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FESTA DO DIVINO EM URUCURITUBA-AM
FESTA DO DIVINO EM URUCURITUBA-AM

 

 

FESTA DO DIVINO EM URUCURITUBA-AM.
PARTES:        

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Graças ao esforço de um grupo de pessoas católicas devotas,  abnegadas e amantes da cultura  conseguiram resgatar, no final dos anos 1976, uma de suas mais tradicionais festas religiosas que era realizada na comunidade de floral neste município. A Festa do Divino Espírito Santo, da capela do Divino daquela comunidade interiorana, iniciada a muito tempo acerca de 60 anos, esta festa transferiu-se para a sede do Município,  misturando as tradicionais musicas do Divino.  A festa também conta com várias bandas de músicas, orquestras, dança, espetáculos pirotécnicos, Novenas, levantamento de mastros, shows com artistas famosos do local, missas e procissões. Cada ano que passa a Festa do Divino vem ganhando mais força.  O Resgate da Festa do Divino é um dos trabalhos mais elogiados da comunidade Católica do Município, e  municípios circunvizinhos.

PARTE 2ª

Nos anos 1977 até calculadamente à 1985, formavam grupos de mordomos do Divino Espírito Santo, liderados pelos Saudosos companheiros já falecidos:  Esmeraldo Meireles Lhips, Alexandre Freitas, Pedro Liborio, Manduquinha dos Santos, Basílio Serrão, Osmar Padeiro, seu Didi, Antonio Ramos, Emilio Furtado (tamborete). Ainda vivos: - Mano Velho – Adriano Ramos – Antonio Pereira – Antonio Menezes – GE – Raul Benedito – Mauricio Serrão  Joaquim Tundis, R. Marques, Zarinha, Alípio Maciel, Guilherme Vieira, Narciso Serrão  e outros, que andavam pelas ruas das cidade, em uma carroça, com tambor e bandeira do Divino, pedindo donativos nas casas e comércios,  para a realização dos festejos. Esta tradição já não existe mais nos dias atuais, mais deixou muitas lembranças até hoje, do poder do Espírito de Deus sobre todos nos. Muito embora, nesta época tenha acontecido um vandalismo. Furtaram os santos da igreja de Cristo Ressuscitado, inclusive  a imagem do Divino (COROA) que foi encontrado em um galho de arvore após terem levado de sua coroa uma pequena bolinha que era de ouro.

Vale apenas lembrar ainda, que a nossa Igreja teve inicio de sua construção quando de um puxirum onde o povo de Deus carregaram na cabeça, milheiros de tijolos da beira mar ao local onde está construído a Igreja do Cristo Ressuscitado. Parabéns povo de Deus.

 

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ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO DOS DEVOTOS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO DO MUNICÍPIO DE URUCURITUBA - AM. – EADDESMUA

 

TÍTULO I

Da denominação, sede e duração

 

Art. 1 - OS Padres: ALEXANDRE GOLLAZ MARES e JOSÉ LUIZ, o primeiro Pároco e o segundo Vigário da Paróquia de Cristo Ressuscitado e o grupo de leigos católicos ligados a esta Paróquia no Município de Urucurituba-Am., constituem-se nesta data em Associação Religiosa, e regida pela legislação Canônica e Civil, sem fins lucrativos, beneficente, denominada ASSOCIAÇÃO DOS DEVOTOS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO DO MUNICÍPIO DE URUCURITUBA AMAZONAS, com sede no Município de Urucurituba-AM., na Av. Pres. Getúlio Vargas, 125, Centro -, doravante tão somente, para fins deste estatuto, chamar-se-á simplesmente ASSOCIAÇÃO.

Art. 2 - A duração da Associação será por tempo indeterminado.

TÍTULO II

Dos objetivos

Art. 3 - São objetivos primordiais da Associação:

I)                    Evangelizar, educar e orientar, em obediência à Santa Igreja Católica;

II)                 Assistir e auxiliar os mais carentes, procurando proporcionar-lhes o básico necessário ao desenvolvimento físico, psíquico, profissional, moral e espiritual, seja através de apoio financeiro às obras sociais da Paróquia de Cristo Ressuscitado, e demais comunidade católicas do Município de Urucurituba-AM., seja através de possíveis obras sociais da própria Associação, seja através de uma atuação junto à sociedade em geral e aos poderes públicos constituídos.

TÍTULO III

Dos meios

Art. 4 - Os principais meios através dos quais a Associação pretende atingir seus objetivos são:

I)                   Organização de eventos públicos visando à evangelização e a oração;

II)                  Promoção de atividades na área da Educação, Turismo, Lazer e Cultura;

III)               Criação, distribuição e comercialização de produtos religiosos para auferir a receita necessária para a sua própria manutenção e para atingir seus objetivos;

IV)              Participação efetiva junto aos meios de comunicação (televisão, rádio, jornais, internet etc);

TÍTULO IV

Da constituição e da administração

Art. 5 - A Associação reger-se-á pelo presente Estatuto, pela Legislação Brasileira e, subsidiariamente, pela Legislação Canônica.

Art. 6 - Compõe a Associação:

a)    Os Associados;

b)    Os Colaboradores;

c)     A Assembléia Geral;

d)    A Diretoria.

TÍTULOV

Dos Associados

Art. 7 - São Associados Natos os fundadores da ASSOCIAÇÃO presentes à reunião de fundação e simplesmente Associados todos aqueles que o requisitarem, desde que tenham prestado serviços ininterruptos à Associação por um período mínimo de 120 (cento e vinte) dias e que tenham seus nomes devidamente aprovados por dois terços (2/3) dos membros da Diretoria, cabendo ao Conselheiro Espiritual e ao Presidente o direito de veto.

Art. 8 - São direitos dos Associados:

a)    Fruir dos benefícios sociais, a serem definidos em Regulamento próprio;

b)    Participar das assembléias gerais;

c)     Votar e ser votados para cargos eletivos.

Art. 9 - São deveres dos Associados:

a)    Cumprir o Estatuto;

b)    Contribuir gratuitamente com seu trabalho e dedicação para a consecução dos objetivos da Associação, incumbindo-se dos cargos e ofícios que lhes forem atribuídos, sem direito a salários, indenizações ou remunerações de qualquer espécie ou natureza, a título algum ou pretexto.

Art. 10 - Os Associados não adquirem direito algum sobre os bens e direitos da Associação, nem tampouco respondem subsidiariamente pelas obrigações ou compromissos da Associação.

Art. 11 - Excluídos da Associação, qualquer que seja o motivo, ou dela se retirando, os Associados não terão direito a salários, indenizações, compensações de qualquer natureza, a nenhum título ou pretexto, pelos serviços prestados à Associação.

T I T U L O VI

Dos Colaboradores

Art. 12 - São Colaboradores todos aqueles que contribuírem para a Associação a qualquer título.

 

I)        Os Colaboradores assim definidos são isentos de obrigações, - podendo, todavia, atuar em conjunto com os Associados na

consecução dos objetivos da Associação, seja através do seu trabalho voluntário, seja contribuindo financeiramente;

II)                  Os Colaboradores poderão participar das Assembléias, sendo-lhes, porém expressamente vedado o voto, bem como sua eleição para qualquer cargo eletivo.

TÍTULO VII

Da Assembléia Gerai

Art. 13 - A Assembléia Geral, constituída por todos os Associados e Colaboradores, reunir-se-á sempre que a Diretoria ou um terço dos Associados julgar necessário ou por convocação do Pároco da Paróquia de Cristo Ressuscitado e / ou na sua ausência o Vigário Paroquial e na última hipótese o Presidente da Associação, na qualidade de autoridade máxima diocesana.

Art. 14 - A convocação será feita pessoalmente, por escrito ou por edital de convocação a critério do Presidente em tempo hábil.

Art. 15 - A Assembléia Geral se instala, funciona e delibera validamente, em primeira convocação, com o mínimo de dois terços dos Associados e em segunda convocação, com qualquer número de Associados.

I)                   As Atas das Assembléias serão assinadas pelos Associados participantes em livro próprio.

Art. 16 - Compete à Assembléia Geral:

a)     Eleger, empossar e destituir o Tesoureiro;

b)     Submeter a aprovação do Pároco e / ou do Vigário da Paróquia de Urucurituba-AM., os nomes indicados para Presidente e Conselheiro Espiritual;

c)      Eleger quem presida a Assembléia, quando faltar o Presidente;

d)     Propor reforma do Estatuto ao Pároco e / ou ao Vigário quanto for o caso, com exceção do art. 6 deste Estatuto, para o que se faz necessário a aprovação de dois terços dos Associados;

e)     Excluir Associados;

f)        Decidir sobre a venda, permuta, doação ou hipoteca de bens imóveis da Associação, sendo necessário para isso a autorização expressa do Pároco de Urucurituba-AM;

g)     Estabelecer critérios para empréstimos e aplicações de capital;

h)     Aprovar o Orçamento e o Balanço Anual da Associação;

i)        Deliberar sobre a extinção da Associação por maioria de dois terços dos Associados, desde que haja interesse manifesto do Pároco.

T I T U L O VIII

                                                                                                Da  Diretoria                                                                                                       1

Art 17 - A Associação será administrada por uma Diretoria constituída por um

Presidente, um Tesoureiro, um Secretário-Executivo e um Conselheiro Espiritual.

I)                   O Presidente e o Conselheiro Espiritual serão nomeados diretamente pelo Pároco e / ou na sua ausência pela Assembleia Geral;

II)       O Tesoureiro será eleito pela Assembléia Geral;

III)               O Secretário-Executivo será nomeado especificamente para este fim pelo presidente em exercício.

Art. 18-0 mandato da diretoria tem a duração de 02 (dois) anos.

Art. 19 - Compete à Diretoria:

a)     Cumprir e fazer cumprir o Estatuto;

b)     Administrar a Associação;

c)      Aprovar, de acordo com o art.7, a admissão dos associados;

d)      Realizar as transações de compra, venda, permuta, doação ou hipoteca de bens imóveis, além de empréstimos e aplicações de capital de acordo com os critérios estabelecidos pela Assembléia Geral e previamente aprovados pelo Ordinário;

e)      Contratar as pessoas exigidas para os serviços administrativos, jurídicos e econômico-financeiros da Associação;

f)        Decidir sobre propostas de obras, serviços ou atividades da Associação;

g)      Preparar os balancetes mensais bem como o Orçamento e o Balanço Anual a ser encaminhado á Assembléia;

h)        Elaborar, quando necessário, proposta para reforma do Estatuto.

Art. 20 - É expressamente vedado aos membros da Diretoria prestar fiança, aval ou

endosso e favorecer terceiros em nome da Associação.

Art. 21 - Compete ao Presidente:

a)     Cumprir e fazer cumprir o Estatuto;

b)     Convocar e presidir as reuniões da Diretoria e da Assembléia Geral;

c)      Representar a Associação ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente e, em geral, em todas as suas relações com terceiros;

d)     Autorizar pagamento, mantendo e movimentando contas bancárias, sacando e endossando cheques e títulos de créditos em geral;

e)      Constituir procuradores e advogados, de acordo com a autorização da Diretoria (cf. Art. 19, item d).

Art. 22 - Compete ao Tesoureiro:

a)      Supervisionar os serviços de tesouraria e ter sob sua guarda todos os documentos relativos à mesma;

b)      Abrir, movimentar ou encerrar contas bancárias, em conjunto com o Presidente;

c)       Providenciar a elaboração do Orçamento Anual, bem como balancetes mensais e o Balanço Anual;

d)      Praticar todos os demais atos necessários e pertinentes ao bom desempenho de sua função

Art. 23 - Compete ao Secretário-Executivo:

a)                 Gerir os serviços administrativos e de pessoal da Associação de comum acordo com o Presidente;

b)            Fazer o expediente da correspondência em geral, avisos, circulares e redigir as atas das Assembléias gerais e das reuniões da Diretoria;

c)             Organizar os serviços próprios da Secretaria, mantendo em boa ordem a documentação dos bens da Associação;

d)            Representar o Presidente e agir em seu nome para funções específicas quando expressamente autorizado pelo mesmo.

Art. 24 - Compete ao Conselheiro Espiritual:

a)            Colaborar com os demais membros da Diretoria na administração da Associação;

b)            Participar das reuniões, atuando com elementos de reflexão espiritual na orientação e coordenação da divulgação dos Serviços Pastorais da Paróquia de Cristo Ressuscitado especialmente concernente aos festejos do Divino Espírito Santo.

TÍTULO IX Do Patrimônio

Art. 25 - O patrimônio da Associação é constituído por valores consignados, por todos os bens imóveis e móveis de sua propriedade ou posse e por todos aqueles que vier a adquirir, assim como todos os legítimos direitos que possua ou venha a possuir, especialmente a exploração de marca.

Art. 26 - Os recursos econômico-financeiros serão provenientes:

a)     da receita de venda de seus bens;

b)     de donativos ou legados de pessoas físicas ou jurídicas;

c)      de receitas decorrentes de aplicações financeiras;

d)     de subvenções;

e)     de eventuais receitas, rendas ou rendimentos;

f)        da venda de produtos derivados de sua marca;

g)     da venda de produtos religiosos, portadores ou não da marca

h)     da colaboração de patrocinadores para a veiculação de suas empresas ou produtos em programas de rádio ou televisão produzidos ou distribuídos pela Associação, assim como na página eletrônica (internet) da Associação, desde que não contrarie as normas da Igreja Católica Apostólica Romana;

i)       da colaboração de produtores ou promotores de eventos tendo em vista a participação de Associados ou Colaboradores seus nestes eventos;

j) das receitas oriundas de encontros e palestras que divulguem a Paróquia de Cristo Ressuscitado e suas comunidades.

Art. 27 - Os recursos econômico-financeiros, previstos no artigo anterior, serão aplicados na consecução dos objetivos da Associação.

Art. 28 - É vedada a distribuição de lucros, dividendos, bonificações ou outras vantagens aos associados ou aos colaboradores, de acordo com a legislação em vigor.

Parágrafo único - Em caso de extinção da Associação, os bens da Associação reverterão em proveito da Paróquia de Cristo Ressuscitado do Município de Urucurituba-AM.

TÍTULO X

Das disposições gerais

Art. 29 - Os casos omissos ou duvidosos na interpretação do presente Estatuto serão resolvidos pela Diretoria.

Art. 30 - O presente Estatuto entrará em vigor na data de seu registro no Cartório competente.

Urucurituba-AM, 02 de janeiro de 2013.

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FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO

 

A festa do Divino Espírito Santo, uma das mais importantes festas brasileiras de

cultura espontânea, expressão de catolicismo folclórico, foi trazida ao nosso país pelos portugueses,  e ao adaptar-se ao meio tupiniquim, adquiriu

o perfil local, embora conservando sua estrutura fundamental.

A festa do Divino deve se realizar num domingo, cinqüenta dias depois da Páscoa, data móvel que pode ser em maio ou nos primeiros dias de junho. Porém, em alguns lugares, a data é escolhida de acordo com as vantagens que possa oferecer.

 

 

Na liturgia católica corresponde a Pentecostes, isto é, a comemoração da descida

do Espírito Santo sobre os apóstolos. Ato dos Apóstolos, 2-14 – 'E apareceram-lhe

umas línguas de fogo, que se repartiram, e pousaram sobre a cabeça de cada

um. E foram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em várias

línguas, como o Espírito Santo lhes permitia que falassem'.

A Festa do Divino Espírito Santo é um conjunto de cerimônias rituais, coletivas, de

caráter comemorativo. Cerimônias no sentido de atos ou série de atos que possuem um

significado profano ou religioso. Rituais porque envolvem poderes ou virtudes capazes de Produzir determinados efeitos. Coletivas porque se realizam em função da cooperação de toda uma sociedade. De caráter comemorativo porque busca recordar fatos ou acontecimentos tradicionais destas sociedades. Suas cerimônias religiosas são realizadas no âmbito da Igreja católica, sempre carregadas de um profundo sentimento de fé e agradecimento, seja pela colheita farta, seja pela saúde de todos.

Tanto nas festas realizadas no Brasil como nas festas portuguesas, há um traço

comum através do tempo: é a função do Divino Espírito Santo de curar doenças, epidemias, peste do gado. Existiu e ainda persiste, na realização da festa, o agradecimento, o cumprimento de promessas por essas curas e a caridade, que se percebe de modo incisivo na distribuição de alimentos.

No Brasil, a primeira notícia da festa do Divino encontra-se no livro do Tombo da

Igreja Matriz de Guaratinguetá.

PARTE 3ª

A efusão do Espírito Santo

Podemos definir a efusão do Espírito no Renovamento Carismático imbuídos nestes termos: "É como a renovação do nosso batismo sacramental, pelo qual fomos incorporados em Cristo e na sua Igreja, como uma nova efusão ou derramamento do Espírito Santo em nós, para que se torne realidade na nossa vida tudo o que está implícito no batismo sacramental e possa desenvolver-se nela toda a sua graça e toda a sua vida, em ordem à nossa santificação e à edificação da Igreja".

É disso que se trata: de uma renovação, ou talvez melhor, de uma atualização do nosso batismo, do primeiro e único batismo, aquele que recebemos quando éramos muito crianças e pelo qual fomos submergidos no coração de Cristo Jesus e da sua Igreja, e onde recebemos o Espírito Santo, com tudo o que é e significa.

 

Mas, para a maioria absoluta dos fiéis cristãos, tudo aquilo que está contido no batismo parou sem florescer. Não fizeram a experiência do Espírito na sua vida. O contraste entre o que é e o que deveria ser é realmente assombroso. A efusão do Espírito é como um desejo infinito de que o Espírito realize em nós o mesmo que realizou nos discípulos de Jesus no dia de Pentecostes, que possamos experimentar o que viveram as primeiras comunidades cristãs.

Ou, dito de outro modo: que aquilo que recebemos no batismo sacramental irrompa nas nossas vidas, que o Espírito emirja da clandestinidade em que o temos mantido e se faça presente; que tudo o que está ali, como uma semente na alma, cresça, se desenvolva e se manifeste na nossa vida; que possamos ouvir o ruído do vento e as línguas pousem sobre as nossas cabeças e os nossos lábios estalem em louvores e possamos proclamar ante o mundo inteiro o triunfo da vida sobre a morte. Pedimos ao Senhor um pentecostes para nós.

O homem põe a súplica e o desejo de receber tudo o que está prometido na palavra de Deus e o Senhor põe o resto: envia o seu Espírito, derrama-o e cumula todas as ânsias dos que lhe suplicam. O Espírito entra como um furacão ou como uma suave brisa e transforma por inteiro a vida. Nesse sentido, a efusão do Espírito é um dos elementos fundamentais do Renovamento Carismático e um acontecimento que deve ter lugar na vida de todos os fiéis cristãos. Deus é quem toma todas as iniciativas; é Ele quem submerge o homem, por pura graça, no mar infinito do seu amor.

Tal como uma tela pintada já não é o mesmo que antes, assim o homem batizado pelo Espírito já não é o mesmo que antes: adquiriu a cor do Espírito. Isso é definitivo. Quem não foi batizado, empapado e tingido pelo Espírito de Deus, vive todavia na carne, não nasceu de novo. É um homem natural. Por isso é preciso desejar com toda a alma esse batismo, para que o Espírito nos limpe com o seu banho, nos inunde com a sua força e encha a nossa alma até transbordar.
"No Renovamento Carismático o Espírito suscitou o desejo ardente de pedir que se realize de uma maneira concreta e viva o que sucedeu no dia de Pentecostes, o que tem ocorrido sem cessar na vida da Igreja, o que nos foi entregue como prenda no momento do batismo. O que aconteceu, continua a acontecer; o que foi prometido está a ser cumprido agora. A palavra de Deus é irrevogável. O Espírito despertou muitos homens do seu sono para que eles possam despertar os outros. Nesse sentido falamos de uma efusão do Espírito".

POR: R. MARQUES

EM: 02/08/2008.

 

folha cinco, ano de 1761. (HERRMANN, 1948, p. 37.).

48

A primeira referência sobre a festa do Divino no Estado de Goiás é encontrada em

Emanuel Pohl, em Viagem ao Interior do Brasil (PEREIRA, JARDIM, 1978, p. 40). O

autor relata uma festa em Traíras, em 1819, apesar de ter ouvido relatos da realização anterior da festa. Em Santa Cruz, a festa tem mais de 150 anos, mas não existe uma data determinada sobre sua primeira realização.

Para o cristianismo apostólico romano, são três as pessoas da Santíssima Trindade:

o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esta explicação, que parece tão óbvia, esclarece um equívoco comum em relação à romaria do Divino Pai Eterno, a segunda pessoa da Santíssima Trindade e que acontece nos primeiros dias de julho na cidade de Trindade, próxima a Goiânia. Esta é também chamada de Festa do Divino ou Festa da Trindade. Mas são duas manifestações diferentes de fé.

A festa do Divino acontece em várias cidades do estado de Goiás, com maior ou menor brilho, mas em Santa Cruz é um evento que envolve toda a comunidade e recebe um grande número de visitantes. Como em outras cidades goianas, o sentimento religioso é um traço marcante do santa cruz ano. Foi a fé, em última análise, que preservou o patrimônio

cultural imaterial da cidade, mantendo viva uma celebração e seus rituais através do culto ao Divino, na mais profilática das devoções.

A função caritativa, traço predominante nos atos da Rainha Santa Isabel, que estabeleceu o culto ao Divino em Portugal, permaneceu até hoje como elemento indispensável a todas as manifestações de devoção ao Espírito Santo.

Santa Cruz de Goiás não é diferente e o costume de distribuir alimentos está presente. Cabe ao Imperador o café da manhã do domingo da festa, com grande variedade de bolos, biscoitos e quitandas, sucos, refrigerantes e café com leite, que é servido numa grande mesa montada em frente à Igreja Matriz e oferecido aos moradores da cidade e aos visitantes que ali se encontram, sem qualquer diferenciação de classe ou cor. Em geral, se fazem de garçons e garçonetes os amigos e familiares do organizador da festa. Os componentes da Folia do Divino Espírito Santo, chefiados por Alberto da Paz, cantam o agradecimento da mesa, pedindo vivas e bênçãos para todos os presentes.

A aculturação de europeus com africanos incorporou à devoção ao Divino Espírito Santo os santos dos escravos, Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e São Benedito. Em Santa Cruz a segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes é dedicada a 49 Nossa Senhora e a terça-feira a São Benedito. A festa dos santos negros é uma réplica da festa do Divino, com missa, sorteio dos festeiros e procissão, mas aqui o gestor nativo não participa, ficando a responsabilidade da sua realização nas mãos das Irmandades destes dois santos. Como em Portugal, aqui também o elemento profano sempre foi ligado ao religioso. Tem a característica de ser uma festa de congraçamento e solidariedade porque todas as pessoas da comunidade ajudam, ou com esmolas e prendas ou com a oferta de trabalho, na preparação dos enfeites e da comida, sem perder de vista sua função de agradecimento.

Ao chegar a época da festa, o cotidiano da cidade e de seus habitantes começa a ser alterado. As costureiras deixam de aceitar as encomendas costumeiras e passam a dedicar-se à confecção e reforma das fardas dos cavaleiros da Cavalhada. Os funcionários da Prefeitura Municipal dão início à poda das árvores e a pintura com cal dos meio-fios. A Banda de Música Lira 8 de Dezembro retoma os ensaios e os cavalos que vão correr

Cavalhada são retirados da lida diária para uns dias de descanso, para que possam estar bem apresentados no dia da festa. A artista mais habilidosa da cidade começa a fazer as máscaras dos cavaleiros da Contradança, feitas com papel de jornal e cola, cada uma com uma expressão diferente; o trançador de vime faz os cestos que, depois de recobertos com papel crepom azul ou vermelho, representarão as cabeças inimigas (mouras ou cristãs) no último dia da Cavalhada.

Nas residências, as donas de casa, suas filhas e eventuais empregadas têm muito serviço. Como em geral os parentes que não vivem na cidade voltam para assistir à festa, sem contar os vários amigos e compadres que também acorrem à Santa Cruz, é tempo de preparar as comidas que são servidas em intermináveis almoços e jantares, muitos ao pé do fogão de lenha. Os queijos são deixados para curar, o polvilho de mandioca pronto para as quitandas, as almôndegas de carne, cozidas e guardadas dentro da banha de porco, nas latas em cima dos armários e nas prateleiras das despensas. O comércio se organiza, reforçando seus estoques para os dias da festa. A Prefeitura Municipal providencia para que a patrola, um tipo de trator, deixe as ruas sem asfalto em condições de uso para os carros dos visitantes. A única pousada da cidade, que funciona ao lado do único posto de gasolina, tem suas reservas esgotadas, fato que ocorre só na festa do Divino.