitude não somente de quem ensina (Jesus “subiu ao monte. Ao sentar-se... pôs-se a falar e os ensinava” – Mt 5,1-2), mas também de quem ouve (“Maria ficou sentada aos pés do Senhor, escutando-lhe a palavra” – Lc 10,39).

Ajoelhados:

üRevela um Espírito de Humildade e reconhecimento dos próprios erros (penitencia); expressa o ato de profunda adoração a Deus.

Prostar-se:

üA prostração é o ato de deitar de bruços no chão. E realizada no inicio da ação litúrgica da sexta-feira santa, nas ordenações de bispos, presbíteros e diáconos, e em profissões religiosas.

Fazer genuflexão:

üÉ o ato de dobrar os joelhos (gesto de adoração a Jesus na eucaristia). Ao entrar na igreja, normalmente as pessoas se dirigem para diante do sacrário e aí fazem genuflexão. Também fazemos genuflexão diante do crucifixo na Sexta-feira Santa, em sinal de adoração. (Não é adoração a cruz, mas a Jesus que nela foi pregado).

Inclinação:

üSinal de grande respeito e também adoração diante do Santíssimo Sacramento.

Procissão:

üSimbolizam a peregrinação do Povo de Deus para a casa do Pai. Somos uma Igreja “peregrina”.

 

 

Mãos levantadas:

üÉ atitude dos”orantes”. Significa  súplica e entrega a Deus.

Mãos juntas:

üRecolhimento interior, busca de Deus, fé súplica, confiança e entrega da vida. É atitude de profunda atitude.

Silêncio:

üO silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. “O Senhor fala nos silêncio do coração”.

 

            CANTO.

 

            Ele está a serviço do louvor de Deus e de nossa santificação. Não é apenas para embelezar a missa ou o culto, mas ajudar toda a assembléia a rezar. E cada canto deve estar em plena sintonia com o movimento litúrgico que se celebra, a fim de que não se cante “na missa ou culto” mas se cante “a missa ou o culto”.

 

ALGUNS PROBLEMAS COM OS CANTOS:

A cada celebração se canta um canto novo;

Repetição de cantos sempre;

Em alguns lugares se utilizam cantos para um momento da celebração e em outros lugares, para outro momento;

Cantos que “me agradam”

 

 

Critérios do canto litúrgico:

v  Sejam de inspiração bíblica;

v  Tenham referência ao mistério pascal;

v  Leve em conta a realidade do povo.

 

 

Cantos Litúrgicos  X Cantos de Animação:

Cantos de Animação:  São cantos com mensagens religiosas e ritmos de animação, que são cantos  em encontros, grupos de oração, peregrinações.

Cantos Litúrgicos: Cantos adequados ao ritos da liturgia e a cada tempo litúrgico.

 

 

Os momentos da celebração Eucarística:

 

Ä  Entrada: Abrir a celebração, promover a reunião da assembléia e introduzir a mente e o coração no ministério a ser celebrado. É um canto de movimento e não de repouso, com a função litúrgica de reunir o povo e unificar a assembléia, bem como acolher o celebrante e equipe.

Ä  Ato Penitencial: É um canto de repouso e não de movimento, sendo uma aclamação a Cristo, com forte caráter de inovação penitencial.

Ä  Glória: É um hino em estilo livre, em honra da Santíssima Trindade, louvando o Pai, suplicando ao Filho com o Espírito Santo. É reservado ao domingos (exceção ao tempo do advento e da quaresma) e às festas e solenidades.

Ä  Salmo Responsorial: Este é o único que é essencialmente um Salmo ou canto bíblico. Tem a função de ser um eco da palavra de Deus, uma resposta, uma verdadeira meditação.

Ä  Aclamação: Por serem assentimentos energéticos, à palavra e ação de Deus, a participação deve ser solene por toda a assembléia. Durante a quaresma, o refrão aleluia, é substituído por um outro texto aclamativo.

Ä  Canto de ofertório: Sua função é acompanhar a procissão dos dons, dar maior significado à coleta e acompanhar  o rito de preparação das Oferendas.

Ä  Santo: Inicia o centro e o cume de toda a celebração eucarística, que é a narrativa da instituição. Seu sentido é que toda a congregação dos fieis se una a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus.

Ä  Pai-Nosso: Uma preparação para a comunhão com o /senhor. Deve ser rezado (cantado) com dicção calma e compassada, de pausas e de canto leve, quando cantado, deve manter os termos da oração ensinada pelo próprio Jesus Cristo aos discípulos.

Ä  Paz: momento de saudar com um abraço o (a) irmão (ã) que está ao lado, desejando a paz de Cristo para ele (a).

Ä  Cordeiro: tem caráter importante na liturgia, assim como o canto de Santo, por isso deve ser cantado sempre.

Ä  Canto de Comunhão: Acompanhar e solenizar a participação dos fiéis à Eucaristia e a caridade fraterna e comunhão no mistério pascal de Jesus Cristo.

Ä  Pós-comunhão: São três possibilidades para realizar o agradecimento. Seja um momento de silêncio ou um canto instrumental ou um canto de louvor a Trindade.

Ä  Canto de despedida: Canto de “desfazimento” da Assembléia, como estímulo para a semana.

 

 

 

 

Esquema ou roteiro da Missa.

Ritos Iniciais.

ü Comentário Inicial

 

ü  De pé.

ü Canto de entrada.

 

ü  De pé.

ü Acolhida e saudação

 

ü  De pé.

ü Ato penitencial

 

ü  De pé.

ü Hino de louvor (Glória)

 

ü  De pé.

ü Oração “coleta”

 

ü  De pé.

 

 

 

 

Liturgia da Palavra

Comentário da liturgia da palavra

 

ü  Sentados

ü Proclamação da 1ª leitura

 

ü  Sentados

ü Salmo Responsorial

 

ü  Sentados

ü  

 

ü   

ü Proclamação da 2ª leitura

 

ü  Sentados

ü  

 

ü   

ü Canto de Aclamação

 

ü  De pé.

ü Proclamação do Evangelho

 

ü  De pé.

ü Homilia (pregação)

 

ü  Sentados

ü Profissão de fé (Creio)

 

ü  De pé.

ü Oração dos fiéis

 

ü  De pé.

 

 

 

 

Liturgia Eucarística

Preparação das Oferendas

ü Canto e Procissão

ü  Sentados

ü Apresentação do pão e do vinho

ü  Sentados

ü Presidente lava as mãos

ü  Sentados

ü Orai irmãos e irmãs!

ü  De pé.

ü Oração sobre as oferendas

ü  De pé.

 

 

 

Oração Eucarística

Ou Anáfora.

ü Prefácio e “Santo”.

ü  De pé

ü Invocação do Espírito Santo

ü  De pé

ü Narrativa da Ceia

ü  Joelhos/pé

ü Consagração do pão e do vinho

ü  Joelhos/pé

ü “Eis o mistério da fé!”

ü  Joelhos/pé

ü  

ü   

ü  

ü   

ü Lembra Morte e Ressur.

ü  De pé

ü Orações pela Igreja

ü  De pé.

ü Louvor final (Por Cristo...)

ü  De pé.

 

 

 

Rito da Comunhão

ü Pai nosso e oração

ü  Joelhos/pé

ü Saudação da Paz

ü  De pé

ü Fração do Pão

ü  De pé

ü Cordeiro de Deus.

ü  De pé

ü Felizes os convidados

ü  De pé.

ü Distribuição da Comunhão

ü  De pé.

ü (Canto de ação de graça)

ü  Joelhos/pé

ü Oração após a comunhão

ü  De pé

 

 

 

 

Ritos finais

ü Comunicados e convites

 

ü  Sentados

ü Benção final

 

ü  De pé

ü Despedida (Ide em Paz)

ü Canto final

 

ü  De pé

ü  De pé

                                                              Esquema ou roteiro do Culto

Ritos Iniciais.

ü Comentário Inicial

 

ü  De pé.

ü Canto de entrada.

 

ü  De pé.

ü Acolhida e saudação

 

ü  De pé.

ü Ato penitencial

 

ü  De pé.

ü Hino de louvor (Glória)

 

ü  De pé.

ü Oração “coleta”

 

ü  De pé.

 

 

 

 

Liturgia da Palavra

Comentário da liturgia da palavra

 

ü  Sentados

ü Proclamação da 1ª leitura

 

ü  Sentados

ü Salmo Responsorial

 

ü  Sentados

ü  

 

ü   

ü Proclamação da 2ª leitura

 

ü  Sentados

ü  

 

ü   

ü Canto de Aclamação

 

ü  De pé.

ü Proclamação do Evangelho

 

ü  De pé.

ü Pregação (partilha)

 

ü  Sentados

ü Profissão de fé (Creio)

 

ü  De pé.

ü Oração dos fiéis

 

ü  De pé.

 

 

 

 

 

ofertório

ü Canto de ofertório

ü  Sentados

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

ü Oração sobre as oferendas

ü  De pé.

 

 

 

 

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

 

 

 

 

ü Pai nosso

ü  Joelhos/pé

ü Oração da paz

ü  De pé

ü Abraço da paz

ü  De pé

ü Pode cantar um canto de meditação

ü  Sentados

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

ü  

ü   

 

 

 

 

Ritos finais

ü Comunicados e convites

 

ü  Sentados

ü Benção final

ü Despedida (vamos em paz)

ü Canto final

 

ü  De pé

ü  De pé

ü  De pé

 

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O QUE É LITURGIA?

(GREGO)

LIT= POVO, COMUNIDADE

URGIA= SERVIÇO, OBRA, AÇÃO= TRABALHO OU SERVIÇO PÚBLICO.

(LUCAS 10, 25-37).

  • QUAIS AS PREOCUPAÇÕES DO SAMARITANO?
  • QUAIS AS ATITUDES DO SAMARITANO?
  • QUEM É O SAMARITANO?

LITURGIA: É todos os esforços e iniciativas para animar a vida litúrgica de uma comunidade, Paróquia, Diocese, Prelazia, Região etc. levando em conta sua realidade histórica, cultural, social, eclesial. De modo que todos os cristãos possam participar de forma ativa, consciente e plena. E colher dela os frutos espirituais.

No Cristianismo:

Ação de Cristo para a humanidade. Jesus Cristo, o Filho de Deus que se fez carne, veio inaugurar um novo modo de a humanidade relacionar-se com o transcendente, com a divindade, com Deus, entrando em comunhão com Ele. Jesus Cristo é o Verbo, a palavra do Pai, que se fez carne. Ele nos revelou Deus como Pai e Filho e Espírito santo. Ele veio prestar o serviço de salvação à humanidade. Este serviço de salvação é obra da Santíssima Trindade, é a Liturgia de Deus à humanidade.

QUAL É A NOSSA LITURGIA?

Jesus confiou este serviço divino de salvação e de glorificação de Deus aos Apóstolos e a toda Igreja.

Ela foi encarregada de fazê-lo de dois modos: Primeiro, levando a todos a Boa-Nova da salvação, anunciando que Cristo sofreu, morreu e ressuscitou, e que continua entre nós pela ação do Espírito santo. Levando a todos a crerem em Jesus Cristo e no seu Evangelho e a conformarem sua vida com a de Jesus Cristo, a viverem o seu mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

O segundo modo de a Igreja prestar o serviço de salvação à humanidade é pelo memorial celebrativo ou ritual do mesmo serviço de salvação, obra da Santíssima Trindade.

 Ação Celebrativa:

Através deste serviço de salvação à humanidade, fazemos memória do mistério de Cristo ou seja, sua paixão, morte e ressurreição. Comemoramos através de ritos, que recordam o serviço de salvação de Jesus Cristo. Esta salvação se torna presente e atual no hoje da celebração.

COMO CELEBRAR?

Três momentos: Preparar, celebrar, avaliar.

“A primeira condição para celebrar é a consciência da Sacralidade”

SAGRADO= Separado= algo diferente, é um eixo organizador que dá sentido à nossa vida.

  • IGREJA, LUGAR DE IDENTIDADE.
  • DO ENCONTRO= COM DEUS
  • DE ENCONTRO= COM NÓS.

“Os Santuários devem ser lugar do essencial, de buscar a “graça”, antes de buscar  as “graças”.

PARA REFLETIR:

 

  • Nossas Liturgias são sagradas? Ou mais uma coisa? Diversão religiosa?

 

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1º Encontro

Tema: O Espírito Santo faz surgir um povo      

 

ACOLHIDA

 

O dirigente dá as boas-vindas e inicia o canto...

Sinal-da-cruz.

 

Todos: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor.

            Enviai o vosso Espírito, e tudo será criado.

            E renovareis a face da terra!

 

Leitor 1: A festa do Divino é festa do povo, uma festa dos leigos.

Há muitos séculos, ela vem sendo promovida por irmandades de leigos. O padre é convidado para celebrar missa. Mas onde não há padre, a festa acontece do mesmo jeito. É a folia do Divino.

 

Leitor 2: A festa do Divino mostra que o leigo é autoridade na Igreja.

Ele cria suas próprias celebrações, cheias de vida. O Espírito divino torna as pessoas adultas na fé, capazes de assumir seu lugar na igreja.

 

Todos: Todos somos pedras vivas de um edifício espiritual.

Dir.: Sacerdotes, cuja vida é oferenda pura a Deus.

Todos: Nação santa que pertence ao Senhor.

Dir.: Povo livre e de cabeça erguida, pelo Espírito que nos foi dado,

Todos: Para proclamar as excelências daquele/que nos chamou das trevas/à sua luz maravilhosa.(1Pd 2,5-10)

Leitor 1: Onde os leigos assumem seu lugar, a Igreja começa a viver.

A igreja sem a ação dos leigos, é como um corpo sem respiração.

É como um campo coberto de ossos secos.

 

A PALAVRA DE DEUS

 

Dir: Vamos saudar a palavra de Deus e pedir a luz do Espírito Santo para compreendê-la bem.

 

(A Bíblia é colocada num lugar num lugar de destaque, ambom)

 

Canto: colocar um canto conhecido que invoque o Espírito Santo.

 

Leitor 3: Leitura do livro do profeta Ezequiel, Capítulo 37

 

A mão do Senhor veio sobre mim e me levou para fora, e me pousou no meio de um vale que estava cheio de ossos. Eram muitos ossos na superfície do vale, e estavam muito secos. Ele me disse: “Filho do homem, por acaso tornarão a viver estes ossos?” Ao que respondi: “Senhor, és tu que o sabes”. Então me disse: “Profetiza e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor: Eis que vou fazer com que sejais penetrados pelo Espírito e vivereis. Vou cobrir-vos de tendões, farei com que sejais coberto de carne e vos revestirei de pele. Porei em vós o meu Espírito, e vivereis. Então sabereis que eu sou o Senhor”.

Profetiza de acordo com a ordem que recebi. Enquanto eu profetizava, houve um ruído e depois um tremor e os ossos se aproximaram uns dos outros. Vi então que estavam cobertos de tendões, estavam cobertos de carne e revestidos de pele por cima, mas não havia espírito neles.

Então o Senhor me disse: “Profetiza ao Espírito, filho do homem, e dize-lhe: Espírito, vem dos quatro ventos e sopre sobre estes ossos, para que vivam”.

Profetizei de acordo como o que ele me ordenou. O Espírito penetrou-os e eles começaram a viver, firmando-se sobre os seus pés, como um imenso exército.

Então ele me disse: “Filho do homem, estes ossos representam o povo de Israel, que está dizendo: Os nossos ossos estão secos, a nossa esperança está desfeita, para nós está tudo acabado. Pois bem, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Libertador: Eis que vou abrir os vossos túmulos e vos reconduzirei para a terra de Israel, ó meu povo! Porei o meu Espírito dentro de vós e haveis de reviver!”. Palavra do Senhor!.

R. Graças a Deus.

 

(O dirigente convida para um momento de silencio e reflexão)

 

Pergunta: Vamos comparar a situação do povo daquele tempo com a situação do povo hoje. O que acontece quando o Espírito de Deus vem?

 

(Momento de silêncio para meditação e reflexão.)

 

 REFLEXÃO

 

Leitor 1:

Ouvimos na leitura como o Espírito de Deus dá vida nova, une e organiza o povo. Hoje em nossa comunidade, nos somos chamados para formar um novo povo desde nossa paroquia, e deixar-nos reanimar pelo Espírito de Deus para formar um novo jeito de ser Igreja, não somente participando da Igreja durante o tempo da festa, mas comprometendo-nos com o desenvolvimento das pastorais em nossas comunidades que são obra do Espírito Santo. Elas surgem sobretudo no meio dos pobres, que são a base da sociedade e da Igreja.

 

Leitor 2: Em nosso meio, a paroquia é sustentada pelas pessoas que participam dela; ela é sementeira de serviços na comunidade. Desperta a consciência comunitária. Ensina a ligar a fé com a vida. Faz descobrir Jesus Cristo neste mundo.

 

Leitor 1: Somos convidados para que através da participação na Igreja aprendamos a enfrentar os problemas da comunidade, à luz da palavra de Deus.

LADAINHA

 

Dir.: Vamos agora invocar o Divino, para que ele nos faça viver. E sabemos que viver é amar. Que ele faça os ossos secos se cobrirem de carne e se reunirem em comunidade.

 

Canto: Qualquer que faça invocação do DES

 

(Durante o canto, as bandeiras entram e são colocadas nos lados do Divino, depois vem as ladainhas)

 

Vamos responder, depois de cada invocação: “AUMENTAI O NOSSO AMOR!”

 

Leitor 2:        Divino Espírito, unificador dos corações...

                        Divino Espírito, luz que ilumina as nossas famílias...

                        Divino Espírito, que nos faz reviver a memória de Jesus...

                        Divino Espírito, fogo que fortalece as nossas vontades...

                        Divino Espírito, que vai nos ensinando tudo que é importante...

                        Divino Espírito, que abre os nossos túmulos e nos faz reviver...

                        Divino Espírito, que torna cada um de nós adulto na fé...

 

“COM ELES ESTAVA MARIA”

 

Dir: Agora vamos acolher a imagem daquela que em tudo se deixou conduzir pelo Divino. É Maria, mãe de Jesus por obra do Espírito Santo. Vamos recebê-la com palmas e flores (As crianças trazem a imagem e flores em procissão, em quanto se canta um canto para Maria)

 

No final do canto continua o rezo do terço, se for pouco tempo para começar a Eucaristia só alguns mistérios.

 

ORAÇÃO FINAL

 

Todos: Divino, nosso amigo! O vento é forte, faz maravilhas sobre a terra. A respiração nos dá a vida, anima o nosso corpo.

Divino Espírito, ajude-nos a sermos leigos ativos no Povo de Deus! Que nenhum de nós seja um osso seco e isolado.

Ajude-nos a sermos fortes na fé

Que nossa comunidade respire o ar puro da caridade.

Que o sopro de Deus expulse do nosso meio todo o mofo e ar estragado. Pai, ponha em nós o teu Espírito, e viveremos!

 

Canto: Canto final.

 

 

Segundo encontro

O ESPIRITO SANTO FORMA AS COMUNIDADES

 

ACOLHIDA

 

O dirigente dá as boas-vindas e inicia o canto...

 

Todos: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor.

            Enviai o vosso Espírito, e tudo será criado.

            E renovareis a face da terra!

 

Dir:     Deus, que instruístes os vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que conheçamos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de suas consolações.

Por Cristo, Senhor nosso. Amem.

 

Leitor 1: Estamos celebrando a festa do Divino. Em muitos lugares, as folias percorrem os povoados, visitando as famílias, sem distinção de classe ou de cor. Viam as noites e emendam os dias, levando a todos as bênçãos do céu e recolhendo os donativos para a festa. Onde houver um doente, ele é coberto com a bandeira, para receber a cura do Espírito Santo.

 

Todos: Onde reina o Espírito Santo, há saúde e santidade!

 

Leitor 2: No ultimo dia a folia traz a guia com muita solenidade ao local da festa e saúda o festeiro e sua família. Por todo lado há fogos, enfeites, fitas coloridas. Tudo respira alegria. Depois, a folia dá algumas voltas em torno da mesa abençoando as comidas. Em seguida, começa o banquete.

 

Todos: Onde reina o Espírito Santo, há alegria e partilha!

 

Leitor 1: Na festa, todos se unem e colaboram. A comunidade recebe as graças do Divino. Todos estão unidos num mesmo espírito festivo. Esta é a obra do Espírito Santo: unir o povo todo numa só casa, numa só família. Em todos os lares quer estabelecer sua morada santa.

 

Todos: Onde reina o Espírito Santo, há união e entendimento!

 

Canto: A bandeira do Divino.

 

PALAVRA DE DEUS

Dir: No dia de Pentecostes, o Espírito Divino fez com que todos os povos se entendessem perfeitamente. O Divino reúne a gente numa só comunidade, onde nos entendemos pela linguagem do amor.

 

Leitor 3: Leitura dos Atos dos Apóstolos, capitulo 2:

 

“Quando chegou o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho que parecia um vento soprando forte. Apareceram chamas e se espalharam como línguas de fogo, repousando sobre cada um deles. E todos ficaram cheios do Espírito Santo.

Estavam na cidade pessoas religiosas de todas as nações do mundo. Ouvindo aquele barulho, todos se ajuntaram e ficaram muito admirados, porque cada um podia entender, em sua própria língua, o que os seguidores de Jesus estavam falando.”

Palavra do Senhor!

 

(Momento de silencio para meditação e reflexão)

 

LADAINHA

 

Dir: Nós também estamos reunidos no mesmo lugar, preparando-nos para a festa do Divino. Pentecostes não é passado. O Divino Espírito Santo quer estabelecer entre nós o seu império.

Ora, se nós pecadores damos coisas boas aos filhos quanto mais o Pai celeste nos dará o Espírito Santo e todas as suas graças, se pedirmos de todo coração! Ficamos todos em pé para receber as bandeiras do Divino e cantamos.

 

(Durante o canto, as bandeiras entram e são colocadas nos lados do Divino, depois vem as ladainhas)

 

Todos vamos responder: VINDE SOBRE NÓS!

Leitor 1: Senhor Divino, sem o qual nada vive, nada é santo

Leitor 2: Fonte de saúde e santidade

Leitor 1: Doador da alegria e da fartura

Leitor 2: Luz dos nossos olhos

Leitor 1: Silêncio amoroso do nosso coração  

Leitor 2: Amor do Pai e do Filho

Leitor 1: Caridade e união entre as famílias

Leitor 2: Força e ternura dos casais

Leitor 1: Coragem dos que lutam pela justiça

Leitor 2: Luz dos que anunciam a libertação dos pobres

Leitor 1: Companhia e consolo dos tristes

Leitor 2: Renovador da comunidade

Leitor 1: Perseverança no compromisso

Leitor 2: Hospede da alma que ensina os humildes

Leitor 1: Espírito da verdade que não suporta fingimento

Leitor 2: Alívio nas dores e nos sofrimentos.

Leitor 1: Ó Divino que nos faz ser livres e diferentes, unidos no amor.

 

REFLEXÃO

 

Dir: Quando o Espírito Santo veio, os discípulos estavam escondidos e fechados, com medo de enfrentar a missão na sociedade.

Pela ação do Divino, eles se abriram, criaram coragem e começaram logo a formar as comunidades. A novidade do Evangelho entrou em choque com o mundo do poder e do egoísmo.

Muitos cristãos foram mortos por sua fé. O Divino nos faz fortes na fé até à morte.

 

Todos: O Espírito age naqueles que se decidem a tomar o caminho.

 

Leitor 1: Assim, hoje, ainda há muitos de nós que estamos trancados dentro de nós mesmos. Mas também vemos como o mesmo Espírito Santo está formando hoje comunidades vivas e corajosas no meio dos pobres. Revivemos o ideal das comunidades dos apóstolos.

 

Leitor 2: “Eles se mostravam assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações. Todos os fiéis unidos tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam o preço entre todos, segundo as necessidades de cada um. Dia após dia, unânimes, frequentavam o templo e partiam o pão pelas casas, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração”. (Atos 2,42)

 

Todos: Todos os fiéis unidos, tinham tudo em comum.

 

Leitor 3: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma.

Ninguém considerava seu o que possuía, mas tudo era comum entre eles.

Não havia entre eles nenhum necessitado, porque os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o dinheiro e o colocavam aos pés dos apóstolos; e distribuía-se a cada um segundo a sua necessidade.” (Atos 4,23)

 

Todos: A multidão era um só coração e uma só alma.

 

conclusão: Onde o Divino Espírito encontra espaço para agir surgem as comunidades. Aqui na nossa comunidade, ele está encontrando bastante espaço? O que está atrapalhando a ação dele? O que podemos fazer?

 

Canto:

 

ORACÃO

 

Leitor 1: Vinde, Espírito Santo! Renovai a nossa vida, conduzi-nos na estrada, fazei-nos ver a luz!

Todos: Vinde visitar-nos, a nós que somos pobres, vinde como amigo confortar-nos na luta.

Leitor 2: Vinde libertar-nos do egoísmo que nos fecha; fazei-nos ver no outro um irmão igual a nós.

Todos: Vinde trazer-nos sentimentos de bondade, de tolerância e piedade, de amiga compreensão.

Leitor 1: Livrai-nos de tudo que impede a fraterna comunicação. Queremos ser gente que assume seu dever, sem medo, sem fraqueza, com coragem e vigor.

Todos: Fazei-nos triunfar na luta pela dignidade e pela vida de nossas famílias.

Dir: Transformai nossa vida segundo Jesus: comprometido com Deus e com os irmãos, na defesa dos pobres e fracos

Todos: Vinde Espírito Santo renovar a nossa vida!

 

“COM ELES ESTAVA MARIA”

 

Dir: No meio dos discípulos, no dia de Pentecostes, estava Maria, mãe da Igreja. Vamos acolher sua imagem com palmas e flores! (As crianças trazem a imagem e flores em procissão, em quanto se canta um canto para Maria)

 

Vamos continuar com o terço. Que Nossa Senhora consiga-nos a graça de nossa Igreja ficar cheia do Espírito Santo!

 

Canto final após o terço: Nós estamos aqui reunidos, como estavam em Jerusalém.

 

 

 

Terceiro encontro

A comunidade é  o Império do Divino

 

ACOLHIDA

 

O dirigente dá as boas-vindas e inicia o canto

 

Leitor 1: Em muitos lugares, o festeiro é chamado “Imperador do Divino”, e recebe coroa e cetro. Ele representa o Império do Divino.

E como é nossa vida nesse Império? Os devotos percorrem as famílias, espalhando alegria e dando oportunidade para todo mundo ser generoso e hospitaleiro.

Todos: Divino Espírito, tornai nosso coração aberto e generoso!

Leitor 2: A festa do Divino cai depois das colheitas. Há partilha dos frutos, do trabalho e da terra. Todos dão sua contribuição. Há muita gratidão e alegria. Chegou o Império do Divino!

Todos: Divino Espírito, fazei-nos viver na partilha e na gratidão!

Leitor 2: A comunidade se torna mais unida. As barreiras e discriminações são niveladas. A frente vai a bandeira vermelha, com a pomba, símbolo da paz, símbolo do Espírito Santo. A bandeira é sinal do Espírito divino que sopra sobre nós, que nos envolve com sua paz.

A bandeira é colocada sobre doentes e crianças. Ela cura, restabelece, faz crescer em idade sabedoria de nós. É chegada do seu Império!

Todos: Divino Espírito, seja nosso guia na família e comunidade!

Leitor 2: Quem conduz a bandeira é o alferes. Chegando numa casa, os foliões saúdam a família, recebem comida e bebida e, depois da recolha as ofertas, despedem-se cantando e abençoando.

Eis o sentido da festa:

É tempo de fartura para todos! É tempo de partilha, paz e igualdade! O imperador instala o reino do Divino. Liberta presos e oprimidos. Faz nascer o Povo de Deus. Terras e bens não podem ser acumulados nas mãos de poucos!

Todos: Divino Espírito, estabelecei sobre nós o vosso império!

Leitor 1: A bandeira do Divino é a bandeira da libertação que conduz para uma sociedade sem opressores. Não é como a bandeira daqueles “bandeirantes” de quem nos fala a história ensinada nas escolas.

Esses “bandeirantes” levavam terror e morte aos índios. A bandeira do Divino leva a paz, alegria e vida aos pobres.

Todos: Divino Espírito, queremos seguir a vossa bandeira!

 

PALAVRA DE DEUS

 

Dir: A vida no império do Divino é bem diferente da vida fora dele. Vamos ouvir um trecho da Palavra de Deus, como está escrito na carta aos Gálatas, capítulo 5:

 

Leitor 3: “As palavras da carne são conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rivalidade, ciúme, ira, discussões, discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas.Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autodomínio.”

            Palavra do Senhor!:

(Momento de silencio para meditação e reflexão)

 

Canto: A nós descei divina luz (Só o refrão)

 

Dir: Jesus foi o grande imperador e festeiro do Divino, o servidor do Reino de Deus. Onde chegava, a festa começava, o perdão abria o futuro, o pão se multiplicava. Mas aqueles que não queriam alegria e festa sobre a face da terra o mataram.

 

Leitor 2: Leitura do Evangelho de Lucas, capítulo 4:

“Jesus foi a Nazaré, onde fora criado e, segundo seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler.

Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abrindo-o, encontrou o lugar onde está escrito:

O Espírito do Senhor está sobre mim e ele me ungiu para levar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para devolver a liberdade aos oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor.

Então começou a dizer: “Hoje realizou-se esta Escritura que acabastes de ouvir!”

Palavra do Senhor!  

 

REFLEXÃO

 

Dir.: Carregar a bandeira do Divino é assumir o mesmo compromisso de Jesus com a libertação dos oprimidos e a formação das comunidades. 

Leitor 1: Quando Deus criou o homem, não o criou igual aos animais. O homem recebeu estas capacidades para organizar bem a sociedade e o mundo.

Leitor 2: Há duas maneiras de usar esta capacidade que Deus nos deu: para organizar a sociedade na base da injustiça e da exploração, uns vivendo à custa da maioria.

Leitor 1: Na Igreja, o Divino expande seu Império e nos ensina a usar as nossas capacidades para o bem comum.

Leitor 2: Inspirado por sua fé, o cristão não pode se omitir, mas deve participar ativamente nas organizações populares, nos movimentos e partidos que defendem os interesses da maioria pobre.

Palavras bonitas, rezas e boas intenções não mudam a realidade.

Jesus disse: “Hoje realizou-se a Escritura”, porque ele se comprometeu com ela para valer. O Espírito Santo nos leva a ter uma fé em atos de verdade. Ele nos faz abandonar o individualismo e nos torna solidários uns com os outros.

 

conclusão: Como o nosso grupo ou comunidade está mostrando que tem compromisso com a causa da justiça e da libertação?

Que fazer?

 

LADAINHA

Recebamos com o canto as bandeiras do Divino e peçamos que nos ajude nos comprometer com a nossa comunidade.

 

 (Durante o canto, as bandeiras entram e são colocadas nos lados do Divino, depois vem as ladainhas)

 

leitor 1: Espírito Santo!

Todos: Atendei a nossa prece.

Leitor 2: Iluminai-nos com a vossa luz...

Leitor 1: Tomai posse de todo o nosso ser...

Leitor 2: Inflamai os nossos corações como o vosso amor...

Leitor 1: Agi poderosamente em nós e diminuí as nossas resistências...

Leitor 2: Transformai-nos á imagem do Senhor Jesus.

Leitor 1: Tornai-nos dóceis às vossas inspirações.

Leitor 2: Ensinai-nos a viver em constante ação de graças...

Leitor 1: Revesti-nos de amor e misericórdia para com os irmãos doentes...

Leitor 2: Ajudai-nos a ser criativos e perseverantes no amor...

Leitor 1: Fazei que vivamos sempre inspirados pela Bíblia...

Leitor 2: Animai-nos a nos comprometer sempre mais na luta pela transformação da sociedade...

Leitor 1: Arrancai do nosso meio tudo o que causa divisão

 

COM ELES ESTAVA MARIA”

 

Dir: Vamos pedir a Maria que nos ajude a seguir as inspirações do Divino e a viver livres, como Jesus. Nossa Senhora, morada santa do Espírito, mulher pobre e humilde, compreendeu perfeitamente que Deus levanta os humildes e derruba os poderosos de seus tronos.

Vamos acolher sua imagem, trazida pelas crianças, com palmas e flores!

(As crianças trazem a imagem e flores em procissão, em quanto se canta um canto para Maria e começa o rezo do terço com os mistérios )

 

Terço...

 

 

 

Quarto encontro

 

O Divino é a alma da festa da comunidade

ACOLHIDA

O dirigente faz a acolhida de todos e vem o canto

 

Dir.: Já estamos no quarto dia de nosso novenário. A nossa alegria esta crescendo. Purificamos o nosso coração de toda a impureza e comodismo. Limpamos a nossa comunidade de todas as manchas e divisões. O Divino vem para estabelecer em nós sua morada.

Iniciemos, pedindo perdão pelas vezes que entristecemos o Espírito...

(Momento de silencio)

 

Leitor 1: Rezemos ao Senhor que cria sua Igreja e suscita nossa comunidade, pelo dom do Espírito Santo, dizendo-lhe:

Todos: Renovai, Senhor, a face da terra!

Leitor 2: Senhor Jesus, exaltado pela destra de Deus, derramastes sobre vossos discípulos o Espírito Santo recebido do Pai.

Todos: Enviai o vosso Espírito: conosco transforme o mundo.

Leitor 1: Quando fostes glorificado pela vitoria da cruz, rios de água viva brotaram de vosso lado aberto.

Todos: Mergulhai-nos no vosso Espírito: que ele nos dê a vida.

Leitor 2: Por vosso sopro, destes o Espírito a vossos apóstolos, para que estendessem no meio dos homens a graças da reconciliação.

Todos: Que o vosso Espírito nos faça respirar em tudo o perdão.

Leitor 1: Prometestes que o Espírito nos ensinaria todas as coisas, recordando-nos intimamente a vossa maneira de ser.

Todos: Enviai-nos o vosso Espírito: que ele nos transforme à vossa imagem.

Leitor 2: Prometestes enviar-nos o Espírito da verdade, para que ele nos fizesse firmes e fiéis, ao evangelho, no meio de crises e perseguições.

Todos: Que ele faça de nós testemunhas da ressurreição!

 

Canto: canto que fale sobre a renovação da terra

 

REFLEXÃO

 

Dir.: A festa do Divino é cheia de alegria. Alegria sincera que vem do fundo do coração. Não há fingimento. Tudo é transparente.

Reina o Espírito da verdade. Ele gera vida e esperança vontade de viver melhor. Ele é a alma da festa. Tem lugar preparado para todos.

Todos: Na festa do Divino todos tem um lugar.

Leitor 1: No império do Divino não há imposições. “O Espírito Santo e nós decidimos não lhes impor nenhum peso” (Atos 15,28). Todos colaboram livremente. É a comunidade de pessoas livres a solidárias.

“Onde está o Espírito do Senhor, há liberdade” (2Cor 3,17). A única obrigação que temos uns para com os outros é de amar-nos com amor fraterno (Rm 13,8).

Todos: Divino Espírito, aumentai em nós a vontade de servir!

Leitor 2: O imperador é aquele que mais serve e reparte. “O que entre vós e maior, torne-se como o último; e o que governa, seja como o servo” (Lc 22,26). Assim é o uso do poder na nova sociedade.

Todos: Divino Espírito, aumentai em nós a vontade de servir!

Leitor 1: Na nossa sociedade, grandes são aqueles constroem impérios de poder e riqueza. É um imperialismo que massacra os pobres.

Não há alegria nas festas deles.

Não há satisfação no esbanjamento que destrói a face da terra e ofende os pequenos.

Leitor 2: A festa do Divino liberta. Já no Antigo Testamento existia a festa de Pentecostes, cinquenta dias depois da Páscoa. Era a festa da ação de graças pelo dom da Lei de Deus e pelas colheitas.

Eram dias de imensa alegria para o povo. Todos se dirigiam para o templo para oferecer os frutos da terra e do trabalho:

 

Leitor 3: Diz o livro do Êxodo, capítulo 23:

“Não se apresentará ninguém de mãos vazias diante de mim. Haverá a festa da colheita de cereais, o primeiro grão, o primeiro fruto do gado, do campo, e do trabalho... Deverá ser levado ao templo. É a festa da colheita, quando recolheres nos campos os frutos dos teus trabalhos”.

Dir.: Cada família apresentava os frutos da terra diante do Senhor e os repartia com aqueles que não podiam trabalhar a terra.

Leitor 3: Diz o livro do Deuteronômio, capítulo 26: “Adorarás o Senhor teu Deus, alegrando-te com o levita e o estrangeiro que mora em teu meio, por todos os bens que o Senhor te deu, a ti e à tua família”.

Dir.: Muito mais do que a povo do Antigo Testamento, nós nos alegramos na festa do Divino, trazendo e repartindo todos os bons frutos das nossas comunidades.

 

Todos: Divino Espírito, ajudai-nos a fazer de nossa festa um encontro de irmãos. Que não haja divisão nem separação alguma entre nós, mas uma só família nascida da fé em Jesus Cristo.

 

Canto: Algum canto sobre a partilha

 

A PALAVRA DE DEUS

 

Dir: Na festa do Divino, tudo respira gratuidade e dom. Todos têm consciência de que ninguém é dono de nada. Tudo o que somos e temos, deve servir para criar comunidade.

 

Leitor 1: Quem tem mais, doa mais. Quem tem menos, doa menos. Quem não tem, recebe de graça. “Vinde comer, vós que não tendes alimento. Vinde comprar trigo sem dinheiro, vinho e leite sem pagar!” (Is 55,1)

Leitor 2: Este é o espírito da festa do Divino, aperitivo da festa eterna, onde Deus mesmo nos servirá à mesa. È a alegria pelo dom do Espírito Santo! É o  amor de Deus transbordando em nossos corações!

É a realização de sua grande promessa:

 

Leitor 3: “Dar-vos-ei um coração novo e um vós porei um espírito novo. Vou tirar do vosso peito o coração de pedra e no lugar colocarei um coração de carne. Dentro de vós porei o meu Espírito, fazendo que obedeçais as minhas leis e sigais os meus preceitos. Habitareis a terra de que fiz presente a vossos pais: sereis o meu povo e serei o vosso Deus!” (Ezequiel, 36,26). “Então, ninguém terá encargo de instruir seu próximo ou irmão, dizendo: Aprenda a conhecer o Senhor, pois todos me conhecerão, grandes e pequenos (Jeremias 31,34)

 

Dir.: Esta é a grande promessa do Senhor: o dom do Espírito. Nós, todos os homens, seremos seu povo, e ele será o nosso Deus. Cada um contribuindo para o bem comum por necessidade interior, por amor. Irmãos, pensemos um pouco em silêncio: será que esta promessa de Deus está se realizando em nós? A nossa religião é de obrigações ou é uma resposta que vem de dentro, do nosso amor?

 

LADAINHA

 

(Durante o canto entram as bandeiras e se colocam nos lados do Divino)

Leitor 1: Vinde, Espírito Santo, penetrai o nosso coração, que nele arda o fogo do vosso amor!

Todos: Que todo o nosso agir venha do amor!

Leitor 2:  Senhor nosso Deus, Pai universal, quereis reunir num só povo todas as raças e línguas da terra.

Todos: Iluminai a humanidade inteira pela graça do Espírito!

Leitor 1: Quereis congregar pelo único batismo no Espírito, todos os homens que trazem o nome de Cristo.

Todos: Concedei que aqueles que crêem tenham um só coração!

Leitor 2: Pai de misericórdia, preparastes para nós a festa do vosso amor.

Todos: Que possamos antecipa-la no mundo por ações corajosas.

Dir.: Rezemos um momento, pedindo que cada um de nós seja cheio do Espírito, para fazer tudo por amor...

 

REFLEXÃO

Dir.: A festa é importante na vida da comunidade. As nossas celebrações, sobretudo a Eucaristia, devem ter um clima de festa.

Leitor 1: Mas só pode haver festa, onde há união e compromisso com os irmãos.

Leitor 2: A maioria dos católicos só quer o sacramento, só faz o mínimo por obrigação, mas não entraram na festa do Divino. Ainda não ouviram Jesus dizendo: “Não os chamei de servos, mas de amigos”.

Leitor 1: Na nossa comunidade, as celebrações devem ser cheias de vida, realismo e esperança. Cheias do Espírito Santo.

Leitor 2: A equipe de liturgia prepara os momentos de festa. Desempenha um papel muito importante. Cria o ambiente onde Jesus possa renovar o dom de sua vida por nós, e onde nós possamos sentir o gosto de nos comprometer com seu projeto.

 

Conclusão: As celebrações da nossa comunidade são festivas, participadas?

Dão força e ânimo para nossa caminhada? Que fazer?

 

“COM ELES ESTAVA MARIA”

 

Dir: Maria tem a alma em festa. Foi às bodas de Caná e nos disse como a festa poderia continuar para sempre: “Façam tudo o que ele lhes disser”. As crianças trazem agora a imagem, e nós vamos recebê-la com palmas cantando.

 

Após do canto continuamos com as dezenas do terço

 

 

Quinto encontro

 

A comunidade segue a bandeira do Divino

 

ACOLHIDA

O dirigente faz a acolhida de todos e vem o canto.

Dir: Já estamos no quinto dia de nosso novenário da festa do Divino. Deixemos que Ele possa agir em nossa vida, ajudando-nos a nos unir mais em comunidade e fezer-nos responsáveis pelo bem comum.

Todos: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acnedei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito, e tudo será criado. E renovareis a face da terra!

Dir: O Espírito Santo é a fonte de todas a graças. Agradeçamos a Deus por tudo de bom que o Divino Espírito Santo tem realizado em nossa vida, na vida da nossa comunidade, da nossa paróquia e da nossa Igreja.

 

(Momento de silêncio para agradecer a Deus).

 

A PALAVRA DE DEUS

 

A bandeira do Divino é símbolo do povo de Deus. Nela estão nossas glórias e esperanças. Ela lembra a palavra de Jesus:

 

Leitor 1: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!” (Mc 8,34)

Dir: Seguir a bandeira é seguir a Jesus, ficar do lado dele que é o lado dos pobres e oprimidos.

A bandeira significa opção pela sociedade que Deus quer. “não podeis servir a dois senhores, não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). A bandeira tem cor de fogo e sangue, diz o profeta Joel:

Leitor 2: “Acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, derrmarei o meu Espírito sobre todo ser vivo. Profetizarão so vossos filhos e filhas... farei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. Então, todo o que invocar o nome do Senhor, será salvo (Joel 3,1-5)”.

 

Canto: um refrão do canto, a bandeira do Divino..

 

Leitor 1: A cor  vermelha e branca são as que mais se destacam na festa do Divino. São as cores do martírio. Daqueles que alvajaram suas vestes no sangue do Cordeiro. Daqueles que derramaram seu sangue em defesa da vida de muitas pessoas.

Todos: O sangue dos mártires é semente de novas comunidades. A vida doada se multiplica!

 

LADAINHA

 

 Dir: Antes de ser morto, Chico Mendes Disse: “O caminho em que estou é certo, e eu vou continuar. Pode ser que eu receba, a qualquer momento, o tiro assassino. É o preço que pago por defender aquilo que acredito”.

 Vamos invocar a intercessão dos mártires que são a glória de tantas comunidades, de tantas vidas. Vamos pedir também que nós possamos seguir com frimeza a bandeira do Divino e doar a nossa vida a serviço do Reino. Após cada invocação responderemos: ROGAI POR NÓS...

 

  • São Pedro e São Paulo:
  • Santos apóstolos, testemunhas da ressurreição e da vida:
  • São Sebastião:
  • São Cosme e Damião:
  • Santa Águeda e Santa Cecília:
  • Todos os Santos mártires do passado e da Igreja:
  • Dom Oscar Romero, assassinado ao celebrar a Eucaristia:
  • Padre Luis Espinhal, torturado e morto na Bolívia:
  • Padre João Bosco Burnier, morto ao defender os maltratados:
  • Irmã Cleuza que deu sua vida pela vida dos índios:
  • Padre Ezequiel Ramim, crivado de balas ao defender posseiros:
  • Todos os religiosos mortos pelo Reino de Deus:
  • Simão Bororó, Marçal e todos os índios massacrados:
  • Gringo e Chico Mandes, líderes cristãos mortos de traição:
  • Margarida Alves e Tião da Paz, abatidos diante de suas famílias:
  • Elói Ferreira e Santos Dias, assassinados ao defender os trabalhadores:
  • Todos os leigos tombados pela violência do capital:
  • Todos os mártires de nossa comunidade:

 

Dir: Ó Deus, lembramo-nos daqueles que deram suas vidas pela fé e pela nova sociedade. Pedimos de todo o nosso coração: Acolhei-os no vosso Reino. Que eles sejam para nós, exemplos de coragem e perseverança. Libertai-nos Senhor, do medo da insegurança e da falta de amor! Que o Espírito Santo nos dê força e coragem para seguir-mos o exemplo de nossos mártires e que Ele inunde as nossas vidas.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abriu este caminho:Amém! 

 

Canto: Só o refrão do canto, virá o dia em todos ao levantar a vista...

 

“COM ELES ESTAVA MARIA”

 

Dir: vamos saudar Nossa Senhora, companheira de nossa caminhada, modelo de tantas mulheres corajosas das nossas comunidades, mãe das comunidades e do povo que nasce pela força do Espírito Santo.

Vamos acolher sua imagem cantando...

Continua com a reza do terço...

 

 

 

 

Sexto encontro

 

O Divino derrama dons e graças para edificar a comunidade.

 

ACOLHIDA

O dirigente faz a acolhida de todos e vem o canto.

 

 

Dir: hoje, no nosso sexto dia de novenário, lembramos que o Divino é fonte de todos os dons e graças na comunidade. Ele espalha seus dons e serviços sobre a comunidade.

 

Leitor 1: Em muitos lugares, o dono da casa visitada pela folia do Divino, amarra uma oferta numa das fitas. As muitas fitas coloridas representam as graças do Divino derramadas sobre a nossa comuidade. Elas simbolizam a multiforme graça de Deus que edifica a comunidade.

 

Leitor 2: “O dom que cada um recebeu, coloque-o a serviço dos outros, com bons administradores da multiforme graça de Deus” (1 Pd 4,10).

 

A PALAVRA DE DEUS

 

Dir: Irmãos, o Espírito Santo dá toda espécie de dons e graças à nossa comunidade. Cada um deve administrar bem o dom que recebeu, colocando-o a serviço da comunidade, sem procurar a própria glória. As línguas de fogo se repartem sobre todos. Todos recebem uma manifestação particular do Divino para fazer crescer o povo de Deus. O Espírito faz cada um aprofundar o própria originalidade.

 

Leitor 3: Leitura da primeira carta aos coríntios capítulo 12:

 

“Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Há diversidade de serviços, mas um mesmo é o Senhor. Há diferentes atividades, mas um mesmo é Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. Todas estas coisas as realiza um e o mesmo Espírito, que distribui a cada um conforme quer. Porque, assim como o corpo, sendo um só, tem muitos membros e todos os membros do corpo, sendo muitos, são um só corpo, assim também é Cristo. Pois, num só Espírito todos nós fomos batizados para formarmos um só corpo” (1 Cor 12). Palavra do Senhor...

(Momento de silêncio para meditação e reflexão).

 

 

 

 

REFLEXÃO

 

Dir: como a abndeira é o centro de todas as fitas, assim o amor é o laço que une perfeitamente todos os dons e serviços na comunidade. O amor é o dom maior! É o Império do Divino! Quando surgem tensões e conflitos, o amor abre a porta ao diálogo.

Vamos ouvir qual é a lei da comunidade, escrita no nosso coração pelo Divino:

 

Leitor 1: Se eu falar as línguas de homens e anjos, mas não tiver amor:

Todos: Sou apenas um barulho sem sentido.

Leitor 2: Se eu possuir o dom da profecia e conhecer todos os mistérios e toda a ciência, e alcançar tanta fé que a transportar montanhas:

Todos: Mas se eu não tiver amor, nada sou.

Leitor 1: E se repartir toda a minha fortuna e entregar meu corpo ao fogo:

Todos: Mas se não tiver amor, nad disso me aproveita.

Leitor 2: O amor é paciente...

Todos: O amor é bondoso.

Leitor 1: O  amor não tem inveja...

Todos: Não é orgulhoso.

Leitor 2: O amor não é arrogante...

Todos: Não é grosseiro.

Leitor 1: O amor não busca seus próprios interesses...

Todos: Não se irrita, não guarda rancor.

Leitor 2: O amor não se alegra com a injustiça...

Todos: Mas se compraz com a verdade.

Leitor 1: O maor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...

Todos: O amor jamais acabará.

 

Dir: Esta é a grande lei da comunidade! A lei do Espírito! Este é o decreto assinado só no coração! Este é o segredo da festa.

 

Leitor 1: Temos de nos amarrar uns aos outros, com o laço do amor, com o compromisso da fé.

Todos: “Ninguém procure o seu rpoveito, mas sim o dos outros” ( Cor 10,24).

Leitor 2: Ninguém guarde para si os dons e qualidades que o Divino lhe deu para o bem de todos.

Todos: “Se o sal perder seu gosto, só serve para ser jogado fora e ser pisado pelos homens”.

Leitor 1: Na Igreja e na comunidade, todas as pessoas tem nome, todos se conhecem, procuram confiar um no outro, todos têm valor.

Leitor 2: Cada um coloca suas qualidades a serviço dos outros. Por isso, a verdadeira comunidade é alegre, essa alegria que nós também estamos sentindo aqui. O Espírito Santo ensina a ter paciência e compreensão com todos. Quanto mais largo e generoso o coração, mais cheio do Espírito. Ele é o mestre do diálogo na comunidade e na família. Ele faz todo mundo voltar para a simplicidade do Evangelho.

Dir: Por tanto, irmãos, não nos faltam as graças e dons necessários. Se não   caminhamos, se nossa comunidade está parada, então é porque nos falta a fé.

 

Conclusão: Todos os dons e serviços na nossa Igreja e comunidade, estão bem entrosados entre si? Existe espaço e estímulo para cada um manifestar o dom que recebeu do Espírito? Que fazer?

 

LADAINHA

 

Dir: Vamos expressar o nosso desejo de um novo Pentecostes na nossa comunidade. Após cada invocação vamos responder: DAI-NOS OS VOSSOS DONS...

 

  • Espírito Santo de Deus...
  • Espírito Divino, amor eterno do Pai e do Filho...
  • Espírito Santo que sois um só Deus com o Pai e o Filho...
  • Dom do Altíssimo e fonte graças...
  • Primeiro animador das comunidades...
  • Mestre do diálogo e da compreensão...
  • Fogo Sagrado e amor ardente...
  • Origem das vocações e dos serviços...
  • Unção que nos consagra para o serviço do povo de Deus...
  • Espírito da verdade e da vida...
  • Espírito da sabedoria e da inteligência...
  • Espírito da coragem e do conselho...
  • Espírito da percepção dos caminhos de Deus...
  • Espírito do temor do Senhor...
  • Espírito consolador e santificador...
  • Espírito que nos leva a amar em atos e de verdade...
  • Espírito que nos enriqueceis com graças e dons...

 

Todos: Acendei em nós o vosso amor, ó Divino Espírito Santo. lluminai e abrasai-nos e que o vosso orvalho nos torne fecundos em boas obras. Amém.

 

“COM ELES   ESTAVA MARIA”

 

Dir: No início da Igreja, Maria orava para que o Espírito fosse derramado sobre a primeira comunidade. Vamos pedir que ela hoje interceda por nós, para que cada um de nós seja fortalecido na vontade de usar para o bem comum os dons que recebeu do Divino.

 

(As crianças trazem a imagem de N. Sr.ª enquanto se canta).

 

Continua com a reza do terço...

 

 

 

Sétimo encontro

 

O Divino ensina a coordenar a comunidade

 

            ACOLHIDA

O dirigente faz a acolhida de todos e vem o canto.

 

 

Dir.: Hoje, já estamos no sétimo dia da nossa novena, sentimos o progresso na nossa caminhada. Nesse momento vamos rezar a ladainha. Após cada invocação vamos responder: Vinde, Espírito Santo...

 

LADAINHA

 

 

Leitor 1: Vinde, Divino, habitar em nossa comunidade

Leitor 2: Vinde desobstruir tudo o que está duro e resistente

Leitor 1: Vinde transformar a nossa Igreja

Leitor 2: Vinde e libertai-a de todo autiritarismos

Leitor 1: Vinde e fazei dela Igreja dos pobres

Leitor 2: Vinde morar em nossas famílias

Leitor 1: Vinde morar entre os casais

Leitor 2: Vinde morar junto aos nossos doentes

Leitor 1: Vinde dar força aos que lutam juntos por terra, casa e pão

Leitor 2: Vinde impulsionar o esforço de libertação dos oprimidos

Leitor 1: Vinde devolver a terra aos mansos e humildes

Leitor 2: Vinde habitar no coração dos que não crêem

Leitor 1: Vinde abrasar os indiferentes e acomodados

Leitor 2: Vinde acomodar e questionar os instalados

Leitor 1: Vinde consolar e animar os abatidos

Leitor 2: Vinde alegrar as crianças e os velhos

Leitor 1: Vinde encher de amor e compromisso os jovens

 

 

A PALAVRA DE DEUS

Dir.: Ontemo vimos que uma comunidade paroquial existe quando todos participam e contribuem com seus dons. O Divino abre a mente, o coração e as mãos das pessoas.

Leitor 1: Na comunidade, há um relacionamento de amor e confiança entre as pessoas; todos se consideram como irmãos, como iguais.

Todos: “Cada membro está a serviço dos outros membros”

“Todos os homens têm igual preocupação uns com os outros” (Rm 12,5 e 1Cor 12,25)

 

Leitor 2: Na comunidade, as tarefas são bem distribuídas e há uma coordenação respeitosa entre todas as atividades.

Leitor 1: As pessoas deixam de ser dependentes e inibidas, e começam a confiar em si mesmas e nos outros. Esta é a obra do Espírito.

Todos assumem como sua própria, a vida da comunidade.

Dir: Ouçamos a Palavra de Deus, orientando a nossa comunidade:

 

Leitor 3: Leitura da primeira Carta aos Coríntios, capitulo 12.

 

Cristo é um corpo que tem muitas partes. E essas partes, ainda que sejam muitas, formam um só corpo. Porque o corpo não é feito de uma parte só, mas de muitas. Se o pé disser: “porque não sou mão, não sou do corpo”, nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo, nem por isso deixa de ser do corpo. Se todo o corpo fosse olho, como poderíamos ouvir? E se todo o corpo fosse ouvido, como poderíamos sentir cheiro?. Assim, Deus colocou cada parte do corpo diferente, cada uma delas como quis. O olho não pode dizer à mão: “Não preciso de você”, nem tampouco a cabeça aos pés: “Não necessito de vocês”. Portanto, vocês são o corpo de Cristo e cada um é parte desse corpo!

 

(Momento de silêncio para meditação e reflexão).

 

Dir: Como ouvimos, o Espírito Santo dá vida ao corpo. A um ele dá um jeito de trabalhar, a outro ele dá um outro, mas tudo para a vida da comunidade e sua atuação na sociedade. Quem não sente a necessidade de colaborar com sua parte, ainda não se abriu ao Espírito Divino. Todos os serviços são igualmente importantes. Não há maior nem menor na Igreja. Vamos pedir que o Divino nos liberte para servir.

 

Leitor 1: Espírito de Deus, enviai do céu um raio de luz.

Todos: Pai dos pobres, vosso dons afáveis dai aos corações.

Leitor 2: consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde.

Todos: No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.

Leitor 1: Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós.

Todos: Sem tua luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.

Leitor 2: Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.

Todos: Dobrai o que é duro, guiai-o no escuro, o frio aquecei.

Leitor 1: Dai à vossa Igreja que espera e deseja, vossos sete dons.

Todos: Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém.

Canto:...

 

REFLEXÃO

Dir: Na bandeira do Divino vemos uma pomba. A pomba é símbolo da paz e da mansidão, da simplicidade e da pureza. No batismo de Jesus, o Espírito Santo veiosobre ele em forma de pomba, isto quer dizer que, Jesus assumia a missão de servir o povo, com humildade e mansidão, sem jamais dominar sober ele.

Leitor 1: Os dirigentes das comunidades devem deixar-se guiar pelo Divino; devem ter a msema humildade e mansidão de Jesus. Devem estimular todos a participarem. Não podem se comportar como dominadores da família de Deus.

Leitor 2: Na Igreja e na comunidade, os animadores ou dirigentes são como o eixo da roda: O eixo não aparece, mas faz a roda girar.

Leitor 1: Os dirigentes ajudam a todos a participar e não trabalhar sozinho.

Leitor 2: Decidem tudo junto com a comunidade e respeitam as decisões da maioria.

Leitor 1: Planejam o trablho da comunidade e pedem conselho. Distribuem tarefas e dividem responsabilidades.

Leitor 2: Avaliam sempre a ação da comunidade com todos, e sabem cobrar com tato e segurança. Estão atentos às necessidades da comunidade, sentem os problemas e comunicam-se com outras comunidades.

Leitor 1: Aceitam de coração aberto as críticas construtivas. Sabem lidar com pessoas e acolher outras opiniões. Não se deixam vencer pelas dificuldades e pelo desânimo.

Leitor 2: Trabalham com todos e para todos. São pessoas de fé e oração, identificadas com o caminhar da Igreja.

Todos: Assim devem ser nossos padres e animadores! Assim o Espírito Santo conduz nossas comunidades!

 

“COM ELES ESTAVA MARIA”

 

Dir: Como é importante uma boa coordenação e animação na nossa comunidade! Só dá certo com pessoas cheias do Espírito Santo!

Vamos acolher a imagem de Nossa Senhora, e vamos pedir com ela esta graça do Espírito Santo: Bons dirigentes e animadores nas nossas comunidades, pessoas de coração e mente abertas. Peçamos que o Divino ilumine os nossos bispos, padres, diáconos, catequistas e todos os que são comprometidos com o anúncio do Evagelho, para que não apaguem a criatividade do Espírito nas pessoas.

 

(Entra a imagem de N. Sr.ª enquanto se canta).

 

Depois continua com a reza do terço...

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Celebração do aniversário de 100 anos de Dona Izabel Brasil da Silva Ozaki.

DEUS NOS ACOLHE.

COMENTARISTA.: Irmãos e irmãs, Deus aqui nos reúne em torno da vida de IZABEL BRASIL DA SILVA OZAKI, que hoje completa seus 100 anos. Seus filhos e filha, familiares, amigos e amigas se fazem presentes. Somos agora uma grande família, reunida pelo amor. Juntos celebraremos O CULTO EM AÇÃO DE GRAÇAS, o louvor mais sublime, a mais perfeita ação de graças que podemos elevar a Deus. Em clima de alegria e festa, fiquemos em pé e acolhamos em procissão IZABEL BRASIL DA SILVA OZAKI, filhos, filha, noras, netos e bisnetos, e também o presidente desta celebração MINISTRO RAIMUNDO MARQUES.  Cantemos, vibrantes, o canto de entrada. 

1   - CANTO DE ENTRADA   Reunidos aqui 

Reunidos aqui / Só pra louvar ao Senhor, / Novamente aqui, / Em união. Algo bom vai acontecer, Algo bom Deus tem pra nós, Reunidos aqui / Só pra louvar o Senhor. ...

Seja onde for, eu louvo / Cada vez mais, eu louvo / Pois o Seu amor rodeia-me como o mar / Eu louvo o nome de Jesus / Pois no nome de Jesus / Liberto, eu estou. 

 2  - SAUDAÇÃO

MINISTRO.: Irmãos e irmãs, iniciemos a nossa celebração nos entregando inteiramente a Deus. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 

T.: Amém!

MINISTRO.: Que o amor de Deus, nosso Pai, a graça e a paz de Jesus Cristo, nosso irmão, a luz e a força do Espírito Santo, nosso advogado e defensor, estejam sempre conosco!

T.: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo! 

 

DEUS NOS PERDOA

MINISTRO.: É tão bonita e edificante uma vida construída sobre, os alicerces do amor! Mas nem sempre vivemos essa graça. Tantas vezes abandonamos o amor e fazemos da vida pessoal e familiar uma aventura perigosa. Quebramos a unidade. Provocamos divisões. Ferimos. Tiramos a paz dos que vivem conosco. Agora Deus espera por nós, cheio de misericórdia. Façamos um momento de silêncio. Arrependamo-nos de verdade e depois peçamos o perdão de Deus cantando. 

3- CANTO PENITENCIAL

Renova-me

Renova-me / Senhor Jesus /Já não quero ser igual

Renova-me Senhor Jesus /Põe em mim teu coração / porque em tudo que há dentro de mim / precisa ser mudado Senhor /Porque tudo que há dentro do meu coração / precisa mais de ti. 

MINISTRO: DEUS TODO PODERESO TENHA PIEDADE DE NÓS PERDOE OS NOSSOS PECADOS E NOS CONDUZA UM DIA A VIDA ETERNA.
  TODOS: AMÉM.

GLORIFICANDO A DEUS

MINISTRO.: Fomos perdoados. Recuperamos a alegria e a paz de nosso coração. Louvemos a Deus, que é tão bom para nós! Cantemos para ele nosso louvor. 

4    - HINO DE LOUVOR - Glória, glória!

 Glória, glória! Ao Pai criador, / ao Filho redentor / e ao Espírito, glória! (bis)

Ao Pai criador do mundo, / ao Filho redentor dos homens, / ao Espírito de amor demos sempre glória! 

 

ORAÇÃO

MINISTRO.: Senhor e Pai, que por meio de uma fagulha do vosso amor destes vida a NOSSA IRMÃ IZABEL, que hoje celebra seus 100 anos, aumentai ainda mais nesta tua filha o amor que hoje reúne aqui, para Te louvar seus filhos, filhas, noras, netos, bisnetos, familiares, amigos, pessoas que, por vossa vontade, fazem parte de sua vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

T.: Amém. 
  

DEUS NOS FALA

5 - PRIMEIRA LEITURA (Ecle 4,12-19)

COMENTARISTA.: Nos versículos que acolheremos agora, Deus nos diz que a sabedoria educa o homem. Ouçamos as leituras.

Leitura do Livro do Eclesiástico. A sabedoria inspira a vida aos seus filhos, ela toma sob a sua proteção aqueles que a procuram; ela os precede no caminho da justiça. Aquele que a ama, ama a vida; aqueles que velam para encontrá-la sentirão sua doçura.  Aqueles que a possuem terão a vida como herança, e Deus abençoará todo o lugar onde ele entrar. Aqueles que a servem serão obedientes ao Santo; aqueles que a amam serão amados por Deus. Aquele que a ouve julgará as nações; aquele que é atento em contemplá-la permanecerá seguro. Quem nela põe sua confiança tê-la-á como herança e sua posteridade a possuirá, pois na provação ela anda com ele, e escolhe-o em primeiro lugar. Ela traz-lhe o temor, o pavor e a aprovação. Ela o atormenta com sua penosa disciplina, até que, tendo-o experimentado nos seus pensamentos, ela possa confiar nele.

Palavra do Senhor.

T.: Graças a Deus. 

 

NOSSA RESPOSTA À PALAVRA DE DEUS 

COM.: Expressemos nossa resposta à Palavra divina que acabamos de acolher no coração, Cantemos juntos, irmãos e irmãs. 

6  - CANTO DE MEDITAÇÃO

Sonda-me

Senhor,
Eu sei que tu me sondas
Sei que também me conheces
Se me assento ou me levanto
Conheces meus pensamentos
Quer deitado ou quer andando
Sabes todos os meus passos
E antes que haja em mim palavras
Sei que tudo me conheces

Senhor eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão

Deus, tu me cercastes em volta
Tuas mãos em mim repousam
Tal ciência, é grandiosa
Não alcanço de tão alta
Se eu subo até o céu
Sei que ali também te encontro
Se no abismo está minh'alma
Sei que aí também me amas

Senhor eu sei que tu me sondas (4 vezes) Refrão

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO 

COMENTARISTA.: Os atos revelam a pessoa, DONA IZABEL, em seu testemunho de vida diário, converte tudo o que é negativo em novas motivações para viver e tem convicção que cada um deve oferecer o melhor de si para o outro. 

7    - CANTO DE ACLAMAÇÃO

Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz / Como são belos os pés do mensageiro que anuncia o Senhor / Ele vive, Ele reina, Ele é Deus e Senhor / Ele vive, Ele reina, Ele é Deus e Senhor. O meu Senhor chegou com toda glória! / Vivo Ele está, Ele está!  Bem junto a nós seu Corpo Santo a nos tocar / E vivo eu sei Ele está!

 

8 - EVANGELHO (Lc 6,43-45)

MINISTRO.: O Senhor esteja conosco!

T.: Ele está no meio de nós.

MINISTRO.: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

T: Glória a vós, Senhor! 

Naquele tempo disse Jesus, não existe árvore boa não dá frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons; Porquanto cada árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas de plantas espinhosas. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração,  mas  o homem mau tira do seu mal coisas más, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio. Palavras da Salvação!  

T.: Glória a vós, Senhor! 

 

 

 

9 -PROFESSANDO A NOSSA FÉ

MINISTRO.: A fé nos faz alcançar grandes graças e nos ajuda a transformar grandes obstáculos e desafios, em conquistas felizes. É pela força da fé e do amor que DONA IZABEL, chegou até aqui, para celebrar seus 100 anos...

PROFESSEMOS JUNTOS A NOSSA FÉ: 

Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém! 

 

10 - ORAÇÃO DA ASSEMBLÉIA

COMENTARISTA.: Viveremos agora um gesto bonito de unidade e oração. Um representante dos filhos, netos, noras, sobrinhos, e amigos de D. IZABEL, vêm à frente do altar louvar a Deus por esta data, que será compartilhada por toda assembléia através da seguinte resposta:

RESPOSTA: AJUDAI-NOS, SENHOR, A VIVER EM VOSSO AMOR.  

MINISTRO: Irmãos e irmãs, em nome de Jesus elevemos ao Pai os nossos pedidos. 

T: Ajudai-nos, Senhor, a viver em vosso amor.

Representante dos filhos: A família é o laboratório onde se elaboram os valores mais importantes, - principalmente o amor. Mamãe, nosso reconhecimento no mais intimo dos nossos corações, por ter nos ensinado a vislumbrar as razões mais íntimas que motivam os nossos sentimentos e nossas atitudes. 

T: Ajudai-nos, Senhor, a viver em vosso amor.

Representante dos netos:Senhor Deus, Pai de todos nós, derramais todas as bênçãos em nossa avó, que viveu e ensinou a nossos pais a importância da família, correspondendo aos planos de amor determinado por Deus.

T: Ajudai-nos, Senhor, a viver em vosso amor.

Representante das noras: Por mais que os homens se esforcem, tem coisas que as mulheres apreciam e sentem que eles simplesmente não entendem. É para isso que Deus nos deu avós, mães, irmãs, filhas, primas, sobrinhas, amigas, e sogra. E é por isto, que expresso aqui minha gratidão ao Pai Eterno pela existência de N..., – não apenas pelo esmero na educação do filho que se tornaria meu cônjuge, mas por ter nos incluído no seu coração também.

T: Ajudai-nos, Senhor, a viver em vosso amor.

Representante dos Sobrinhos: Dentro da grande família humana, cabe  inúmeras famílias, onde por vezes a tia, desenvolver os direitos e deveres da maternidade: a autoridade de mãe e a responsabilidade de cuidar da vida e da educação dos sobrinhos. Estes, por sua vez, da mesma forma, têm a obrigação de respeitar e reconhecer de maneira muito especial, estabelecendo para sempre uma relação fraterna. 

T: Ajudai-nos, Senhor, a viver em vosso amor.

Representante dos Amigos: Quão importante e decisivo é a presença forte de uma amiga bondosa. Não há nada mais belo e gratificante na vida de quem vivenciou essa experiência. Ela cria laços, confere segurança, apoio e facilita a experiência da fé e do amor de Deus.

T: Ajudai-nos, Senhor, a viver em vosso amor.  

MINISTRO.: Acolhei, Senhor, a oração dos familiares e amigos de DONA IZABEL, por meio destas preces, e atendei-os. Por Cristo, nosso Senhor.

T: Amém.  
 

ORAÇÃO DAS OFERENDAS

PR.: Orai, irmãos e irmãs, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.

T: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para a glória de seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja! 

 

MINISTRO.: Acolhei, ó Pai amoroso, os dons que vos apresentamos, com a linda oferenda da vida de DONA IZABEL, que celebra diante de vós os seus 100 anos.  Seja tudo do vosso agrado e para vossa honra e glória, por Cristo, nosso Senhor!

T.: Amém! 

13 - PAI-NOSSO

(Motivação por conta do Presidente) PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS.....

 

MINISTRO.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo salvador.

T: Vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre!

MINISTRO.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.

T: Amém!

MINISTRO.: A paz do Senhor esteja sempre convosco!

T.: O amor de Cristo nos uniu!

MINISTRO.: Guardemos o abraço da paz e os cumprimentos para o final da celebração.

SINGELA HOMENAGEM

COMENTARISTA.: Neste momento, DONA IZABEL, receberá a homenagem de seus familiares e logo após, receberemos a benção e entoaremos o canto final.

A família de D. IZABEL, entrará com a imagem de Nossa Senhora que será sempre lembrada por todos nós, seus filhos e filhas que invocamos a sua proteção. 

 

 NOSSA SENHORA

Cubra-me com seu manto de amor, guarda-me na paz deste olhar. Cura-me as feridas e a dor, me faz suportar. Que as pedras do meu caminho. Meus pés suportem pisar, mesmo feridos de espinhos, me ajude a passar. Se ficaram mágoas em mim, Mãe, tira do meu coração e aqueles que eu fiz sofrer, peço perdão. Se eu curvar meu corpo na dor, me alivia o peso da cruz, interceda por mim, minha Mãe, junto a Jesus.

 

Nossa Senhora me dê a mão cuida do meu coração, da minha vida, do meu destino.

Nossa Senhora, me dê a mão, cuida do meu coração, da minha vida, do meu destino, do meu caminho, cuida de mim.

 

Sempre que meu pranto rolar ponha sobre mim suas mãos, aumenta minha fé e acalma o meu coração. Grande é a procissão a pedir a misericórdia, o perdão, a cura do corpo e, pra alma, a salvação. Pobres pecadores, ó mãe, tão necessitados de vós. Santa mãe de Deus, tem piedade de nós. De joelhos aos vossos pés, estendei a nós vossas mãos, rogai por todos nós, vossos filhos, meus irmãos. 

 

BÊNÇÃO FINAL

MINISTRO.: O Senhor esteja convosco!

T: Ele está no meio de nós!

MINISTRO.: Que se derrame sobre vós e vossa família a bênção de Deus, que também é família em perfeita comunhão, Pai, Filho + e Espírito Santo.

T.: Amém!

MINISTRO.: Glorificai o Senhor com vossa vida! Vamos em paz, e o Senhor vos acompanhe!

T: Graças a Deus! 

COMENTARISTA.: A exemplo de DONA IZABEL, que ao longo destes 100 anos têm testemunhado o amor de Deus, saiamos do nosso canto e abracemos nossos irmãos mais próximos, desejando-lhe a paz de Cristo.

Momento da paz e cumprimentos

Canto da Paz:  A ALEGRIA

A alegria está no coração de quem já conhece a Jesus. A verdadeira paz só tem aquele, que já conhece a Jesus. O sentimento mais precioso, que vem do Nosso Senhor: É o amor, que só tem quem já conhece a Jesus. 

 

17 - CANTO FINAL.

 

 

ROTEIRO CELEBRATIVO ORGANIZADO PELO MINISTRO DA EUCARISTIA, RAIMUNDO MARQUES – PARÓQUIA DE CRISTO RESSUSCITADO - URUCURITUBA/AM.

EM 16 DE MAIO DE 2015. 

 

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Mi­se­ri­cor­diae Vul­tus

Um breve co­men­tá­rio à Bula do Ano Santo — Ju­bi­leu Ex­tra­or­di­ná­rio da Mi­se­ri­cór­dia

Pa­les­tra dada à Ca­te­quese Ba­tis­mal — Ba­sí­lica Nossa Se­nhora da Boa Vi­a­gem — 13/9

In­tro­du­ção

O ju­bi­leu tem um sig­ni­fi­cado todo es­pe­cial no sen­tido de in­di­car a es­pe­rança de re­a­li­za­ção do tempo mes­si­â­nico. No an­tigo Tes­ta­mento ele é o “tempo da graça”. O ju­bi­leu pro­cla­mado pela bula do papa Fran­cisco, pu­bli­cada em 11.04.2015, vai iniciar-se em 08 de de­zem­bro de 2015 e terá seu tér­mino em 20 de no­vem­bro de 2016. A aber­tura será em uma data sig­ni­fi­ca­tiva: os cin­quenta anos de con­clu­são do Con­cí­lio Va­ti­cano II (n.4). Será ce­le­brado não só em Roma, mas tam­bém em to­das as di­o­ce­ses: “Es­ta­be­leço que no mesmo do­mingo, em cada Igreja Par­ti­cu­lar – na Ca­te­dral, que é a Igreja-Mãe para to­dos os fiéis – seja aberta igual­mente, du­rante todo o ano Santo, uma Porta da Misericórdia…poderá tam­bém ser aberta nos San­tuá­rios…” (n. 3).

O tema da Mi­se­ri­cór­dia tem raí­zes pro­fun­das na Igreja e o papa Fran­cisco (um ho­mem mar­cado pela mi­se­ri­cór­dia, que ele es­co­lheu como lema epis­co­pal), soube captá-las e in­se­rir nes­tas raí­zes a pro­posta do Ano Santo. Há um fio trans­ver­sal que per­passa todo o con­teúdo da bula: pri­mei­ra­mente a pró­pria his­tó­ria da sal­va­ção, toda ela pode ser lida na pers­pec­tiva da mi­se­ri­cór­dia. A cri­a­ção é fruto da mi­se­ri­cór­dia: Deus que por pura bon­dade, co­mu­nica a vida e a co­loca onde não há. A con­des­cen­dên­cia di­vina se faz sen­tir com a hu­ma­ni­dade pe­ca­dora, à qual Deus faz a pro­messa de re­den­ção e não de con­de­na­ção. A pró­pria En­car­na­ção (ké­no­sis) e re­den­ção ope­rada por Je­sus, o Fi­lho de Deus com a cruz e res­sur­rei­ção. En­fim, toda a Pa­la­vra de Deus tem um pano de fundo que é a mi­se­ri­cór­dia.

De­ve­mos con­si­de­rar tam­bém a in­tui­ção do papa são João XXIII, o qual ao abrir o con­cí­lio Va­ti­cano II, pro­põe uma Igreja que pre­fere usar a me­di­cina da mi­se­ri­cór­dia. O papa Fran­cisco men­ci­ona tam­bém o ma­gis­té­rio do papa S. João Paulo II, o qual, com a en­cí­clica “Di­ves in mi­se­ri­cór­dia” en­sina que a mis­são da Igreja é pro­cla­mar a mi­se­ri­cór­dia di­vina que abrange a hu­ma­ni­dade in­teira. Por si­nal ele ca­no­ni­zou Santa Faus­tina, santa da mi­se­ri­cór­dia, como a pri­meira santa do novo mi­lê­nio no iní­cio do ju­bi­leu do ano 2000.

A Bula tem 25 itens. Em se­guida des­taco os tó­pi­cos prin­ci­pais dis­pos­tos em três par­tes: os fun­da­men­tos te­o­ló­gi­cos da Bula, a se­guir sua apli­ca­ção à Igreja e por úl­timo al­gu­mas in­di­ca­ções prá­ti­cas so­bre como vi­ver um iti­ne­rá­rio es­pi­ri­tual de con­ver­são..

  1. Fun­da­mento tri­ni­tá­rio

Logo no iní­cio o papa co­loca o fun­da­mento tri­ni­tá­rio de tudo o que pre­tende di­zer na Bula e creio que vale a pena trans­cre­ver, por­que a meu ver, de certa forma, re­sume logo no iní­cio o seu con­teúdo: “Mi­se­ri­cór­dia é a pa­la­vra que re­vela o mis­té­rio da San­tís­sima Trin­dade. Mi­se­ri­cór­dia é o ato úl­timo e su­premo pelo qual Deus vem ao nosso en­con­tro. Mi­se­ri­cór­dia é a lei fun­da­men­tal que mora no co­ra­ção de cada pes­soa, quando vê com olhos sin­ce­ros o ir­mão que en­con­tra no ca­mi­nho da vida. Mi­se­ri­cór­dia é o ca­mi­nho que une Deus e o ho­mem, por­que nos abre o co­ra­ção à es­pe­rança de ser­mos ama­dos para sem­pre, ape­sar da li­mi­ta­ção do nosso pe­cado” (n.2).

A Bula com a qual o papa con­voca o ano santo da mi­se­ri­cór­dia é pro­fun­da­mente cris­to­cên­trica, a par­tir do seu tí­tulo:Mi­se­ri­cor­diae Vul­tus (O vulto da mi­se­ri­cór­dia). Je­sus é a ima­gem do Deus vivo (cf. Jo 14,9), ele é o rosto da mi­se­ri­cór­dia, a mi­se­ri­cór­dia en­car­nada: “Je­sus Cristo é o rosto da mi­se­ri­cór­dia do Pai” (n. 1). A mi­se­ri­cór­dia não é algo abs­trato, é um rosto para co­nhe­cer, con­tem­plar e ser­vir. O papa co­loca como que um lema para o ju­bi­leu, um ver­sí­culo do Evan­ge­lho de Lu­cas : “Mi­se­ri­cor­di­o­sos como o Pai (Lc 6,36) é, pois, o lema do Ano Santo” (n.14). O papa in­voca tam­bém o au­xí­lio do Es­pí­rito Santo: “O Es­pí­rito Santo que con­duz os pas­sos dos cren­tes de forma a co­o­pe­ra­rem para a obra da sal­va­ção re­a­li­zada por Cristo, seja guia e apoio do povo de Deus a fim de o aju­dar a con­tem­plar o rosto da mi­se­ri­cór­dia”(n. 4).

A oni­po­tên­cia de Deus se ma­ni­festa no uso da mi­se­ri­cór­dia que não é fra­queza mas força di­vina. Pa­ci­ên­cia e Mi­se­ri­cór­dia é o binô­mio que apa­rece fre­quen­te­mente no An­tigo Tes­ta­mento para des­cre­ver a na­tu­reza de Deus (cf. n.6). Eterna é a sua mi­se­ri­cór­dia canta o salmo 136. Je­sus reza este salmo da mi­se­ri­cór­dia, nos re­corda o papa (cf. n. 7). “Com o olhar fixo em Je­sus e no seu rosto mi­se­ri­cor­di­oso, po­de­mos in­di­vi­duar o amor da San­tís­sima Trin­dade. A mis­são que Je­sus re­ce­beu do Pai, foi a de re­ve­lar o mis­té­rio do amor di­vino na sua ple­ni­tude” (n. 8). Após con­si­de­rar a mi­se­ri­cór­dia como eixo da pre­ga­ção de Je­sus, como ex­pres­são e fruto do Rei­nado de Deus o papa con­clui: “Na Sa­grada Es­cri­tura a mi­se­ri­cór­dia é a pa­la­vra chave para in­di­car o agir de Deus para co­nosco” (n. 9).

  1. Igreja e Mi­se­ri­cór­dia

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O papa afirma que a pri­meira ver­dade da Igreja é o amor de Cristo, que se ex­pressa no per­dão e na mi­se­ri­cór­dia (cf. n. 12).

Em um mundo no qual há opo­si­ção ao Deus de mi­se­ri­cór­dia (cf. n.11), a mis­são da Igreja é pre­gar e pra­ti­car a mi­se­ri­cór­dia: “A ar­qui­trave que su­porta a vida da Igreja é a mi­se­ri­cór­dia… A cre­di­bi­li­dade da Igreja passa pela es­trada do amor mi­se­ri­cor­di­oso e com­pas­sivo” (n.10). A Igreja tes­te­mu­nha uma vida au­tên­tica quando pro­fessa e pro­clama a mi­se­ri­cór­dia do Sal­va­dor da qual ela é de­po­si­tá­ria e dis­pen­sa­dora (cf. n.11).

A re­la­ção en­tre a mi­se­ri­cór­dia e a mis­são da Igreja está con­den­sada no nú­mero 12 e 25 da Bula. “A Igreja tem a mis­são de anun­ciar a mi­se­ri­cór­dia de Deus, co­ra­ção pul­sante do Evan­ge­lho, que por meio dela deve che­gar ao co­ra­ção e à mente de cada pessoa…No nosso tempo em que a Igreja está com­pro­me­tida na Nova Evan­ge­li­za­ção, o tema da mi­se­ri­cór­dia exige ser pro­posto com novo en­tu­si­asmo e uma ação pas­to­ral re­no­vada. É de­ter­mi­nante para a cre­di­bi­li­dade do seu anún­cio que viva e tes­te­mu­nhe ela mesma, a mi­se­ri­cór­dia” (n. 12). Tes­te­mu­nhar, anun­ciar e pro­fes­sar a mi­se­ri­cór­dia de Deus é uma ur­gên­cia para a Igreja (cf. n. 25).

Aqui nunca é de­mais re­cor­dar que tes­te­mu­nho é a cor­res­pon­dên­cia en­tre Evan­ge­lho e vida. Na or­dem prá­tica do dia a dia, esta mi­se­ri­cór­dia de­verá ser vi­vida pela Igreja como so­li­da­ri­e­dade. So­li­da­ri­e­dade é o eixo do pro­jeto do Rei­nado de Deus. A op­ção pelo po­bre in­clúi o pro­fe­tismo neste tes­te­mu­nho de mi­se­ri­cór­dia. O pro­fe­tismo é o alerta à so­ci­e­dade para su­bor­di­nar a di­men­são econô­mica e po­lí­tica à dig­ni­dade da pes­soa hu­mana. O cerne da ação mis­si­o­ná­ria da Igreja é não con­de­nar mas amar com amor mi­se­ri­cor­di­oso.

  1. Uma es­pi­ri­tu­a­li­dade da mi­se­ri­cór­dia

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Do nú­mero 14 a 19 é pro­posta como que uma “es­pi­ri­tu­a­li­dade da mi­se­ri­cór­dia” com al­gu­mas in­di­ca­ções prá­ti­cas para se vi­ven­ciar o ju­bi­leu. Por es­pi­ri­tu­a­li­dade se en­tende aqui um modo de se­guir Je­sus na vi­vên­cia do Evan­ge­lho.

  1. a) Pe­re­gri­na­ção como ca­mi­nho e si­nal de con­ver­são

O papa in­dica a pe­re­gri­na­ção para se che­gar à Porta Santa, como si­nal pe­cu­liar do Ano Santo. A pe­re­gri­na­ção “será si­nal de que a pró­pria mi­se­ri­cór­dia é uma meta a al­can­çar e que exige em­pe­nho e sa­cri­fí­cio” (n. 14). Exis­tem eta­pas para esta pe­re­gri­na­ção: não jul­gueis, não con­de­neis, per­doai (cf.Lc 6,37 – 38). É uma pro­posta de con­ver­são pas­to­ral na li­nha da mi­se­ri­cór­dia, abrir o co­ra­ção àque­les que vi­vem nas pe­ri­fe­rias exis­ten­ci­ais, sair da in­di­fe­rença e cui­dar das fe­ri­das (cf. n. 15).

Reportando-se ao ca­pí­tulo 25 de Ma­teus o papa re­pro­põe a to­dos, as obras de mi­se­ri­cór­dia tanto cor­po­rais como es­pi­ri­tu­ais. A par­tir do epi­só­dio da pre­ga­ção de Je­sus na si­na­goga de Na­zaré (Lc 4) o papa pro­põe que se leve con­so­la­ção e li­ber­ta­ção aos ir­mãos (cf. n. 16). Nesta mesma li­nha de re­fle­xão o papa Fran­cisco es­creve na Evan­ge­lii Gau­dium: “A mi­se­ri­cór­dia para com os fa­min­tos, os po­bres e os que so­frem é a chave do céu” (EG n. 197).

  1. b) Vi­vên­cia do Per­dão

O per­dão apa­rece aqui como com­po­nente da mi­se­ri­cór­dia di­vina e vér­tice da ora­ção cristã. É a re­den­ção vista na ótica do per­dão. Os nú­me­ros 17,18 e 19 são como que um apelo à prá­tica do per­dão e do sa­cra­mento da mi­se­ri­cór­dia, com um apelo es­pe­cial a vivê-lo com mais in­ten­si­dade na qua­resma deste Ano Santo, em es­pe­cial atra­vés do sa­cra­mento da Re­con­ci­li­a­ção. Recomenda-se a to­das as di­o­ce­ses, a ini­ci­a­tiva das “24 ho­ras para o Se­nhor” a ser ce­le­brada na sexta-feira e no sá­bado an­te­ri­o­res ao IV Do­mingo da Qua­resma: “Com con­vic­ção, po­nha­mos no­va­mente no cen­tro o sa­cra­mento da Re­con­ci­li­a­ção, por­que per­mite to­car sen­si­vel­mente a gran­deza da mi­se­ri­cór­dia”(n. 17). O papa des­taca; “Não me can­sa­rei ja­mais de in­sis­tir com os con­fes­so­res para que se­jam um ver­da­deiro si­nal da mi­se­ri­cór­dia do Pai… Ne­nhum de nós é se­nhor do sa­cra­mento, mas ape­nas servo fiel do per­dão de Deus” (idem n. 17).

O papa co­mu­nica que na qua­resma do Ano Santo o papa en­vi­ará os “mis­si­o­ná­rios da mi­se­ri­cór­dia”, sa­cer­do­tes a quem ele dará au­to­ri­dade para per­doar mesmo os pe­ca­dos re­ser­va­dos à Santa Sé e pede aos bis­pos que os con­vi­dem e aco­lham (cf. n. 18). Ex­pressa o de­sejo de que a pa­la­vra do per­dão possa che­gar a to­dos e a cha­mada para ex­pe­ri­men­tar a mi­se­ri­cór­dia não deixe nin­guém in­di­fe­rente, em es­pe­cial os cor­rup­tos (cf. n.19). En­fim, o papa quer mos­trar que o co­ra­ção da ação mis­si­o­ná­ria da Igreja é o anún­cio da mi­se­ri­cór­dia como boa no­tí­cia.

  1. c) Jus­tiça e mi­se­ri­cór­dia

Em se­guida, a Bula passa a con­si­de­rar a re­la­ção en­tre jus­tiça e mi­se­ri­cór­dia: “Neste con­texto, não será inú­til re­cor­dar a re­la­ção en­tre jus­tiça e mi­se­ri­cór­dia. Não são dois as­pec­tos em con­traste en­tre si, mas duas di­men­sões duma única re­a­li­dade que se de­sen­volve gra­du­al­mente até atin­gir o seu clí­max a ple­ni­tude do amor” cf. (n.20). O papa re­flete a par­tir de vá­rias pas­sa­gens bí­bli­cas para con­cluir que a jus­tiça de Deus cul­mina no seu per­dão. No nú­mero 22 fala das in­dul­gên­cias, que no Ano Santo ad­quire uma re­le­vân­cia par­ti­cu­lar, mas não es­pe­ci­fica de forma de­ta­lhada sua prá­tica, como foi feito pelo Papa João Paulo II na Bula do Ano Santo do Ano 2000.

En­fim, é res­sal­tado que a mi­se­ri­cór­dia pos­sui uma va­lên­cia que ul­tra­passa as fron­tei­ras da Igreja relacionando-se com o ju­daísmo e o is­la­mismo os quais a con­si­de­ram um dos atri­bu­tos mar­can­tes de Deus (cf. n. 23).

Con­clu­são

A Bula volta-se fi­nal­mente para Ma­ria como mãe do rosto da Mi­se­ri­cór­dia que é seu fi­lho Je­sus. Ela é aos pés da cruz tes­te­mu­nha pri­vi­le­gi­ada da mi­se­ri­cór­dia: “A mãe do Cru­ci­fi­cado Res­sus­ci­tado en­trou no san­tuá­rio da mi­se­ri­cór­dia di­vina, por­que par­ti­ci­pou in­ti­ma­mente no mis­té­rio do seu amor” (n.24).

Po­de­mos con­cluir que esta Bula quer nos le­var por um ca­mi­nho que se ini­cia e con­clui com a mi­se­ri­cór­dia. Po­de­ría­mos di­zer que o Evan­ge­lho é o co­ra­ção da Sa­grada Es­cri­tura. As bem-aventuranças como o co­ra­ção do Evan­ge­lho. O man­da­mento do amor como o co­ra­ção das bem-aventuranças e a mi­se­ri­cór­dia como o co­ra­ção do man­da­mento do amor. “O se­gredo mais ín­timo de Deus é sua mi­se­ri­cór­dia” (S. Vi­cente de Paulo).

Em uma eco­no­mia sem co­ra­ção, em meio à cul­tura da morte e da glo­ba­li­za­ção da in­di­fe­rença a hu­ma­ni­dade clama por mi­se­ri­cór­dia e a Igreja deve sa­ber oferecê-la. In­ter­pre­tando o teó­logo Paul En­do­ki­mov que es­cre­veu que a be­leza sal­vará o mundo, po­de­mos di­zer que a mi­se­ri­cór­dia é a be­leza do rosto do Pai ma­ni­fes­tado em Je­sus Cristo: mi­se­ri­cor­diae vul­tus.

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Dom Pe­dro Car­los Ci­pol­lini

 

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O dízimo e a semente

A SEMENTE: No mundo, somos um semeador. Não fujas da responsabilidade de semear. Não digas que trabalhar não é fácil, que o solo é duro, áspero, que chove pouco, que o sol queima, ou ainda que a semente não serve. Não é nossa função julgar o trabalho, a terra, o tempo, nossa missão é semear.

A SEMENTE ABUNDANTE: Um pensamento, um olhar, um sorriso, uma força de amor vinda do coração, um abraço, um copo d’água, um aperto de mão, um conselho, doação aos irmãos, o trabalho da comunidade, a caridade, a partilha; são sementes que germinam e se multiplicam rapidamente.

CUIDADO AO SEMEAR: Não semeeis descuidosamente, apenas para cumprir uma missão. Semeie com fé, amor, fidelidade, interesse, com atenção, com quem encontra nisso o motivo central do compromisso e felicidade!

A RECOMPENSA
: E quando semeares, não pense: Quanto me dará? Quanto tempo demorará a colheita? Penses que não semeias para enriquecer, aguardando a multiplicação; semeias porque não pode ficar inativo, porque não podes viver sem se doar, porque não podes servir ao Reino de Deus, sem amar e partilhar com os irmãos!

A REFLEXÃO: És dono de ti mesmo, da vida e do universo! Tua semente, pois, não cairá no vazio. Sem esperar qualquer recompensa, receberás recompensa; sem sonhar em riquezas, enriquecerás; sem almejar colheitas, teus bens se multiplicarão. E tudo porque semeias num Reino onde perder a vida é encontra-lá, doando e servindo aumentará ricamente a fé, fidelidade e o amor.

TU ÉS UM SEMEADOR
: Semeies sempre, em todo terreno, a todo instante, a boa semente com amor; com interesse, como se estivesse semeando seu próprio coração, seu próprio ser: “Um por todos, todos por um”. Lance sua semente e mesmo que seja pequena ou pouco, ela faz diferença e é muito importante nas obras do Reino.

O DÍZIMO: Quando lançamos sua semente encontramos resistências e obstáculos na busca do partilhar nosso coração e os bens. Entretanto, à medida que se semeia, também se descobre seu sentido verdadeiro: O dizimo é uma promessa, um desafio, fonte de bênçãos e prosperidade (Mal 3,10-12). Associado a isso enraíza no coração do cristão a semente do desapego às coisas materiais e do apego as riquezas celestiais.

 

 

 

O LOUVOR: Nós te adoramos, nós te glorificamos, nosso Deus, nosso Criador e nosso Pai. Nós te louvamos porque reparte conosco teus bens e nos pede para semear os nossos. Nós te bendizemos pela tua Palavra, que hoje nos orienta a sermos fiéis à partilha pelo DIZIMO.

Nós te adoramos porque és nosso Deus e nos convida a construir contigo o Reino na Terra, neste semear. Que tu jamais deixes secar essa SEMENTE do nosso coração. Obrigado Senhor!

A SEMENTE PESSOAL PELA ORAÇÃO: Senhor, diante da sua presença quero oferecer sempre o meu dízimo. Agradeço-lhe pelas graças, pelo dom da vida, por aquilo que sou, que tenho e me destes. Agradeço também porque me ensinastes a ser um cristão que aprendeu amar a Igreja e os irmãos. Por isso, receba sempre Senhor minhas oferendas e que ela expresse o sinal de gratidão e obediência a Sua Palavra.

Que todo dizimo que oferecer a ti Senhor, brote da fé e venha de coração, cheio de amor, alegria, paz e justiça. Que seja um verdadeiro agradecimento e reconhecimento da sua bondade para mim. Um ato de amor, vontade, sentir, querer, servir e partilhar.

Por isso, ajudai-me a oferecê-lo com fidelidade e alegria. Que ele seja um louvor - uma oração agradável a ti Senhor e diante da dimensão e mistério da partilha, posso buscar a perseverança, realizando as obras do seu Reino. Abençoai e protegei a mim, os fiéis, os dizimistas, os leigos, os setores, as pequenas comunidades, nosso Pároco, os missionários e irmãs consagradas, as comunidades em geral, nossa Paróquia, nossa Diocese, as Dioceses, o Clero, os Bispos, o Papa, enfim a nossa Igreja.

Que eu seja sempre sinal e instrumento da fé, amor, unidade, comunhão, espiritualidade e partilha. Que seja eu digno das suas infinitas bênçãos. “Bênçãos, e bênçãos, além do necessário”, hoje e sempre. Amém!

A GRANDE SEMENTE: Este é o meu mandamento: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do aquele que dá a sua vida pelos seus irmãos” (Jo 15,12-23).

Devolver o dizimo com obediência se resume também nisso: “SERVIr, amOR e partilha” do ser, do tempo e dos bens. Assim disse Jesus - Convém lembrar: Aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará (Lc 6,38; II Cor 9,6). "

O dizimo é amor: um dom, uma vocação, uma missão a serviço de Deus, da Igreja e dos irmãos".

 

 

 

 

 

Textos para evangelização básica do dizimo

1 - O FUNDAMENTO DA PARTILHA E DO DÍZIMO

A essência da partilha - Gênese 1,1-31 - Criação do mundo de forma partilhado

A lei do dízimo - Deut. 14,22-29; Lev. 27,28-33; Números 15,15-21

Dízimo, princípio de fidelidade entre a criatura e o criador ICrônicas 29,1-9

O dizimo esta na lei de Deus acerca de 1300 anos de Cristo

Jesus não desprezou sua prática Mateus 23,23; Lucas 11,42

O dizimo é o quinto mandamento da nossa Igreja.



2 - O QUE É DÍZIMO, OFERTA E ESMOLA?

Dízimo : Levitico 27,28-32

Oferta : Deuteronômio 16,10; Eclesiástico 35,1-20; Lucas 6,38

Esmola: Prov. 19,17; Prov. 22,9-16; Prov. 28,27

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3 - COMO OFERTAR NOSSAS OFERENDAS?

Os dízimos e as ofertas, devem ser levados ao Templo e entregues ao sacerdote (Heb 7,5)

Dízimo (de forma mensal) e Ofertas (espontâneas).

Esmolas - Doação aos necessitados Eclesiástico 29,11-16



4 - A OFERTA DAS NOSSAS PRIMICIAS

Gênese 4,3-8 - Ofertas de Caim e Abel. Abel, ofertou o melhor de si.

Êxodo 35,29 - Oferta espontânea ao Senhor

Lucas 21,1-4 - A oferta da viúva - de coração

IICorintios 8,12 - A oferta de vir do coração



5 - COMUNIDADE CRISTÃ: LOCAL DA PARTILHA, OFERTA E PARTICIPAÇÃO

Deut 12,6.11-14 - A lei do Santuário Único

Atos 2,42-47; Atos 4,32-35 - A vida das primeiras comunidades



6 - O DÍZIMO É PARA MANUTENÇÃO DA IGREJA, DO TEMPLO E DO SACERDOTE

Templo - Neemias 10,33-40

Sacerdote - Números 18,20-32; ICor 9,13-14; Lucas 10,7-9

Dimensões: Religiosa, Social e Missionária - Hebreus 7,1-10



7 - O DÍZIMO É PARA AJUDA AOS NECESSITADOS

Tiago 2,14-26 - Tiago 5,1-6; Deut. 14,28-29; Deut 26,12-15; Mt 25,31-46



8 - A OFERTA DEVE VIR COM ALEGRIA

IICor 9,6-12; Lc 21,1-4



9 - ACEITAR O DESAFIO: UMA ATITUDE DE FÉ QUE NOS FAZ CRESCER

A conversão de Zaqueu - Lucas 19,1-10

Negar o dizimo não enriquece ninguém Atos 5,1-11

O desafio, as promessas e as bênçãos de Deus - Malaquias 3,6-12



10 – SOMOS ANUNCIADORES DO REINO DE DEUS

Marcos 16,15; Mateus 28,16-20 – Ide e Anunciai...

Atos 6,1-7 - II Corintios 8,9-13

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Mi­se­ri­cor­diae Vul­tus

Um breve co­men­tá­rio à Bula do Ano Santo — Ju­bi­leu Ex­tra­or­di­ná­rio da Mi­se­ri­cór­dia

Pa­les­tra dada à Ca­te­quese Ba­tis­mal — Ba­sí­lica Nossa Se­nhora da Boa Vi­a­gem — 13/9

In­tro­du­ção

O ju­bi­leu tem um sig­ni­fi­cado todo es­pe­cial no sen­tido de in­di­car a es­pe­rança de re­a­li­za­ção do tempo mes­si­â­nico. No an­tigo Tes­ta­mento ele é o “tempo da graça”. O ju­bi­leu pro­cla­mado pela bula do papa Fran­cisco, pu­bli­cada em 11.04.2015, vai iniciar-se em 08 de de­zem­bro de 2015 e terá seu tér­mino em 20 de no­vem­bro de 2016. A aber­tura será em uma data sig­ni­fi­ca­tiva: os cin­quenta anos de con­clu­são do Con­cí­lio Va­ti­cano II (n.4). Será ce­le­brado não só em Roma, mas tam­bém em to­das as di­o­ce­ses: “Es­ta­be­leço que no mesmo do­mingo, em cada Igreja Par­ti­cu­lar – na Ca­te­dral, que é a Igreja-Mãe para to­dos os fiéis – seja aberta igual­mente, du­rante todo o ano Santo, uma Porta da Misericórdia…poderá tam­bém ser aberta nos San­tuá­rios…” (n. 3).

O tema da Mi­se­ri­cór­dia tem raí­zes pro­fun­das na Igreja e o papa Fran­cisco (um ho­mem mar­cado pela mi­se­ri­cór­dia, que ele es­co­lheu como lema epis­co­pal), soube captá-las e in­se­rir nes­tas raí­zes a pro­posta do Ano Santo. Há um fio trans­ver­sal que per­passa todo o con­teúdo da bula: pri­mei­ra­mente a pró­pria his­tó­ria da sal­va­ção, toda ela pode ser lida na pers­pec­tiva da mi­se­ri­cór­dia. A cri­a­ção é fruto da mi­se­ri­cór­dia: Deus que por pura bon­dade, co­mu­nica a vida e a co­loca onde não há. A con­des­cen­dên­cia di­vina se faz sen­tir com a hu­ma­ni­dade pe­ca­dora, à qual Deus faz a pro­messa de re­den­ção e não de con­de­na­ção. A pró­pria En­car­na­ção (ké­no­sis) e re­den­ção ope­rada por Je­sus, o Fi­lho de Deus com a cruz e res­sur­rei­ção. En­fim, toda a Pa­la­vra de Deus tem um pano de fundo que é a mi­se­ri­cór­dia.

De­ve­mos con­si­de­rar tam­bém a in­tui­ção do papa são João XXIII, o qual ao abrir o con­cí­lio Va­ti­cano II, pro­põe uma Igreja que pre­fere usar a me­di­cina da mi­se­ri­cór­dia. O papa Fran­cisco men­ci­ona tam­bém o ma­gis­té­rio do papa S. João Paulo II, o qual, com a en­cí­clica “Di­ves in mi­se­ri­cór­dia” en­sina que a mis­são da Igreja é pro­cla­mar a mi­se­ri­cór­dia di­vina que abrange a hu­ma­ni­dade in­teira. Por si­nal ele ca­no­ni­zou Santa Faus­tina, santa da mi­se­ri­cór­dia, como a pri­meira santa do novo mi­lê­nio no iní­cio do ju­bi­leu do ano 2000.

A Bula tem 25 itens. Em se­guida des­taco os tó­pi­cos prin­ci­pais dis­pos­tos em três par­tes: os fun­da­men­tos te­o­ló­gi­cos da Bula, a se­guir sua apli­ca­ção à Igreja e por úl­timo al­gu­mas in­di­ca­ções prá­ti­cas so­bre como vi­ver um iti­ne­rá­rio es­pi­ri­tual de con­ver­são..

  1. Fun­da­mento tri­ni­tá­rio

Logo no iní­cio o papa co­loca o fun­da­mento tri­ni­tá­rio de tudo o que pre­tende di­zer na Bula e creio que vale a pena trans­cre­ver, por­que a meu ver, de certa forma, re­sume logo no iní­cio o seu con­teúdo: “Mi­se­ri­cór­dia é a pa­la­vra que re­vela o mis­té­rio da San­tís­sima Trin­dade. Mi­se­ri­cór­dia é o ato úl­timo e su­premo pelo qual Deus vem ao nosso en­con­tro. Mi­se­ri­cór­dia é a lei fun­da­men­tal que mora no co­ra­ção de cada pes­soa, quando vê com olhos sin­ce­ros o ir­mão que en­con­tra no ca­mi­nho da vida. Mi­se­ri­cór­dia é o ca­mi­nho que une Deus e o ho­mem, por­que nos abre o co­ra­ção à es­pe­rança de ser­mos ama­dos para sem­pre, ape­sar da li­mi­ta­ção do nosso pe­cado” (n.2).

A Bula com a qual o papa con­voca o ano santo da mi­se­ri­cór­dia é pro­fun­da­mente cris­to­cên­trica, a par­tir do seu tí­tulo:Mi­se­ri­cor­diae Vul­tus (O vulto da mi­se­ri­cór­dia). Je­sus é a ima­gem do Deus vivo (cf. Jo 14,9), ele é o rosto da mi­se­ri­cór­dia, a mi­se­ri­cór­dia en­car­nada: “Je­sus Cristo é o rosto da mi­se­ri­cór­dia do Pai” (n. 1). A mi­se­ri­cór­dia não é algo abs­trato, é um rosto para co­nhe­cer, con­tem­plar e ser­vir. O papa co­loca como que um lema para o ju­bi­leu, um ver­sí­culo do Evan­ge­lho de Lu­cas : “Mi­se­ri­cor­di­o­sos como o Pai (Lc 6,36) é, pois, o lema do Ano Santo” (n.14). O papa in­voca tam­bém o au­xí­lio do Es­pí­rito Santo: “O Es­pí­rito Santo que con­duz os pas­sos dos cren­tes de forma a co­o­pe­ra­rem para a obra da sal­va­ção re­a­li­zada por Cristo, seja guia e apoio do povo de Deus a fim de o aju­dar a con­tem­plar o rosto da mi­se­ri­cór­dia”(n. 4).

A oni­po­tên­cia de Deus se ma­ni­festa no uso da mi­se­ri­cór­dia que não é fra­queza mas força di­vina. Pa­ci­ên­cia e Mi­se­ri­cór­dia é o binô­mio que apa­rece fre­quen­te­mente no An­tigo Tes­ta­mento para des­cre­ver a na­tu­reza de Deus (cf. n.6). Eterna é a sua mi­se­ri­cór­dia canta o salmo 136. Je­sus reza este salmo da mi­se­ri­cór­dia, nos re­corda o papa (cf. n. 7). “Com o olhar fixo em Je­sus e no seu rosto mi­se­ri­cor­di­oso, po­de­mos in­di­vi­duar o amor da San­tís­sima Trin­dade. A mis­são que Je­sus re­ce­beu do Pai, foi a de re­ve­lar o mis­té­rio do amor di­vino na sua ple­ni­tude” (n. 8). Após con­si­de­rar a mi­se­ri­cór­dia como eixo da pre­ga­ção de Je­sus, como ex­pres­são e fruto do Rei­nado de Deus o papa con­clui: “Na Sa­grada Es­cri­tura a mi­se­ri­cór­dia é a pa­la­vra chave para in­di­car o agir de Deus para co­nosco” (n. 9).

  1. Igreja e Mi­se­ri­cór­dia

O papa afirma que a pri­meira ver­dade da Igreja é o amor de Cristo, que se ex­pressa no per­dão e na mi­se­ri­cór­dia (cf. n. 12).

Em um mundo no qual há opo­si­ção ao Deus de mi­se­ri­cór­dia (cf. n.11), a mis­são da Igreja é pre­gar e pra­ti­car a mi­se­ri­cór­dia: “A ar­qui­trave que su­porta a vida da Igreja é a mi­se­ri­cór­dia… A cre­di­bi­li­dade da Igreja passa pela es­trada do amor mi­se­ri­cor­di­oso e com­pas­sivo” (n.10). A Igreja tes­te­mu­nha uma vida au­tên­tica quando pro­fessa e pro­clama a mi­se­ri­cór­dia do Sal­va­dor da qual ela é de­po­si­tá­ria e dis­pen­sa­dora (cf. n.11).

A re­la­ção en­tre a mi­se­ri­cór­dia e a mis­são da Igreja está con­den­sada no nú­mero 12 e 25 da Bula. “A Igreja tem a mis­são de anun­ciar a mi­se­ri­cór­dia de Deus, co­ra­ção pul­sante do Evan­ge­lho, que por meio dela deve che­gar ao co­ra­ção e à mente de cada pessoa…No nosso tempo em que a Igreja está com­pro­me­tida na Nova Evan­ge­li­za­ção, o tema da mi­se­ri­cór­dia exige ser pro­posto com novo en­tu­si­asmo e uma ação pas­to­ral re­no­vada. É de­ter­mi­nante para a cre­di­bi­li­dade do seu anún­cio que viva e tes­te­mu­nhe ela mesma, a mi­se­ri­cór­dia” (n. 12). Tes­te­mu­nhar, anun­ciar e pro­fes­sar a mi­se­ri­cór­dia de Deus é uma ur­gên­cia para a Igreja (cf. n. 25).

Aqui nunca é de­mais re­cor­dar que tes­te­mu­nho é a cor­res­pon­dên­cia en­tre Evan­ge­lho e vida. Na or­dem prá­tica do dia a dia, esta mi­se­ri­cór­dia de­verá ser vi­vida pela Igreja como so­li­da­ri­e­dade. So­li­da­ri­e­dade é o eixo do pro­jeto do Rei­nado de Deus. A op­ção pelo po­bre in­clúi o pro­fe­tismo neste tes­te­mu­nho de mi­se­ri­cór­dia. O pro­fe­tismo é o alerta à so­ci­e­dade para su­bor­di­nar a di­men­são econô­mica e po­lí­tica à dig­ni­dade da pes­soa hu­mana. O cerne da ação mis­si­o­ná­ria da Igreja é não con­de­nar mas amar com amor mi­se­ri­cor­di­oso.

  1. Uma es­pi­ri­tu­a­li­dade da mi­se­ri­cór­dia

Do nú­mero 14 a 19 é pro­posta como que uma “es­pi­ri­tu­a­li­dade da mi­se­ri­cór­dia” com al­gu­mas in­di­ca­ções prá­ti­cas para se vi­ven­ciar o ju­bi­leu. Por es­pi­ri­tu­a­li­dade se en­tende aqui um modo de se­guir Je­sus na vi­vên­cia do Evan­ge­lho.

  1. a) Pe­re­gri­na­ção como ca­mi­nho e si­nal de con­ver­são

O papa in­dica a pe­re­gri­na­ção para se che­gar à Porta Santa, como si­nal pe­cu­liar do Ano Santo. A pe­re­gri­na­ção “será si­nal de que a pró­pria mi­se­ri­cór­dia é uma meta a al­can­çar e que exige em­pe­nho e sa­cri­fí­cio” (n. 14). Exis­tem eta­pas para esta pe­re­gri­na­ção: não jul­gueis, não con­de­neis, per­doai (cf.Lc 6,37 – 38). É uma pro­posta de con­ver­são pas­to­ral na li­nha da mi­se­ri­cór­dia, abrir o co­ra­ção àque­les que vi­vem nas pe­ri­fe­rias exis­ten­ci­ais, sair da in­di­fe­rença e cui­dar das fe­ri­das (cf. n. 15).

Reportando-se ao ca­pí­tulo 25 de Ma­teus o papa re­pro­põe a to­dos, as obras de mi­se­ri­cór­dia tanto cor­po­rais como es­pi­ri­tu­ais. A par­tir do epi­só­dio da pre­ga­ção de Je­sus na si­na­goga de Na­zaré (Lc 4) o papa pro­põe que se leve con­so­la­ção e li­ber­ta­ção aos ir­mãos (cf. n. 16). Nesta mesma li­nha de re­fle­xão o papa Fran­cisco es­creve na Evan­ge­lii Gau­dium: “A mi­se­ri­cór­dia para com os fa­min­tos, os po­bres e os que so­frem é a chave do céu” (EG n. 197).

  1. b) Vi­vên­cia do Per­dão

O per­dão apa­rece aqui como com­po­nente da mi­se­ri­cór­dia di­vina e vér­tice da ora­ção cristã. É a re­den­ção vista na ótica do per­dão. Os nú­me­ros 17,18 e 19 são como que um apelo à prá­tica do per­dão e do sa­cra­mento da mi­se­ri­cór­dia, com um apelo es­pe­cial a vivê-lo com mais in­ten­si­dade na qua­resma deste Ano Santo, em es­pe­cial atra­vés do sa­cra­mento da Re­con­ci­li­a­ção. Recomenda-se a to­das as di­o­ce­ses, a ini­ci­a­tiva das “24 ho­ras para o Se­nhor” a ser ce­le­brada na sexta-feira e no sá­bado an­te­ri­o­res ao IV Do­mingo da Qua­resma: “Com con­vic­ção, po­nha­mos no­va­mente no cen­tro o sa­cra­mento da Re­con­ci­li­a­ção, por­que per­mite to­car sen­si­vel­mente a gran­deza da mi­se­ri­cór­dia”(n. 17). O papa des­taca; “Não me can­sa­rei ja­mais de in­sis­tir com os con­fes­so­res para que se­jam um ver­da­deiro si­nal da mi­se­ri­cór­dia do Pai… Ne­nhum de nós é se­nhor do sa­cra­mento, mas ape­nas servo fiel do per­dão de Deus” (idem n. 17).

O papa co­mu­nica que na qua­resma do Ano Santo o papa en­vi­ará os “mis­si­o­ná­rios da mi­se­ri­cór­dia”, sa­cer­do­tes a quem ele dará au­to­ri­dade para per­doar mesmo os pe­ca­dos re­ser­va­dos à Santa Sé e pede aos bis­pos que os con­vi­dem e aco­lham (cf. n. 18). Ex­pressa o de­sejo de que a pa­la­vra do per­dão possa che­gar a to­dos e a cha­mada para ex­pe­ri­men­tar a mi­se­ri­cór­dia não deixe nin­guém in­di­fe­rente, em es­pe­cial os cor­rup­tos (cf. n.19). En­fim, o papa quer mos­trar que o co­ra­ção da ação mis­si­o­ná­ria da Igreja é o anún­cio da mi­se­ri­cór­dia como boa no­tí­cia.

  1. c) Jus­tiça e mi­se­ri­cór­dia

Em se­guida, a Bula passa a con­si­de­rar a re­la­ção en­tre jus­tiça e mi­se­ri­cór­dia: “Neste con­texto, não será inú­til re­cor­dar a re­la­ção en­tre jus­tiça e mi­se­ri­cór­dia. Não são dois as­pec­tos em con­traste en­tre si, mas duas di­men­sões duma única re­a­li­dade que se de­sen­volve gra­du­al­mente até atin­gir o seu clí­max a ple­ni­tude do amor” cf. (n.20). O papa re­flete a par­tir de vá­rias pas­sa­gens bí­bli­cas para con­cluir que a jus­tiça de Deus cul­mina no seu per­dão. No nú­mero 22 fala das in­dul­gên­cias, que no Ano Santo ad­quire uma re­le­vân­cia par­ti­cu­lar, mas não es­pe­ci­fica de forma de­ta­lhada sua prá­tica, como foi feito pelo Papa João Paulo II na Bula do Ano Santo do Ano 2000.

En­fim, é res­sal­tado que a mi­se­ri­cór­dia pos­sui uma va­lên­cia que ul­tra­passa as fron­tei­ras da Igreja relacionando-se com o ju­daísmo e o is­la­mismo os quais a con­si­de­ram um dos atri­bu­tos mar­can­tes de Deus (cf. n. 23).

Con­clu­são

A Bula volta-se fi­nal­mente para Ma­ria como mãe do rosto da Mi­se­ri­cór­dia que é seu fi­lho Je­sus. Ela é aos pés da cruz tes­te­mu­nha pri­vi­le­gi­ada da mi­se­ri­cór­dia: “A mãe do Cru­ci­fi­cado Res­sus­ci­tado en­trou no san­tuá­rio da mi­se­ri­cór­dia di­vina, por­que par­ti­ci­pou in­ti­ma­mente no mis­té­rio do seu amor” (n.24).

Po­de­mos con­cluir que esta Bula quer nos le­var por um ca­mi­nho que se ini­cia e con­clui com a mi­se­ri­cór­dia. Po­de­ría­mos di­zer que o Evan­ge­lho é o co­ra­ção da Sa­grada Es­cri­tura. As bem-aventuranças como o co­ra­ção do Evan­ge­lho. O man­da­mento do amor como o co­ra­ção das bem-aventuranças e a mi­se­ri­cór­dia como o co­ra­ção do man­da­mento do amor. “O se­gredo mais ín­timo de Deus é sua mi­se­ri­cór­dia” (S. Vi­cente de Paulo).

Em uma eco­no­mia sem co­ra­ção, em meio à cul­tura da morte e da glo­ba­li­za­ção da in­di­fe­rença a hu­ma­ni­dade clama por mi­se­ri­cór­dia e a Igreja deve sa­ber oferecê-la. In­ter­pre­tando o teó­logo Paul En­do­ki­mov que es­cre­veu que a be­leza sal­vará o mundo, po­de­mos di­zer que a mi­se­ri­cór­dia é a be­leza do rosto do Pai ma­ni­fes­tado em Je­sus Cristo: mi­se­ri­cor­diae vul­tus.

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Dom Pe­dro Car­los Ci­pol­lini

 

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“Eu sou a porta. Quem entra por Mim será salvo. Entrará e sairá e encontrará pastagem” (Jo 10, 9).

Com a intenção de lembrar isto aos fiéis, Martinho V abriu pela primeira vez a Porta Santa da Basílica do Latrão como marco inicial do Jubileu de 1423. Somente em 1499 o costume foi estendido à Porta Santa da Basílica de São Pedro, por desejo de Alexandre VI.

Na verdade, os Anos Santos já existiam bem antes de começar o costume de abrir as Portas Santas e em sua passagem, lucrarem-se indulgências. Em 1300, Bonifácio VIII convocou um jubileu pela primeira vez e muitos peregrinos foram à Roma também atraídos pela veneração da famosa relíquia do véu de Verônica. Foi instituída a regra de celebrar-se um jubileu apenas a cada 100 anos. Contudo, em 1350, Clemente VI, exilado em Avinhão, proclamou um até então extraordinário (não tinham se passado 100 anos do primeiro e único) a pedido dos romanos, para amenizar o incômodo pela ausência do Papa na Cidade e ser paralelo ao ano jubilar hebraico celebrado a cada 50 anos. Mesmo com o jubileu proclamado e aberto, o Papa não esteve presente na Cidade Eterna e a peregrinação foi estendida também à Basílica Lateranense, já que até então os peregrinos só visitavam o túmulo de São Pedro.

O Cisma do Ocidente, em 1378, quando havia 3 papas contemporaneamente, a sequência foi perturbada. Somente em 1390, Bonifácio IX proclamou um fora do tempo esperado, em atenção ao atraso, e incluiu a Basílica de Santa Maria Maior entre os destinos da peregrinação. Em 1400, o mesmo Papa declarou um novo jubileu, para respeitar o período de meio século entre cada Ano Santo, e ajuntou à peregrinação as Basílicas de São Lourenço Fora-dos-muros, Santa Maria em Trastevere e Santa Maria Rotonda. Como havia um antipapa em Avinhão, os Reinos espanhol, francês e alguns italianos cederam à heresia, apoiaram o papa ilegítimo e não tomaram parte na peregrinação. Acabado o exílio em Avinhão, Martinho V reduziu a periodicidade para 33 anos, em memória do tempo de vida de Cristo, e proclamou um Ano Santo em 1423.

Em 1475, o Jubileu foi nomeado pelo primeira vez como “Ano Santo”, a periodicidade foi reduzida para 25 anos (já tinha havido pessoas que nunca participaram de algum Jubileu devido ao então reduzido tempo de vida) e a invenção da imprensa ajudou a divulgar as primeiras orações requeridas para o lucro das indulgências. Como já dissemos, em 1500 Alexandre VI quis abrir também a Porta Santa da Basílica Vaticana e determinou que esta deveria ser aberta primeiramente e marcar o início dos Jubileus, seguida pela abertura das Portas Santas das outras três Basílicas Maiores.

Duas verdades se aplicam na bela tradição de abrir a Porta Santa e ao passar por ela, lucrar-se indulgências:

  1. Que ela representa a Cristo, ao passo que ninguém tem acesso ao Pai senão por Ele, designação feita por Ele mesmo;
  2. Ao fato dos peregrinos passarem pela Porta e lucrarem indulgências concedidas para a ocasião, aplicam-se as palavras do Salmista:«Esta é a porta do Senhor; por ela entram apenas os justos» (Sal 118/117, 20). Sim, o lucro das indulgências perdoa as penas temporais às quais estão ligados os pecadores, ao passo que estes buscaram a confissão e a absolvição sacramentos e apagaram os seus pecados – são justos, isto é, têm o céu por prêmio.

A Porta Santa do Vaticano era um simples porta de serviço, ao lado esquerdo da fachada da Basílica. Para ampliá-la e transformá-la em Porta Santa, foi necessário demolir uma capela decorada com mosaicos e que fora dedicada à Mãe de Deus por João VII.

O rito de abertura, apesar de ter sido inalterado até o Jubileu de 1950 e simplificado no do ano 2000, consistia no que apresentamos a seguir. Foi elaborado para o Jubilei de 1500 pelo famoso Giovanni Burcardo, holandês e Mestre de Cerimônias Papal, e que depois foi nomeado bispo. Em 1525, foram feitas algumas alterações por Biagio da Cesena, também Mestre de Cerimônias Papal na época.

– O Papa se dirige à Capela Sistina e lá realiza adoração ao Santíssimo Sacramento e são presentes também os 3 Cardeais Legados para abrir as outras 3 Portas Santas.

– Sai a procissão para a Porta Santa enquanto o coro canta o “Deu Iubilate” ou o “Veni Creator Spiritus”.

– O Pontífice recebe o martelo, diz o versículo “Apperite mihi Portas Iustitiae” e dá três batidas na parede da Porta Santa, algo que algumas vezes não foi só simbólico, mas realmente ajudava a derrubar a parede.

– O Papa retorna à sédia gestatória e os pedreiros continuam o trabalho de derrubar a parede enquanto o coro canta o salmo 100 “Deo omnis terra iubilate”.

– Os Penitenciários da Basílica lavam com água benta o limiar e o contorno da Porta. Isto foi introduzido posteriormente.

– O Papa se ajoelha no limiar e é o primeiro a entrar pela Porta ao passo que o coro canta o Te Deum.

– Segue-se a procissão para o altar para a celebração das Vésperas do Natal.

Algumas explicações: a prática de murar a parte interna de uma porta especial começou quando Constantino pediu que Silvestre I publicasse uma bula o perdão dos crimes àqueles que buscassem asilo na Basílica de São Pedro em época previamente estabelecida. Contudo, o privilégio foi grosseiramente abusado e os Papas passaram a ordenar que a tal porta fosse murada em seu lado interno em todas as estações, exceto quando fosse época de graça especial. Pode ser lenda, mas um peregrino florentino conta como viu no Jubileu de 1450 a devoção do povo ao querer levar como relíquias os fragmentos da parede derrubada da Porta Santa. De fato, nos preparativos para a abertura do Ano Santo, o muro era desprendido do resto do prédio, à tríplice batida do Pontífice com o martelo, deixavam-no cair, e vinham os Padres Penitenciários e varriam e lavavam a passagem. Posteriormente, o martelo se tornou objeto de arte e valioso; em 1525 foi feito um com ouro e punho de ébano. Também a espátula, com a qual o Papa dava início ao muramento da Porta, a partir de 1525 passou a ser ricamente decorada. O rito de Burcardo prevê que dois cardeais depositem dois pequenos tijolos de ouro e de prata.

Inicialmente, a Porta Santa de cada uma das Basílicas Maiores era de madeira. Porém, depois foram substituídas por portas de metal: Bento XIV inaugurou a primeira assim na Basílica de São Pedro em 1748. Em 24 dezembro 1949, Pio XII proclamou o Ano Santo e abençoou uma nova Porta, agora de bronze. Encerrados os Anos Jubilares, na parte interna da Porta é construído um muro que, embora dificilmente volte a ocorrer os abusos do tempo do Papa Silvestre I, é uma maneira de indicar que ora não é celebrado qualquer Ano Santo e impedir que a Porta seja violada em tempos não jubilares.

Este rito permaneceu inalterado até o jubileu de 1950, pois, no Natal de 1975, Paulo VI já não quis mais usar a espátula e os dois tijolos “cardinalícios” para começar a reconstrução da parede que lacraria a Porta Santa: simplesmente, o Pontífice fechou as portas de bronze e o Ano Santo foi declarado encerrado. Na verdade, a tradição de o Papa derrubar o muro foi manchada pelo incidente de generosos fragmentos terem atingido Paulo VI na abertura do Ano Santo no Natal de 1974.

João Paulo II continuou as modificações no Grande Jubileu do Ano 2000: não derrubou ele mesmo o muro – este já tinha sido removido -, mas abriu a Porta Santa. Mas, muito mais se explica quando nos lembramos que Dom Piero Marini era o Mestre das Celebrações Pontifícias de então. Ele abriu precedentes no ritual de Burcardo. Antes de tudo, o que foi feito para antecipar e, assim, simplificar a solene abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro e das outras Basílicas: o Arcipreste e alguns cônegos de cada Basílica, acompanhados de um cerimoniários papal, rezaram diante da Porta Santa, assistiram à sucessiva demolição da parede, se detiveram em oração diante do Altar Papal e depois foi apresentado ao Papa o conteúdo de cada caixa com as moedas comemorativas do último jubileu. Isto foi o “recognitio” (do latim, reconhecimento) de cada Porta e a comprovação de que ela não tinha sido violada e que o Ano Santo poderia ser aberto.

O papa polonês fez questão de pessoalmente abrir a Porta de cada Basílica. A primeira, por razões de precedência, foi a da Basílica de São Pedro na Noite de Natal de 1999. O Santo Padre foi paramentado com um estranho pluvial do qual a cor não era facilmente reconhecível e a qual não se compreendia para a ocasião. O rito começou no átrio da Basílica e estavam presentes também os Bispos e Cardeais concelebrantes, o decano do Tribunal da Rota Romana, membros do Capítulo de Cônegos e Frades Penitenciários, Chefes de Estado, membros do Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé e do Coro da Capela Musical Pontifícia. Depois de iniciado o rito e proclamado o Evangelho do episódio que Cristo na sinagoga lê o livro do profeta Isaías, o Pontífice caminhou até a Porta e disse “Esta é a porta do Senhor”, ao que responderam todos “Nela os justos entrarão” (Salmo 117, 20).

  1. Entrarei na Vossa casa, ó Senhor.
    R. Adorar-Vos-ei em Vossa templo santo (Salmo 5, 8).
  2. Abri-me as portas da justiça.
    R. Entrarei e agradecerei ao Senhor.

João Paulo II empurrou a Porta, dois “sampietrini” terminaram de abri-la e ele se ajoelhou no limiar, enquanto a Basílica era iluminada. O coro então cantou “Cristo ontem, hoje e sempre, princípio e fim. Cristo alfa e ômega. A Ele, a glória nos séculos!”. Nisso, fiéis da Ásia e da Oceania decoraram o contorno da Porta com flores e no piso derramaram fragrâncias, ao som de música oriental (!). Novamente, o Papa se dirigiu à Porta e nela recebeu o Livro dos Evangelhos, apresentou-o a todos e depois o entregou ao diácono, ao que saudaram o som de chifres, como no jubileu bíblico. A procissão ingressou na Basílica ao canto inicial do Coro e no Altar da Confissão foi proclamado o Ano Santo, seguido do canto do Gloria. O Evangelho de Natal foi proclamado em grego e em latim, como (lembraram disto!) rubrica a liturgia papal. A missa continuou como de costume.

A Porta Santa de São João do Latrão foi aberta no dia de Natal; a de Santa Maria Maior, em 1º janeiro 2000 e a de São Paulo Fora-dos-muros, em 18 de janeiro, no início da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, com a presença do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla e do Primaz da Comunhão Anglicana, além de representantes do Conselho Mundial de Igrejas.

O Papa concluiu o Jubileu com a simples clausura da Porta Santa de São Pedro em 06 janeiro 2001, Solenidade da Epifania do Senhor. Posteriormente, foram depositadas no muramento seguinte medalhas comemorativas e um pergaminho atestando a abertura e a conclusão do Ano Santo.

       
   
 
   

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